Acordo com os gritos da minha mãe me chamando. -Will! Você vai se atrasar para a escola - seu grito ecoa por toda a casa.
-Já estou indo - respondo com uma voz sonolenta. Me levanto da cama lutando com a vontade de permanecer nela, vou ao banheiro. Me olho no espelho -meu Deus que cara é essa?! -estava com uma cara de sono inigualável, meu cabelo preto todo arrepiado, pois acabo de acordar, meu pijama preto -que de certa forma era bem estiloso para um pijama, também combinava com minha pele clara -estava todo amassado, pois quando estou dormindo parece que tem uma luta interna acontecendo dentro de mim, séria uma ótima explicação do porque eu me reviro tanto durando o sono.
Tomo um banho frio para tentar acordar o corpo e logo vem em minha mente: hoje e minha última semana de aula. Ao lembra disso meu sono se transformou em animação mal podia acreditar q estava finalmente me formando na escola.
Saio do banheiro, me visto com uma certa relutância, pois mesmo sendo minha última semana de aula não deixava de ser chato. Chego à cozinha onde minha mãe está tomando seu café da manhã, seu cabelos lisos meios arrepiados pois tinha acabado de acordar seu nariz um pouco vermelho por causa de uma gripe repentina e seus olhos castanhos claros que combinavam perfeitamente com sua pele clara.
-Como você está mãe, parece meio doente? -pergunto preocupado
-Estou bem Will, é só uma gripe - responde sorrindo para mim -tome logo seu café, Henry vai dar uma carona para você. Assim que seu nome foi anunciado ele entra -será q ele estava esperando para fazer isso? Me pergunto em silêncio.Henry é meu padrasto, eu o considero mais um pai mesmo, pois foi ele que ajudou a minha mãe a me criar quando meu pai biológico foi embora.
Henry chega a cozinha vestindo um terno preto muito chique, seu cabelo preto levemente grisalho penteado para o lado e com óculos escuros cobrindo os olhos - as vezes invejava seu estilo.
-Bom dia pai, como o senhor está? -pergunto animado em velo.
-Estou ótimo Will -responde com sua voz grossa e com um grande sorriso no rosto. Se aproxima de minha mãe e lhe dá um beijo, chega ao meu lado e bagunça meu cabelo e pergunta - já está pronto Will? não posso me atrasar.
-já estou sim, vamos então - falo me levantando e colocando a louça suja na pia, chego ao lado de minha mãe e dou lhe um beijo na bochecha e um abraço.
-se cuidem! Amo vocês -fala minha mãe quando estamos saindo.
- também te amo -eu e Henry falamos ao mesmo tempo, nos entre olhamos saindo de casa e começamos a rir.Fico esperando em frente ao nosso prédio enquanto Henry tira o carro da garagem, olho para o céu nublado de Nova York e penso -vai chover muito hoje, será que vou ser liberado mais cedo? -enquanto estou viajando em meus pensamentos olhando para as nuvens Henry aperta a buzina do carro, levo um susto muito grande, ele abri o vidro do carro é diz -não fique viajando por muito tempo na imaginação Will, você fica desprevenido quando faz isso -fala como se estivesse dando um conselho de vida.
-vamos indo filho.
-tudo bem -digo ainda voltando do mundo de meus pensamentos.
Quando entro no carro seu telefone toca e ele sai para atender, fico olhando para seu rosto falando no telefone, vejo seu sorriso sumir, seus olhos alegres agora parecem cheios de preocupação, por fim ele desliga o telefone e entra no carro.No caminho para a escola o silêncio toma conta do carro, geralmente Henry e eu conversamos bastante mas depois desse telefonema ele está diferente. Não aguentando mais o silêncio pergunto
-está tudo bem pai?
Ele olha rapidamente para mim é diz
-estou bem sim, são apenas coisas do trabalho, não se preocupe -sua voz soa com um tom pesado.
-que tipo de coisas? -pergunto preocupado. Ao pararmos no sinal vermelho ele põe a mão sobre meu ombro e diz.
-Will, são algumas coisas do trabalho, não é nada que você precise se preocupar por hora.
Por hora? Como assim? Ele está me escondendo algo. Quando estava prestes a continuar as perguntas percebi que ele não queria mais falar sobre isso, então apenas concordei com a cabeça. O silêncio se seguiu até a minha escola.Henry para o carro em frente à escola, antes que eu pudesse sair ele diz.
-Will, quero que faça uma coisa
-tudo bem, o que é?
Ele olha em meus olhos e fala
-prometa para mim Will, assim que sair da escola vá direto para casa, quando chegar lá tranque tudo e não saia, proteja sua mãe - ele diz olhando diretamente para meus olhos para mim, torna a repetir -me prometa will. Prometa que vai fazer isso!
-percebo no tom preocupante em sua voz, então digo.
-tudo bem pai, eu prometo!
Por fim eu saio do carro, me viro e olho em seus olhos, procurando algum sinal de resposta para o que viera a acontecer, no fim desisto e digo.
-eu te amo pai, faça uma boa viagem, espero que dê tudo certo no seu trabalho -falo com um tom calmo para tentar amenizar a tensão do momento.
-também te amo filho, realmente espero que não tenha sido nada tão ruim quanto estou pensando, se cuide, até breve -ele fala tentando fazer parecer que nada de ruim aconteceu.Henry liga o carro, pisa no acelerador e vai embora, me viro e caminho para o portão daquela pavorosa escola.
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O Virus Z-34
AventureWilliam Carter era um adolescente normal, vivendo uma vida normal, uma pena q isso não durou muito. Aos 17 anos viu todos q conhecia perecerem pelas garras de um terrível vírus, mas o pior de tudo não era ver todos morrendo a sua volta, era ver eles...