Cobertos de Insanidade

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Sua mão,precisamente, passou por todo meu corpo. Era um misto de emoções e acho que nunca vou conseguir descrever aquela droga de dia.
Foi bem estranho olhar para Vinícius,quando abriu o portão, e ter que encarar os fatos que ele não era mais o meu namorado. O que eu estava fazendo ali?
- Oi, Alexa!
- Oi, Vini.
- Tudo bem?
- Sim.
- Vamos entrando...

Subimos a escada que levava até a casa dele. Meu coração estava descompassado, batendo forte sem um ritmo específico.
- Olha... Que tal você relaxar mais?
- Vini, não força. Já disse que é estranho.
- Tá, mas não precisa ser! Passamos nove meses juntos, nos conhecemos bastante. Confiei em você nos meus segredos, e creio que você também. Isso é só um momento. E eu sei que fica um pouco mais fácil quando ainda tem sentimento.
- Você acha fácil? Fica muito na cara de que única coisa que você quer é transar, e dane-se o motivo pelo qual você terminou comigo.
- Caralho, Lex! A gente não precisa ser inimigo! Já falei. Só estamos nos divertindo. RELAXA.

Respirei fundo e deixei aquele assunto morrer. Eu não era de fazer isso, mas por mais que eu tentasse; aquela cabeça de macho escroto do Vini ia colocar tudo a perder.
Se ele queria, apenas, prazer. Eu estava decidida a lhe dar prazer. Ser a melhor ex desse universo, pra que a fase do arrependimento pós término chegue logo para aquele babaca.

- Fome?
- Não.
- Cede?
- Apenas de sexo. - Antes de continuar aquela conversa, Vini soltou uns grunhidos, semi serrando os lábios e juntando os dentes; deixando claro que estava se excitando.
- É isso que você quer, safada? Então vem cá!

Eu, que estava do outro lado do sofá; num piscar de olhos estava encima dele.
Eu me senti a mais gostosa do universo naquele momento. Eu rebolando lentamente, sexy e preciso, via o quanto ele estava ficando louco.
- Meu Deus...- Na tentativa de fala, Vini falhou pois saiu em forma de suspiro.

- Vamos pro quarto, fiz uma coisa pra gente. - Soltei Vinícius, deixando que ele respirasse e me guiasse até o quarto.
Ele abriu a porta. E eu me surpreendi. Tinha corações de balões vermelhos, fitinhas pregadas no teto, nossas iniciais na parede... Aquilo me consumiu, mas não para o bem.
- Desgraçado!
- Você sempre quis isso, Lex!
- Não do meu ex que está me usando para sexo!
- Eu fiz de coração.
- Você não tem coração, caralho!
- Eu amo você, Alexa. Eu ter terminado não faz eu te amar menos.
- Por que diabos fez isso? Eu por um acaso, não te merecia comigo?
- Lex, já te falei. Por favor... Não vamos perder o clima.
- Já perdi.
- Recuperamos então.

Instalei um soco um pouco forte em seu peito, e sua risada de ironia me deu nos nervos.
Aos poucos, ele foi se aproximando e voltei a sentir aquela sensação de que o mundo poderia acabar ali naquele exato momento.
Deitados, nus,nos amando como loucos.
Depois de passar um bom tempo me satisfazendo, a deixa para pegar mais pesado; foi meu gemido abafado: implorando por penetração.
- Isso está bom demais! - Vini tentou dizer sem parecer muito afobado.
Eu não queria me desvencilhar dos seus abraços, dos seus beijos, de sua vida. Mas a escolha não era minha.
Eu estava mesmo descendo meu nível, ou sou moderna demais a ponto de perceber que ele não estava me usando e que eu também queria meu momento de prazer? Certamente eu lutaria pela segunda opção.
Só sei que aqueles sussuros ficariam na minha mente por um bom tempo. Tremendo filho da puta. Além de ter me feito de idiota mais de uma vez, agora estava ali se satisfazendo.
- você está bem?
- Apenas não pare, Vini.
- Beleza! - Sua animação estava me dando um certo nojo. Como conseguia agir tão natural diante daquela situação?
Foi tudo em vão o que eu me permiti sentir com ele? Tudo não passou de um verão entre dois meros adolescentes, querendo descobrir novas experiências? NÃO! Eu me recuso a acreditar que foram nove meses perdidos. Até porque aprendi muita coisa com aquele canalha. A como deixar claro meus sentimentos, e ser sincera independente de qualquer coisa, a ser forte, a nunca abafar um problema e sim sentar para resolver, a como não errar como namorada no quesito possessão, e mais um mundo de coisas.
Se aquilo foi porquê Vini me fez mau, acabou que a maldade me proporcionou vários entendimentos. Eu deveria ter agradecido mais aquele babaca, ao invés de colocá-lo como bad boy que magoou o coração de uma donzela.
- Lex?- Sua voz me tirou do transe e voltei para o mundo real.
- oi?
- você está distante...
- tudo bem.- Joguei o cabelo pro lado e rebolei bastante em cima dele.
Eu realmente queria que tivesse como parar o tempo.
- Oh, Lex... Eu te amo. - percebi que Vini parou com os movimentos contantes e estava me olhando como se eu estivesse prestes a morrer.
Não contive mais o choro, abracei aquele menino que eu não sabia se conseguiria superar.
Lasquei um beijo naquela boca linda e disse:
- Você sabe que eu também. - Vini puxou delicadamente, meus cabelos deixando meu pescoço afundando em seu rosto. Beijou-me. Me sentiu. Percebi que chorou. Eu não entendia, estava tudo muito estranho.

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⏰ Última atualização: Mar 06, 2020 ⏰

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