Superprotetor

Capítulo 1

 Soltei um som baixo de dor e me afastei da mulher de cabelos castanhos ao meu lado.

-Cuidado, Rin.

-Desculpe. - Pediu, voltando a tirar os pequenos cacos de vidro da ferida da minha testa, antes de poder curá-la.

-Como isso aconteceu mesmo? - Perguntou Kurenai, sentada na mesa, na minha frente, tomando um gole de seu chá.

-Um dos cretinos me jogou em uma vidraça.

-Uuuh, deve doer.

-Você não tem ideia.

-O que você fez, que deixou o Hokage irritado ao ponto de querer matá-lo? - Questionou Asuma, fumando um cigarro perto da janela.

-Do que está falando?

-É a terceira missão Rank-S que o sensei te manda esse mês, sem apoio. - Rin puxou a cadeira ao meu lado e se sentou, me encarando, quando terminou de curar meus machucados.

-Não fiz nada de errado, ok? Ele é que está exagerando.

-Ooh, mas você fez alguma coisa. Vamos, nos conte. O que foi? Deu um dos livros pervertidos do Jiraya-San ao Fugaku-San e disse que foi presente do Hokage.? - Kurenai perguntou, fazendo os outros dois jounins na minha sala de jantar rir. 

-Matou um dos seus sapos mensageiros sem querer? - Foi a vez da Rin.

-Destruiu um dos pergaminhos de selamento dele?

As perguntas continuaram por uns dez minutos, até Asuma bater na casa certa.

-Dormiu com a filha dele? - Essa foi a que mais os fez rir até o momento que eles perceberam meu silêncio. Desviei o olhar e me mexi na cadeira, desconfortável. Eles pararam de rir, me encarando de boca aberta. - Kami-sama... você dormiu com a filha dele.

-Ah, meu Deus, você perdeu o juízo, Obito? - Rin praticamente gritou no meu ouvido. - Sabe como o sensei é super protetor. Ele quase causou uma guerra com Suna por que achou que o Kazekage estava dando em cima da Naru-Chan. Levou semanas para ela convencê-lo que Gaara é gay. Agora, vem você, nos dizer que dormiu com ela?

-Não fiz nada de errado.

-Errado? Não. Suicida? Com certeza. - Falou Asuma, cigarro a muito esquecido no batente da janela.

Kurenai segurou minhas mãos, me fazendo olhar para ela. Ela sorriu gentilmente.

-Foi bom conhecer você.

Fechei a cara. Tudo isso era culpa do idiota do Kakashi.

***Antes

-...E então ele começou com essa papo de eu ser "nova demais para namorar", mas como ele não podia me impedir, pelo menos ele me deixaria ciente dos, como ele disse, perigos de um relacionamento. Eu falei para ele que a mamãe já tinha me explicado sobre essas coisas, mas ele já tinha pego o livro sobre DST's, e estava me mostrando essas imagens nojentas de genitálias cheias de pus e... aaargg – Ino tremeu de leve, enquanto me contava a última gafe de seu pai.

-É melhor ele nem sonhar que você não é mais virgem, ou ele vai ter um treco... Ou matar Sai. Os dois, na verdade.

-Nem brinque com isso, Naru. E o mesmo vale para você, então, pare de rir. - Parei de rir na hora.

-Se depender de Minato Namikase, eu morro virgem e sozinha.

-Não que você seja qualquer um dos dois. - Ela piscou para mim. Quando chegamos perto da loja de flores da sua família, ela soltou meu braço. - Tenho que ir, até amanhã.