quente como um vulcão!

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Allys

Depois daquilo, tudo se tornou um sonho. Eu e noah nos víamos todos os dias. Afinal estávamos na mesma faculdade. Era tão bom estar junta dele.

Ele havia se desculpado com deborah, e , depois de explicar tudo, ela assim como eu o chamou de um grande idiota.

Lindsay me fez contar tudo o que aconteceu depois de ela ir embora. E me contou tudo o que aconteceu com ela  também. Parece que encontramos dois príncipes.

Tudo estava muito bem, até meu pai querer conhecer noah. Como ele havia descoberto que eu estava namorando? Nem eu sei.

Quando disse que meu pai queria vê-lo, noah quase teve um infarto. Não entendi seu medo. Meu pai é super tranquilo quanto a isso. Pelo menos acho, ai meu deus agora também estou nervosa.

Não se preocupe, não se preocupe. Ele vai gostar de noah, ele tem que gostar.

Passei a semana toda angustiada. Pesando no que meu pai iria fazer.

Quando finalmente chegou o bendito dia eu estava arrancando meus cabelos.

- calma allys, o que acha vou fazer? dar um tiro no Seu namorado?- meu pai fazendo piadas agora, desde de quando ele faz piadas?

- eu gosto muito dele, então por favor, não seja um daqueles pais malas que querem acabar com o namoro da filha- eu disse quase implorando

-não, não. Você entendeu errado, Só quero conhecê-lo, só isso.

Confirmei com um " bom mesmo" e terminei de arrumar a mesa para o jantar que meu pai havia comprado em um restaurante.

Escutei quando o interfone tocou. Ele havia chegado. O recebi com um selinho e o acompanhei pelo braço até a cozinha, onde meu pai estava sentado a mesa. Noah tremia, eu até poderia rir se também não estivesse nervosa.

-boa noite meu jovem- meu pai iniciou.

Noah respondeu com um aceno, meu pai levantou as sobrancelhas parecendo confuso.

-não precisa ficar tímido rapaz- ele disse.

Ai meu deus!! Eu tinha esquecido de dizer que Noah era mudo. Como pude esquecer de algo tão importante.

-ah, pai. Noah não consegue falar, ele é mudo.

Ele fez uma cara de espanto. E depois provavelmente a mesma cara que fiz quando descobri que ele era mudo. A cara de quem não sabe o que fazer a seguir.

-ah. É... bom... vamos comer que tal?

Ele me lançou um olhar do tipo, porque não disse isso antes? E assim nos sentamos a mesa.

- seu nome é noah certo?- naoh confirmou-eu sou Diogo, prazer.

Os dois apertaram as mãos de uma forma meio rígida.

Iniciamos o jantar, nos primeiros momentos um silêncio amedrontador.

-então- meu pai começou quebrando gelo- você faz faculdade noah?

Ele rabiscou em seu caderno de bolso e o deu ao meu pai.

- ah sim. Letras, que bacana.

De novo ele parecia não saber o que dizer. Por isso só se concentrou em seu prato. Achei que noah ficaria sem graça com meu pai, e não o contrário.

De repente noah pareceu ter amado uma parte da parede, pois só ficava encarando um ponto aleatório dela. Eu estava ficando brava com tudo isso.

- da pra pararem?

Eu disse assustando os dois, eles me olharem como se tivesse nascido um terceiro olho na minha testa.

- um ta namorando o prato e o outro a parede. Isso não era um jantar pra se conhecerem ?

Eles ficaram mais sem graça ainda. Mas ai meu pai tomou as rédeas.

- ela tem razão. Conhece alguma coisa sobre leis regulamentares noah?

Meu deus. Meu pai definitivamente não sabe puxar assunto. Preferiria ter ficado quieta. Para minha surpresa noah escreveu bastante coisa.

- que legal, jovens hoje em dia não se preocupam muito com essas coisas, e você parece saber bastante do assunto.

E ai começou uma conversa entre os dois sobre leis. Mais tarde, perguntaria a noah onde ele havia aprendido sobre leis, e ele diria que tinha lido em livro. Mas há verdade é que ele sabia que meu pai era advogado e por isso estudou para ter esse tipo de conversa. Ninguém merece.

Enquanto os dois conversavam, eu provavelmente fiz a cara mais azeda existente. Odeio ficar no meio de conversas ao qual não sei nada sobre o assunto.

Pelo menos estavam se dando bem.

-hahaha essa foi boa meu garoto!!

O que??? O que eu perdi?? Meu pai dando risada assim??? Que????

O jantar passou com eles a todo momento conversando. Meu pai chegou até a oferecer um charuto para ele. Um CHARUTO!!

Ele recusou, obviamente. Pareciam até melhores amigos.

O jantar terminou tudo na maior paz. Infelizmente a paz  não iria durar muito tempo.

                                 ~-~
Noah

Eu estava amando. Cada coisa, por mínima que fosse, eu estava amando. Seja só conversar, beijos, abraços ou até mesmo ficarmos calados só apreciando a companhia um do outro.

Meu intestino parecia pegar fogo. Minha mente, uma caixa, da onde só tinha allys dentro. Sentimentos são mágicos, e assustadores.

Estávamos em uma de nossas seções de beijos, quando um de nós se empolgou. Não sei ao certo qual, já que quando estávamos assim, parecia que éramos um só.

Só sei que a mão de allys  estava dentro da minha camisa, e perigosamente baixa. E a minha estava um pouco pra baixo de suas costas. Ta, talvez os dois tenham se empolgado.

Um vulcão entre nós, quente, muito quente.

- eu venho na faculdade do meu amigo pra conversar com ele e o encontro em um cantinho com sua namorada, que coisa não

Demos um pulo, só não dei um mortal por falta de prática.

-henry?!! Meu deus que susto garoto!- allys sem fôlego disse com as mãos no tórax.

- desculpe casal de safadinhos. Mas preciso falar com esse cara pegador ai- ele disse se dirigindo a mim

Vi allys indo embora muito brava. Eu também estava a ponto de dar uns tapas em Henry, mas então ele disse algo que me fez esquecer isso.

-recebi essa carta, acho que vai querer ler.

Eu a peguei e comecei a ler.

" seu livro foi muito bem recebido na nossa editora, meus parabéns, será publicado na próxima semana".

O Silêncio Das PalavrasOnde histórias criam vida. Descubra agora