Cap. 6

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Gon não sabia ao certo o que fazia naquele momento, simplesmente lembrava da resposta de Killua.

"- Gostaria de dizer que sim..."

Dentro de si ele também gostaria de dizer que sim, mas a verdade era que nem sequer lembrava de seu passado.

Quando olhava para trás, via a porta de seu passado distante, e quanto mais corria na direção tinha o sentimento de tê lo perdido.

Aquilo era torturante, saber que possuia uma vida e não ter sequer o direito de lembrar dela.

Não era culpa de ninguém, muito menos de Killua, mas Gon precisava de um tempo consigo mesmo, então abriu suas asas brancas e voou para o bosque das lamentações, onde só iam as almas confusas refletir.

Mas olha só que surpresa, Gon era a única alma confusa ali.

Sua frustração só aumentava mais, por que ele era o único que não se lembrava do que viveu?

Um vento forte tomou conta do local, um vento acompanhado de uma voz que o chamava.

Gon seguiu a voz, seguiu perdido a procura de encontrar uma resposta.

Até chegar em uma árvore, uma enorme brilhante árvore e brilhava com uma luz dourada, era recheada de doces frutas vermelhas, só de vê las sentiu um gosto amargo na boca.

- Ouça bem, eu vou clarear seus olhos e assim lhe dar a resposta que perdeu - Dizia a voz.

...

Naquela manhã a sorte, o destino, ou qualquer coisa que tenha levado isso a acontecer entrou em cena.

Não era mais só um, mas vários anjos tinham sumido misteriosamente do paraíso naquela manhã.

E dessa vez os anjos não perdoaram, Killua já era considerado o culpado, mesmo não convivendo mais com os anjos.

Todos eles se juntaram com o objetivo de destruir o murro de Killua e agora então fazer o que julgavam que deveriam ter feito antes, acorrentar Killua no lugar mais distante e mais alto.

Na árvore do pecado.

Para que assim pudesse cair um dia, junto com aquela árvore que era proibida a todos.

Na visão deles, Killua era um monstro que deveria ser parado antes que destruísse todos eles.

Eles atacavam com pedras e flechas de fogo, queimavam com toda fúria pensando em seus tais companheiros desaparecidos.

E assim o murro era destruído e desmoronava.

Killua tinha medo do que estaria por vir, Gon tinha desaparecido sem dar explicações, estava desesperado com um misto de emoções ruins.

Por que a pessoa que mais confiava tinha o deixado sozinho assim?

Os anjos invadiam seu território, seu jardim já não possuía mais vida, agora tudo eram chamas.

Tudo que tinha, havia desmoronado, junto com os sentimentos de Killua.

Flechas de fogo o acertaram e Killua gritava e chorava de dor, não a dor das flechadas, e sim a dor de sua pouca felicidade sendo esmagada dentro do seu coração.

Depois gritou de raiva, Killua estava em chamas, rodeado de um fogo que queimava sua pele, abriu suas asas negras voando diante de todos aqueles anjos declarou guerra.

Com a guerra declarada, a batalha começava. Milhares de anjos voavam pra cima de Killua o atacando.

Contra atacava, derrubava vários anjos queimando com o fogo que o queimava, chifrando com os chifres que o fazia ser um monstro. Estava fora do controle, agora era realmente o monstro que queriam.

Se vingava por tudo que viveu no paraíso enquanto arrancava asas brancas manchadas de sangue.

Mas sua força não era o suficiente, pois ainda estava sozinho, comparado aos milhares de anjos presentes ali.

Os anjos eram uma familia, e Killua? Um demônio solitário e derrotado.

Caído no chão já não tinha mais forças, e sendo pisoteado por todos aquele anjos, sua única luta agora era manter a consciência pois estava completamente derrotado.

In Paradise [KilluGon]Onde histórias criam vida. Descubra agora