No Feelings

The big day

Chapter 2.

The big day

O grande dia

Point Of View Savannah Montano

Aquilo não estava acontecendo, não podia estar acontecendo. Não podia acreditar que iria me casar apenas assinando papéis em um cartório qualquer com uma pessoa que nunca vi na vida. Estava desacreditada e com um aperto no peito enorme só de pensar que ainda iria ter que assumir algo que não queria.

Mensagem enviada por Savannah Montano, às 21:00PM.

Mudança de planos, qual será o destino de hoje? — envio uma mensagem para Lexie.

Entro no box, deixando a água quente cair sob o meu corpo numa tentativa de relaxar, mas fora em vão. Não parava de pensar nessa ideia ridícula que meu pai havia aceitado. Como ele pôde fazer isso comigo? Tenho certeza que há algo por trás disso, não estou lembrada de nenhum contrato que exige casamento ao assumir uma empresa, provavelmente era para ele e Jeremy se beneficiarem de alguma forma.

Desligo o registro e ouço o meu celular apitar, provavelmente mensagem de Lexie.

Mensagem enviada por Lexie Clark, às 21:15 PM.

Mal posso esperar para te ver amiga! Me encontra no Brexó Bar, xoxo — diversos emojis de beijos e coração acompanhavam o texto.

Se ela não digitasse com emoji não seria ela. Brexó bar é um local que vamos o tempo todo, somos consideradas da casa, temos acesso VIP. Só entra gente da "elite", sempre com seus carros de luxo e olhares marcantes.

Visto uma calça flare vinho e um body preto decotado, um salto preto da Saint Laurent e uma bolsa pequena da Chanel, por ultimo uma pulseira de berloques e jogo o cabelo pro lado, mesmo com ele molhado.

Pego a chave do carro, optando por minha lambo desta vez e desço pelo elevador.

Meu pai, que ainda estava deitado da mesma forma em que o vi antes da discussão, se vira para minha direção assim que escuta o barulho do elevador, e sua feição não é uma das melhores.

– Onde vai em plena segunda-feira, Savannah? – diz autoritário.

– Já que vou me casar preciso aproveitar o que resta da minha vida. - digo, entredentes. – Faltam apenas dois dias para o meu aniversário, não posso perder meu tempo e você jogou uma bomba em cima da minha cabeça, preciso desabafar com Lexie. – ele assente, mas acompanha seu olhar de cima a baixo pelo meu corpo, em seguida volta a mexer no seu inseparável celular.

Meu pai sabe o quanto eu e Lexie somos grudadas, e quando não via ela em casa algumas vezes perguntava o motivo, as vezes não era nada demais, mas ele fica encanado por ser acostumado a nos ver sempre juntas.

Paro em frente do bar, e saio do carro entregando minha chave para um dos manobristas. Lexie desce do carro sem ao menos o olhar e ainda joga o cabelo em sua direção.

– Não suporto quando esse tipo me encara, pra me olhar no mínimo tem que ser empresário. No mínimo. – ri e rio fraco. Tamanha metidez não cabe numa pessoa só.

– Você é muito metida, Lexie. – a mesma faz sinal de beijinho com as mãos e balanço a cabeça em negação rindo.

Nos sentamos em uma mesa que ficava de frente para uma das enormes janelas do local. Eram dois andares, e estávamos no segundo.

– Pois então, me conta. O que a fez mudar de ideia tão rápido em relação à sair em "plena segunda feira"? – imita minha voz fazendo aspas com os dedos.