Capítulo 68

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- Scarlett, o que houve? - Perguntou, entrando no quarto. Scarlett já tinha colocado Rosalie pra dormir, já havia tomado banho, e agora terminava de se aprontar pra dormir.

- Nada. - Respondeu, sem vontade, terminando de pentear os cabelos.

- Aconteceu alguma coisa? - Perguntou, olhando ela.

- Já disse que não é nada. - Repetiu, cansada, enquanto puxava o cobertor grosso da cama, ajeitando-a pra dormir.

- Ah, não? - Perguntou, vendo ela arrumar a cama dos dois - Então porque está assim? Calada, cabisbaixa, quieta, deprimida? - Ela não respondeu, apenas arrumou os travesseiros na cama. Evans suspirou, desamarrando o roupão. Já estava pronto pra dormir, também. Só vestira o roupão e fora tentar acalmar Mark e Jeremy, que se negavam a sair do lado de Johanna e Victoria. Ele tirou o roupão e colocou na poltrona, do lado do hobbie branco dela. - Vamos lá. Sou seu marido. Você pode confiar em mim. - Scarlett soltou o travesseiro que segurava ao sentir as mãos quentes do marido tocando-lhe o ombro, descoberto pela alça da camisola de seda, confortando-a. - Qual o problema?

- O problema. - Ela repetiu, rindo de leve, sem vontade - Meu problema é que eu estou com inveja. É, inveja é uma boa palavra. - Considerou, sorrindo, sem emoção.

- Inveja? - Perguntou, confuso. Não via do que Scarlett podia ter inveja - Inveja de que? Me diga o que quer, e eu vou te dar. - Confortou, alisando os ombros dela.

- Eu quero um filho, Evans. - Disse, libertando o que lhe consumia por dentro - Eu quero poder ter outro filho. Quero ter o filho homem do qual eu sei que você sente falta. Eu quero não ser estéril, Evans. - Se condenou, virando-se pro marido.

- Não diga isso. - Pediu, acariciando a maçã do rosto dela. Scarlett fechou os olhos, sentindo a pele inflamar sob o toque dele - Você não é estéril. Rose é a prova viva disso. - Disse, acariciando-lhe o rosto.

- Justamente. Só Rosalie. Nós transamos quase toda noite, Evans. Porque eu não engravido? Tem outra justificativa? - Perguntou, abrindo os olhos.

- Eu tenho. - Ele sorriu, tranquilo.

- Qual? - Perguntou, se distraindo.

- Eu. - Disse, sorrindo.

- Você o que? - Perguntou, confusa.

- Eu tenho uma confissão a fazer. - Disse, se jogando de costas na cama, abrindo os braços. - Algo que eu nunca te disse. - Disse, se fazendo de sério.

- O que seria? - Perguntou, se aproximando, ficando dentre os joelhos dele.

- Sou eu. Eu só posso gerar filhos a cada lua cheia. - Com essa até Scarlett, que estava deprimida, riu - Não ria! - Pediu, mas ria também - Jogaram um feitiço em mim quando eu era bebê, ai é assim. Funciona o tempo todo, - Garantiu, erguendo a sobrancelha pro olhar dela - Mais filhos, só na lua cheia.

- Jura? - Perguntou, ainda rindo.

- O único problema é que nunca se sabe em que lua estamos, já que tem sempre uma camada generosa de nuvens em volta dela. O jeito é irmos tentando. - Insinuou, sorrindo.

- Pode parar. - Ela ia sair, só que ele prendeu ela entre os joelhos - Evans! - Reclamou, se equilibrando.

- O quê? - Perguntou, com o olhar fixado no corpo dela.

- Pára! - Ela se tapou com os braços.

Demônios, ele estava fazendo ela esquecer o assunto.

- Eu sempre tive uma fantasia, sabia? - Comentou, erguendo o olhar pra ele. O verde dos olhos dele estava escurecido pelo desejo.

- Qual? - Perguntou, provocando, se inclinando sobre o marido, se apoiando nos peitos dele. Evans segurou ela pela cintura, acariciando-a por cima da camisola.

- Está as minhas ordens? - Perguntou, olhando-a, divertido.

- Não. Estou curiosa. - Admitiu, olhando-o.

- Pois então não digo. - Impôs, puxando um travesseiro e colocando debaixo da cabeça, tranqüilo.

- Ora, vamos. - Pediu, sendo guiada pela curiosidade. Evans fingiu estar dormindo, ressonando - Estúpido. - Acusou. Ele abriu a boca, fingindo roncar - Que ódio. - Ela rosnou, batendo no peito dele que riu, se encolhendo, ainda de olhos fechados - Tudo bem. ESTOU AS SUAS ORDENS, EVANS! - Gritou, vencida. Ele abriu os olhos.

- A casa toda deve ter ouvido. - Observou, rindo gostosamente.

- Culpa sua! - Resmungou, batendo nele novamente.

- Eu quero... - Ele fez mistério. Scarlett suspirou, impaciente - Antes, uma coisa. - Ele se virou na cama, ainda com ela por cima de si, e ligou os abajures. O quarto dos dois estava completamente iluminado agora. Ele voltou a sua posição inicial. - Eu quero que você tire a roupa pra mim. Assim, com bastante claridade. Dessa vez eu não quero te despir, eu quero que você o faça. - Murmurou perto do ouvido dela, antes de morde-lhe a orelha de leve.

- Tá falando sério? - Perguntou, tirando o cabelo loiro de cima do rosto branco-pálido, pra encarar ele.

- Estou. - Ele negou com a cabeça - Desde o dia da cachoeira, eu fiquei com isso na cabeça. Cada vez que eu via você andando, eu pensava nisso. - Scarlett fez uma careta - Por favor. - Pediu com uma carinha irresistível.

- Evans, eu acho que... - Interrompida.

- Amor. - Interrompeu, chamando-a. Scarlett hesitou - Vai. - Insistiu, soltando a cintura dela.

Scarlett se ergueu novamente, pensativa. Bom, não havia nada nela que ele não havia visto. Ela respirou fundo, e ele lhe observou. Ela sorriu de canto ao ver a expectativa no olhar do marido. Fez sinal negativo com a cabeça, e pôs-se a desamarrar a parte da frente, do decote da camisola. Evans observou cada movimento dela, atentamente. Ela terminou de desamarrar, e olhou ele, que incentivou ela com o olhar. Por fim, ela suspirou e pegou a camisola pelas abas, despindo-a dela, ficando apenas de calcinha na frente dele. O sorriso de Evans morreu ao ver a mulher, semi-nua, na sua frente. Scarlett reparou como isso parecia ser difícil, mas não era, ela se sentia vestida. Ele era sua pele, ela pensou, sorrindo por dentro. Evans observou o corpo da mulher por instantes.

Ela era perfeita em seus mínimos detalhes. Os cabelos loiros caiam como uma cascata dourada, sob a pele pálida. A barriga era definida, durinha. As curvas eram generosas, os seios eram fartos. Era linda.

- Venha aqui. - Chamou ela de volta, oferecendo-lhe o colo. Scarlett sorriu, largando a camisola no chão. Ela se sentou em cima do quadril dele, com uma perna de cada lado, já notando sua forte excitação, e o encarou.

- E o que você quer, agora? - Perguntou, acariciando o rosto dele.

- Agora eu quero amar você. - Respondeu, beijando a palma da mão dela.

Scarlett se assustou quando Evans, bruscamente, se sentou, puxando-a. Ela só sentiu a mão dele puxando-lhe pelo quadril, consequentemente fazendo-a se pressionar fortemente contra a excitação dele, e ela gemeu com isso. O gemido dela morreu na boca dele, que assaltou a dela em um beijo violento, agressivo. O que os dois fizeram vocês já devem imaginar, porque a sua amada escritora está cansada de escrever cenas hot's, que poluem a sua mente pura. Tempos depois, os dois ofegavam, cada um em um lado da cama, rindo, e olhando o dossel, que estava bem iluminado. Como Scarlett, geralmente, demorava mais pra se recuperar, Evans desligou as luzes, e puxou ela pra debaixo do edredom.

- Sobre a lua cheia. - Começou, após minutos de silêncio aconchegada no peito do marido, que lhe acariciava levemente o cabelo - Você é um grande mentiroso. - Acusou, mas se abraçou mais a ele.

- Sim, eu sou. - Assumiu - Pelo menos descontraiu você. Não quero que se preocupe com isso. Ele virá, no momento certo. E se não vier, nós temos a nossa Rose. Ela é tudo que nós precisamos, Scar. - Tranquilizou.

- Eu te amo. - Murmurou, se abraçando mais a ele.

- Você também é muito simpática. - Brincou, e ela riu de leve. Ele beijou a testa dela, e assim dormiram.

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