Por; Eduarda ✨
De longe você via o quão unido eram os meninos, e lindos também, mas eu não vim para flertar ou me relacionar.
Coloquei minhas coisas na mesa e olhei a sala em si, era toda branca com detalhes em vermelho, meu pai sabia que eu amava a cor e confesso estar até bonitinho.
Arrumei algumas coisas que trouxe de casa para ficar mais a minha cara e no fim as coisas estavam se ajeitando, acho que era até uma maneira de eu me sentir melhor.
Comecei a olhar todo o controle de contas da empresa.
O lucro era alto e não podia ter erro algum.
Avaliei tudo, tanto de contas a pagar e a receber.
Passei a ver os juros e a porcentagem que sempre aumentava no fim do mês.
Era um trabalho grande e bastante complicado mas eu dava conta, isso na verdade era serviço do pessoal do financeiro, mas é sempre bom passar a limpa no final.
Havia alguns errinhos na minha visão, mas nada de tão extravagante.
Terminei aquilo tudo exausta e percebi que já era meu horário de almoço.
Liguei para secretaria do meu pai, o que me lembra que eu terei que contatar uma.
A voz da mulher extremamente profissional diz que meu pai tinha ido almoçar em casa, respirei fundo com uma imensa vontade de matar ele e agradeci a moça.
Nossa sala era no mesmo andar, mas não dava para ser vista, já que eram em áreas diferentes.
Sair da sala em direção ao refeitório da empresa e boa parte dos funcionários estavam ali.
Senti meu rosto queimar de vergonha pelos olhares sobre mim, disfarcei pegando meu celular e fui em direção ao balcão.
Pedi meu almoço, o que de imediato foi feito e entregue.
Fui para uma mesa em um canto e me ajeitei sentando na cadeira, antes que eu pudesse comer outra cadeira foi puxada e sentada ao meu lado.
Marcelo: E ai chefinha — Sorriu para mim e retribuir.
Sabia que não podia dar intimidade, ainda mais que eu nem o conhecia, mas ele era legal e eu não podia o tratar mal ou com indiferença.
Eduarda: Oi.
Marcelo: Almoçando sozinha?
Eduarda: Pareci que sim.
Marcelo: Quer sentar com a gente? — Apontou para a mesa onde estava o tal Diogo e Murilo.
Eduarda: Não precisa.
Marcelo: E vai ficar aqui sozinha? — Assenti — Não né, vamos lá. — Levantou e ergueu a mão.
Suspirei e aceitei levantando com ele.
Peguei minha bandeja e fui de encontro a mesa de seus amigos do outro lado do refeitório.
As pessoas me olhavam e eu estava até com medo de ter algo sujo ou rasgado em mim.
Eduarda: Tem algo de errado comigo? — Perguntei ainda andando ao seu lado.
Ele gargalhou e me fez quase ter certeza de que tinha sim algo errado.
Marcelo: O pessoal é curioso mesmo, daqui a pouco param.
Olhei minha frente e poucos centímetros me separavam da mesa.
O olhar de macho alfa e lobo pronto para dar o bote do tal Diogo era exalante.
Ele intimidava e isso era assustador, desviei nossos olhares e Marcelo puxou a cadeira para mim sentar.
Marcelo: Ela não queria não mas eu consegui.
Eduarda: Boa tarde!
Diogo: Boa.
Murilo: Tudo tranquilo chefinha?
Eduarda: Por enquanto sim. — Falei sorrindo de canto começando a comer.
Odiava que me olhassem comendo, ainda mais tendo a atenção de três tentações daquela sobre mim.
Marcelo iniciou uma conversa sobre de como a empresa ficou assustada com a minha entrada repentinamente.
Se eles estavam assustados imagina eu.
Eduarda: Nem eu imaginava que iria para esse cargo.
Diogo: Quantos anos você tem? — Perguntou.
Eduarda: Vinte e dois.
Diogo: Não se acha nova demais para um cargo tão grande? — Me peguei pensando aonde ele queria chegar com aquele assunto, será que ele era aqueles maníacos que querem fazer de tudo para assumir a empresa?
Preferiria acreditar que não, mas ficaria de olho nele.
Eduarda: Sim, mas tenho inteligência e capacidade para dominar qualquer setor dessa empresa.
Diogo: Esqueceu de colocar confiança. — Alfinetou.
Eduarda: Isso eu guardo para mim, não preciso expor o que não é necessário. — Ele não sabe o que eu passei para estar ali.
Diogo: Entendo. — Ele abaixou a cabeça.
Marcelo: Mas eai, ta gostando do seu primeiro dia?
Eduarda: Normal.
Marcelo: Mesmo com esse povo todo não parando de te olhar? — Fez careta eu ri.
Eduarda: Uma coisa que eu queria muito entender.
Começamos a conversa sobre aquilo agora e eles falavam quem era quem ali, até dos mais preguiçosos aos mais mandões que se achavam donos.
Diogo era o mais calado, só falava quando os meninos pediam sua opinião.
Marcelo: O Diogo ele é o tipo de garoto preguiça, mas responsável, nunca vi esse garoto ter uma falha aqui dentro.
Murilo: Ele é o cabeça da Trup. — Falou, o que fez Diogo negar.
Diogo: Calem a boca.
Eduarda: Vocês se conhecem tem muito tempo?
Marcelo: Uns 6 anos já. — Falou me surpreendendo.
Eduarda: É bonita a amizade de vocês. — Falei sincera e voltei meu olhar ao que me parece mais insensível dali.
Diogo: Eles são meus irmãos, são os únicos que eu confio pra tudo. — Revelou e eu sorri.
Eduarda: Imagino. — Levantei da cadeira. — Bom, vou voltar pra minha sala.
Marcelo: Nós também. — Eles levantaram e me surpreendendo ele me abraçou, Murilo também e Diogo eu pensava que faria o mesmo, mas só maneou a cabeça com um sorriso de canto e eu retribui do mesmo jeito.
Voltei aos meus trabalhos por ali e suspirei.
Eduarda: Até que não foi ruim. — Falei a mim mesma.
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Separados por um andar
Teen FictionUm andar pode separar duas pessoas, mais nunca dois corações;