Capítulo 66

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Hunter apareceu na manhã seguinte, na mansão. Evans já havia saído. Hunter avisou que estava voltando pra Europa, já que o período de férias que havia tirado estava por acabar.

- Mas você só ficou 2 meses. - Se queixou, fazendo bico.

- Para de reclamar, matraca. - Scarlett arregalou os olhos, e riu depois. Aquele era o seu irmão.

- Nos prometa que voltará. - Pediu Kate, sorrindo de canto. Sentiria saudade de Hunter.

- Voltarei assim que puder. - Prometeu .

- O seu "assim que puder" é muito vago. - Disse Lizzie, batendo pezinho no chão.

- Cala a boca, mulher. - Ergueu a sobrancelha pra ela, que riu.

Scarlett levou Hunter até a carruagem, já que não fazia bem a Lizzie descer a escadaria da mansão. A ruiva ficou em casa, e Kate fora olhar Pedro.

- Não demore a voltar. - Pediu, manhosa agora. Ter Hunter longe era uma coisa que não lhe agradava.

- Prometa que não vai morrer enquanto eu não estiver aqui. - Pediu, sorrindo pra ela.

-Prometo. Eu espero você voltar. - Disse, metaforicamente. Hunter riu e abraçou a irmã.

O abraço dos dois durou minutos. Por fim, Hunter deu um beijinho na testa dela e partiu. Scarlett ficou olhando o caminho por onde ele fora, pensando em quando veria o irmão novamente. Se preocupava com ele, sozinho em outro continente, principalmente agora, sem a mulher.

Estava pensando nisso quando viu alguém passar pelo jardim a sua frente, dando instruções a um empregado.

- Mark! - Chamou, sorrindo, enquanto se aproximava rapidamente. Mark sorriu e dispensou o empregado, que obedeceu, e virou-se pra ela.

- Scar. - Respondeu, sorrindo abertamente.

Mark ali, parado naquele jardim, sorrindo pra ela, parecia miragem. Por um instante ela esqueceu o que estava indo fazer, mas depois, com um tapa na testa, recuperou seu rumo. Os dois começaram a caminhar, na direção contrária da mansão.

- Mark, me perdoe. - Desabafou, olhando-o.

- Por...? - Perguntou, surpreso.

- Por Brie. Eu me descontrolei. Eu... - Ela respirou fundo - Me perdoe. Eu deveria ter saído de perto, ou então me controlado, mas eu... - Interrompida.

- Ei, calma. - Ele tapou a boca dela com um dedo - Ela mereceu. - Disse, sorrindo torto. Scarlett se perguntou quem mereceu o que.

- Quem? - Perguntou, aérea - Ah, sim. Claro que não! Não por ela, eu não me importo, mas pelo bebê de vocês dois. Eu não tinha o direito de agredir ela, sendo que ela está grávida.

- Eu ouvi tudo o que ela disse. Brie é uma mulher magnífica, incrível, mas tende a ser venenosa, quando quer. Não quero que tome a impressão errada dela, ela só tem ciúmes. Vamos esquecer esse assunto, estamos todos bem. Aliás, todos não. - Scarlett olhou ele - A propósito, na sua euforia, você me desceu a mão ontem. E doeu. - Avisou, puxando a gola da camisa e mostrando o pescoço vermelho. Mark estava sem o terno, só com o colete e a camisa. Scarlett riu.

- Pobre de você. - Comentou, rindo.

- Eu podia ter distendido o pescoço. - Acusou, franzindo o cenho.

Scarlett estava receosa, pensando que Mark não ia querer mais proximidade com ela, por ela ter agredido Brie. Mas lá estava ele, com suas piadinhas novamente. Enquanto pensava nisso, ela viu uma rajada de vento vindo em sua direção, levantando as dezenas de folhas no chão. Ela sorriu e abriu os braços, fechando os olhos, bem quando o vento a alcançou. Era outono em Seattle, e haviam folhas por todos os cantos, folhas essas que dançaram em volta de Scarlett, suas cores de fundindo com o bege do vestido dela. "Parecia um anjo", pensou alguém, que não era Mark. Alguém que os observava cautelosamente da mansão. Alguém de olhos da cor de limo, verdes, intensos.

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