Certo dia em um dos meus passeios, me perdi, mesmo sendo talvez algo previsível, não sabia onde estava, peguei o ônibus errado e só me dei conta quando não me deparai com rostos familiares. Desci em um ponto geral para tentar voltar á qualquer lugar, apenas voltar, pois meu dia havia sido difícil e eu estava perdida de uma forma literal.
Me informei e descobri que demoraria para o próximo ônibus chegar, tentei ler meu livro porém comecei a ficar entediada então me sentei em um banco e fiquei admirando a paisagem, em minha frente havia uma casa, simples e bege com um jardim muito amplo e lindo.
A movimentação na rua estava grande , havia muitos carros pois era um horário de pico. Fiquei olhando as pessoas irem e virem até que vi uma moça, jovem, altura média, cabelos ondulados e olhos escuros, ela entrava na casa bege com pressa e fechara o portão imenso, no momento fiquei refletindo porque alguém teria um portão tão grande em uma cidade com a menor taxa de crime do país. Naquele momento não sei explicar o que me aconteceu, me ocorreu um Djavu (uma familiarização com aquela cena)um medo sem explicação me subiu para a espinha, acreditei por segundos que pudesse ser o frio mas logo mudei de ideia, meu sexto sentido me alertava que havia algo errado mas o que? o que poderia haver de errado com uma moça desconhecida por mim até então?.
Me segurei mas já não respondia por mim, levantei e discretamente me dirigi até a casa quando me deparei com uma senhora que estava ali parada, esperando um ônibus , baixa, cabelo grisalho, tentei arrancar dela o máximo de informações sobre a tal moça minhas tentativas foram um tanto úteis, me dissera que ela era uma moça solitária que perdera seus pais a 3 anos, seu nome, Ana Isabel. Quanto mais eu escutava mais fascinada ficava.
O ônibus chegou e a senhora se foi, eu estava tão encantada, desejava saber mais, meus livros de Sherlock Holmes estavam me afetando, resolvi então estranhamente entrar na casa. Do lado de fora do portão toquei a campainha, logo vi alguém me observar na janela discretamente por trás da cortina de seda. Em seguida o portão imenso se abriu lentamente e eu entrei. Andei até a porta e bati, ao abrir a moça parecia surpresa por alguém está ali porém mais surpresa que ela estava eu, nunca pensei que tomaria tal atitude.
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A desconhecida.
Short StoryUma moça pálida e solitária em uma casa berge a qual me pareceu familiar, mas como? eu nunca a tinha visto porém algo pareceu errado então resolvi ir atrás...