🔴Cap 27: Tulipa vermelha.

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oiiiii, desculpa por não ter postado ontem, estou resolvendo uns negócios da minha viagem, aliás
Se eu ficar sem postar semana que vem é por causa disso, mas vocês não irão ficar mais de 3 dias sem atualização

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-Sim... Eu acho que você precisa saber. -Limpou a garganta.

-Cher... -Tenta contestar, antes de ser interrompida.

-Depois da morte de minha mãe eu me isolei, mesmo sendo muito pequena eu fui capaz de criar meu próprio "mundinho", e me permiti não ser amada por ninguém, não só ser amada mas também não conseguir amar... Eu sentia medo! Medo de confiar em alguém... Eu perdi a pessoa que mais amava da noite pro dia, e tinha medo disso se repetir! -Sentiu suas mãos serem agarradas de modo carinhoso por Toni, lhe passando confiança e coragem para prosseguir. -Demorou muito para eu me recuperar, com onze anos eu fui diagnosticada com depressão, ela foi se agravando cada vez mais, e aos meus treze anos ela contribuiu para que eu tivesse uma síndrome do pânico. -Sua visão já embaçada pelas lágrimas acumuladas não a permitem enxergar perfeitamente os olhos de Toni. -Com os meus treze anos eu era capaz de controlar minha depressão, mas as vezes tinha algumas recaídas. Era como se eu tivesse que fingir estar tudo bem, fingir sorrir, e quando eu não aguentava mais fingir eu voltava a me isolar, eu passava dias chorando na cama, e então um tempo depois com a ajuda dos remédios e de uma psicóloga eu consegui sair de casa pela primeira vez em meses... Foi ai que minhas crises de pânico começaram. -Deixa suas lágrimas descerem por seu rosto livremente.

-Eu sinto muito Cheryl.... -Lamentou-se.

-Todos dizem isso! -Sorri ironicamente, revirando os olhos. -Eu ainda tenho depressão, e como antes eu tento controlar, e você me ajuda nisso! As crises de pânico foram diminuindo cada vez mais depois que a doutora Sulivan me disse para começar a confiar mais em mim mesma, mas não era fácil! Eu meio que não sabia como controlar isso, e talvez ainda não saiba...

-Como assim? -Indagou Toni, em dúvida.

-O que eu tive no banheiro foi uma crise de pânico Toni! -Mais lágrimas caem. -Eu tenho medo de que algum dia eu volte a ficar dias na cama... Ou ter as crises de pânico em qualquer ocasião!

-C-Cheryl... Eu quero que você saiba que pode confiar em mim para contar oque quiser ok? -Assentiu com a cabeça. -Nós vamos superar isso juntas!

-Não é fácil Ty-Ty... -Contestou.

-E quem disse que precisa ser? -Sorri docemente para Cheryl, se aproxima mais dela e move uma mecha dos cabelos da ruiva para trás da orelha. -A partir do momento em que você decidiu contar para mim você deu total confiança a si mesma! -Incentiva-a. -Eu não quero de maneira alguma que você volte a ficar assim, mas e acontecer você tem que me prometer uma coisa... -Olham uma para a outra de modo profundo.

-O que?

-Que nunca irá desistir, de nada.

-Eu prometo... Promete tentar não desistir de mim?

-Eu não vou desistir de você, Cheryl! -Levou suas mãos até o rosto da ruiva, o segurando levemente.

-Promete? -Segurou as lágrimas.

-Prometo, mas você sempre tem que se lembrar de uma coisa... Seja nos piores ou melhores momentos, até mesmo em momentos mais tristes ou furiosos... Sempre!

-Me lembrar do que?

-Você não está sozinha, e eu amo você!
Sem declarar nada, Cheryl apenas concordou com a cabeça, em seguida recebendo os braços de Toni ao seu redor, abraçando-a com carinho.

My Stupid Diary || Versão Choni Onde histórias criam vida. Descubra agora