Prológo

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Prólogo

Miami, Flórida — January, 08:15 AM.

Point Of View Savannah Montano

– Bom dia! – ouço uma voz próxima e reviro os olhos reconhecendo quem é sem ao menos precisar olhar na direção.

– Bom dia – digo com o foco ainda no meu celular.

A voz de quem me dava repugnância vinha do Hall de entrada da minha casa. Para ser mais específica, era de Jeremy. Jeremy Bieber. Esse cara me dá calafrios e não do tipo bom. Suporto ele diariamente na minha casa, já que trabalha juntamente do meu pai, mas o nojo que eu sinto por ele nunca vai mudar. Mantenho a educação porque é necessário, afinal, são negócios.

– Não vai ao menos me cumprimentar decentemente, querida? – para em minha frente com um sorriso malicioso.

O encaro, sem demonstrar nenhum sorriso.
– Por favor, Jeremy, vá se foder! – exclamo alto.

Já beirava meus 21 anos, seria necessário com que eu fizesse parte da empresa do meu pai, o que me deixava em total desconforto por querer seguir outra profissão. Não queria assumir os negócios, porém eu não podia me desfazer do que me esperava.

– Brianna, o que está fazendo de tão importante que ainda não passou a minha camisa porra? – meu pai com toda sua arrogância diz para a nossa empregada.

Moramos na Flórida; eu, meu pai e seus "empregados". Trato todos devidamente iguais, mas meu pai não pensa assim. Ele prefere humilhar e se achar superior, como se fosse o melhor.

Minha mãe faleceu quando eu ainda era criança, tinhas apenas cinco anos de idade. Ela era uma pessoa totalmente ao contrário do meu pai, muito meiga e de bom coração, talvez por isso acabou em um caixão vivendo ao lado dele, uma pessoa intragável e egoísta. Mamãe faleceu por problemas respiratórios, pressão alta e diversos "sintomas" parecidos.

– Bom dia, Savannah. Acordou cedo hoje para fazer absolutamente nada? – Jimmy se vira para mim rindo sarcástico.

– Para olhar para sua cara que não foi. – digo sem liberar um sorriso se quer.

– Olha como você fala com o seu pai, malcriada – ri pelo nariz e reviro os olhos.

De uns anos pra cá meu relacionamento com meu pai não era um dos melhores, digamos que eu tenho visto cada dia que passa o quanto ele é babaca.

– Vou me trocar, tenho mais o que fazer – me levanto do sofá bufando.

Trabalho como escritora e amo o que faço, essa sim é a carreira que quero seguir. A propósito, a empresa do meu pai é uma agência de modelos... Quer dizer, mais ou menos. Na sua agência, as modelos são vistas como mercadoria e trabalham como se fossem mulheres de programa. Mais conhecido como book rosa. Tenho que dizer que esse meio é um pouco sujo. Nem todo lugar você realmente trabalha apenas para desfilar em passarelas e tirar fotos para marcas famosas. Ele quer que eu assuma esse meio nojento, chego a ter calafrios só de pensar na possibilidade. Não consigo imaginar uma mulher "vendendo" outras mulheres.

Estava pronta para trabalhar, com um jeans claro rasgado, uma blusa preta com uma jaqueta jeans por cima e um vans vermelho. Para finalizar, um rabo de cavalo e argolas prata.

Mais um dia estava começando, um dia que seria cheio, por sinal.

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