Pudim.

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— O que eu faço?

    Pudim só queria carinho, não achava que fosse pedir muito.
Ele afiava suas garras na barriga de Beto, suas unhas iam e vinham; fazia cada vez mais forte para que Beto entendesse o recado, mas tudo o que seu dono fazia era falar.

— Eu tenho que fazer alguma coisa, Pudim?

    Pudim não aguentava mais aquelas indagações. Ele esfregou sua cabeça no rosto de Beto e se ajeitou em seu pescoço, tentando achar um espaço ali.
   Beto, porém, tirou Pudim de sua posição adorável — com o rabo na cara de Beto — e o apertou num abraço.

   Por mais que Pudim odiasse, ele não reclamou.
   Enquanto Beto estivesse alisando seu pelo amarelado e lhe dando amor estaria tudo certo.

— Acha que devo chamá-la para sair?

   O gato fixou seus olhos de felino em Beto e miou.
  Um som alto e exclamativo, que Beto entendeu por " sim ", mas que na verdade só se tratava de um " Tá na minha hora de comer "

Amor felino.Onde histórias criam vida. Descubra agora