Capítulo 005

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Por; Eduarda ✨

De longe você via o quão unido eram os meninos, e lindos também, mas eu não vim para flertar ou me relacionar.

Coloquei minhas coisas na mesa e olhei a sala em si, era toda branca com detalhes em vermelho, meu pai sabia que eu amava a cor e confesso estar até bonitinho.

Arrumei algumas coisas que trouxe de casa para ficar mais a minha cara e no fim as coisas estavam se ajeitando, acho que era até uma maneira de eu me sentir melhor.

Comecei a olhar todo o controle de contas da empresa.

O lucro era alto e não podia ter erro algum.

Avaliei tudo, tanto de contas a pagar e a receber.

Passei a ver os juros e a porcentagem que sempre aumentava no fim do mês.

Era um trabalho grande e bastante complicado mas eu dava conta, isso na verdade era serviço do pessoal do financeiro, mas é sempre bom passar a limpa no final.

Havia alguns errinhos na minha visão, mas nada de tão extravagante.

Terminei aquilo tudo exausta e percebi que já era meu horário de almoço.

Liguei para secretaria do meu pai, o que me lembra que eu terei que contatar uma.

A voz da mulher extremamente profissional diz que meu pai tinha ido almoçar em casa, respirei fundo com uma imensa vontade de matar ele e agradeci a moça.

Nossa sala era no mesmo andar, mas não dava para ser vista, já que eram em áreas diferentes.

Sair da sala em direção ao refeitório da empresa e boa parte dos funcionários estavam ali.

Senti meu rosto queimar de vergonha pelos olhares sobre mim, disfarcei pegando meu celular e fui em direção ao balcão.

Pedi meu almoço, o que de imediato foi feito e entregue.

Fui para uma mesa em um canto e me ajeitei sentando na cadeira, antes que eu pudesse comer outra cadeira foi puxada e sentada ao meu lado.

Marcelo: E ai chefinha — Sorriu para mim e retribuir.

Sabia que não podia dar intimidade, ainda mais que eu nem o conhecia, mas ele era legal e eu não podia o tratar mal ou com indiferença. 

Eduarda: Oi. 

Marcelo: Almoçando sozinha? 

Eduarda: Pareci que sim.

Marcelo: Quer sentar com a gente? — Apontou para a mesa onde estava o tal Diogo e Murilo. 

Eduarda: Não precisa. 

Marcelo: E vai ficar aqui sozinha? — Assenti — Não né, vamos lá. — Levantou e ergueu a mão.

Suspirei e aceitei levantando com ele.

Peguei minha bandeja e fui de encontro a mesa de seus amigos do outro lado do refeitório. 

As pessoas me olhavam e eu estava até com medo de ter algo sujo ou rasgado em mim.

Eduarda: Tem algo de errado comigo? — Perguntei ainda andando ao seu lado.

Ele gargalhou e me fez quase ter certeza de que tinha sim algo errado. 

Marcelo: O pessoal é curioso mesmo, daqui a pouco param. 

Olhei minha frente e poucos centímetros me separavam da mesa.

O olhar de macho alfa e lobo pronto para dar o bote do tal Diogo era exalante.

Ele intimidava e isso era assustador, desviei nossos olhares e Marcelo puxou a cadeira para mim sentar. 

Marcelo: Ela não queria não mas eu consegui.

Eduarda: Boa tarde! 

Diogo: Boa. 

Murilo: Tudo tranquilo chefinha?

Eduarda: Por enquanto sim. — Falei sorrindo de canto começando a comer. 

Odiava que me olhassem comendo, ainda mais tendo a atenção de três tentações daquela sobre mim.

Marcelo iniciou uma conversa sobre de como a empresa ficou assustada com a minha entrada repentinamente.

Se eles estavam assustados imagina eu.

Eduarda: Nem eu imaginava que iria para esse cargo. 

Diogo: Quantos anos você tem? — Perguntou. 

Eduarda: Vinte e dois.

Diogo: Não se acha nova demais para um cargo tão grande? — Me peguei pensando aonde ele queria chegar com aquele assunto, será que ele era aqueles maníacos que querem fazer de tudo para assumir a empresa?

Preferiria acreditar que não, mas ficaria de olho nele. 

Eduarda: Sim, mas tenho inteligência e capacidade para dominar qualquer setor dessa empresa.

Diogo: Esqueceu de colocar confiança. — Alfinetou.

Eduarda: Isso eu guardo para mim, não preciso expor o que não é necessário. — Ele não sabe o que eu passei para estar ali. 

Diogo: Entendo. — Ele abaixou a cabeça. 

Marcelo: Mas eai, ta gostando do seu primeiro dia? 

Eduarda: Normal. 

Marcelo: Mesmo com esse povo todo não parando de te olhar? — Fez careta eu ri. 

Eduarda: Uma coisa que eu queria muito entender. 

Começamos a conversa sobre aquilo agora e eles falavam quem era quem ali, até dos mais preguiçosos aos mais mandões que se achavam donos.

Diogo era o mais calado, só falava quando os meninos pediam sua opinião. 

Marcelo: O Diogo ele é o tipo de garoto preguiça, mas responsável, nunca vi esse garoto ter uma falha aqui dentro. 

Murilo: Ele é o cabeça da Trup. — Falou, o que fez Diogo negar. 

Diogo: Calem a boca. 

Eduarda: Vocês se conhecem tem muito tempo? 

Marcelo: Uns 6 anos já. — Falou me surpreendendo. 

Eduarda: É bonita a amizade de vocês. — Falei sincera e voltei meu olhar ao que me parece mais insensível dali.

Diogo: Eles são meus irmãos, são os únicos que eu confio pra tudo. — Revelou e eu sorri.

Eduarda: Imagino. — Levantei da cadeira. — Bom, vou voltar pra minha sala. 

Marcelo: Nós também. — Eles levantaram e me surpreendendo ele me abraçou, Murilo também e Diogo eu pensava que faria o mesmo, mas só maneou a cabeça com um sorriso de canto e eu retribui do mesmo jeito. 

Voltei aos meus trabalhos por ali e suspirei.

Eduarda: Até que não foi ruim. — Falei a mim mesma.

Separados por um andarOnde histórias criam vida. Descubra agora