Capitulo I: Introdução

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E cidade ainda dorme. O dia estava para amanhecer e a escuridão da noite iria começar a sumir.

A grande cidade foi construida no meio de um rio, que vinha desde das montanhas a oeste de Paradus até desabar no mar, ao sudoeste da província Imperial. Ela foi construida antes da formação do primeiro Império pelos humanos como uma forma de se proteger contra os ataques dos elfos brancos, que habitavam o norte de Altumheim.

As lendas contam que os deuses mandaram uma estrela cadente para guiar os humanos. Mas depois de muita caminhada, a estrela parou no meio do céu, no centro do rio, onde as águas do oeste e do leste tanto se distanciavam que não era possivel enxergar terra. A estrela, portanto, caiu do céu em linha reta diretamente para o fundo do rio, e de lá fez brotar um pedaço de terra no seu centro. Desse pedaço de terra, os humanos construíram uma cidade. Eles nomearam a cidade construida como "Riverthane" e usaram uma estrela como simbolo da cidade, em homenagem a esse acontecimento.

Hoje, com o crescimento do pensamento cético e ateísta, alguns dizem que aquela ilha sempre esteve ali e que tudo não passou de uma superstição criada pelos sacerdotes para ajudar na conversão dos povos humanos do oeste e os anões a crença nos 7 deuses.

Riverthane, com o passar dos anos, serviu como uma exportadora e importadora de armamentos e suprimentos para os soldados que lutavam na guerra contra os malefícos elfos brancos e seus demônios. Hoje, ela serve como um centro de pesca, e sua economia é basicamente "peixe". Digo isso com certeza por que a propria casa de moedas da cidade adota um peixe como mascote e logo. Sendo assim os pescadores são os trabalhadores mais ricos de lá e tem até mesmo acesso privilegiado a corte do Conde de Riverthane.

Porém, se antes a cidade era motivo de orgulho para seus moradores, hoje é um lugar temido e evitado pelas pessoas. Suas estradas grandiosos, hoje estão em pedaços. Seus monumentos, antes turisticos, são violados e abandonados. Se deparar com um mendigo na rua pedindo esmola é a coisa mais, e cada vez mais, comum e natural. E o cheiro... oh sim, o cheiro. Nas partes mais ricas é até suportável, mas quando se aproxima dos subúrbios o cheiro é insuportável.

E de quem é a culpa? A guilda. A guilda causou tudo isso a nós. A guilda começou com o crime organizado, com as mentiras, com as trapaças, com o suborno... Eles se fortaleceram enquanto destruiam a cidade. Hoje, eles são os mais fortes. E quando a noite cai, eles atacam. E aí daquele que os enganarem, desafiarem ou simplesmente deixar de pagar a sua taxa de proteção.

Agora, o dia amanheceu. As lojas começam a abrir. As pessoas começam a comer o pão de manhã. Os mendigos começam a comer as sobras que as pessoas deixam do pão da manhã. É aí também que os navios começam a atracar no porto para exportar peixe e outras mercadorias.

De dentro de um navio, varias pessoas saem para o porto. Pessoas de todos os tipos. Mercadores, nobres e algumas pessoas comuns e nada suspeitas. A maioria dessas pessoas provavelmente devem ter alguma ligação com a guilda.

Entre a multidão, estava Alphonse. Ele vestia uma roupa nada suspeita, com calças nada suspeitas, sapatos nada suspeitos, camisa nada supeita com uma expressão absolutamente nada suspeita. Ele era de uma bela aparência. Cabelos negros e longos e olhos verdes o tornavam um cara bem atrativo.

Ele andava pelo porto em direcção a uma pequena taverna que havia ali. "Peixe Adormecido"... um nome bem sugestivo sobre ela. Era um lugar bem aconchegante, pessoas bebiam, comiam, jogavam... uma taverna diferente das que Alphonse visitou na vida. Aquelas que fediam a carne podre e à dejetos humanos. Ele se senta ao lado de um homem... ligeiramente suspeito.

-Como se sente? Fome? Sede? Cansaso?- perguntou a taverneira.

-Eu quero alguma coisa frita. E me traz um pouco de cerveja também.- respondeu Alphonse.

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⏰ Last updated: Sep 29, 2019 ⏰

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