Capítulo 11

33 5 0
                                    

She Walks In Beauty

Ela anda na beleza, como a noite 
De climas sem nuvens e céu estrelado; 

E tudo o que há de melhor no escuro e no brilho 
Conheça em seu aspecto e seus olhos: 
Assim amadurecido à luz suave 
Que céus ao garrido dia tenha negado.

Um tom a mais, um raio a menos, 
Tinha meio prejudicado a graça sem nome Das tranças em negros ondulares.

Ou que suavemente ilumina seu rosto; 
Onde pensamentos serenamente doces expressam, 
Quão pura, quão querida é sua morada. 

E naquela bochecha e sob a testa, 
Tão suave, tão calmo, mas eloquente, 

Os sorrisos que vencem, os matizes que brilham, 
Mas conte os dias de bondade gastos, 

Uma mente em paz com tudo abaixo, 
Um coração cujo amor é inocente!


Lorde Byron

Ѽ

1896

—O conhece, senhorita?

William se vira para a garota sem se importar com o fato de não ter cumprimentado o visitante.

O êxtase com que a jovem pronunciou o nome daquele homem não poderia passar despercebido por nenhuma alma na face da terra, e foi impossível controlar o ciúmes ao ver a facilidade que o fez quando ela se demonstra relutante em se dirigir a ele com tanta intimidade.

—Eu... eu...

Ela pensa em qualquer desculpa que poderia lhe dar, mas não encontra nenhuma.

Sabe que William não ficará feliz sabendo que este és Sanches, tio de seu melhor amigo, mesmo ele não conhecendo nenhum dos dois.

Amedrontada com a possibilidade de ter estragado a possibilidade de ter ao menos alguém conhecido ela olha para o homem aflita, esperando por sua ajuda.

—Lhe fiz uma pergunta.

William diz perdendo o último resquício de sua paciência.

—Sou o maior estilista de Churchill.—Sanches entra na casa sem esperar ser convidado.—Todos me conhecem.

De fato, é está uma realidade. Seus trabalhos se tornaram tão famosos que seu nome está gravado até mesmo nos trajes da realeza.

—Vim a pedido de Carter Hiddleston, para confeccionar o vestido de debutante da donzela Eliza Roberts.

Nenhum deles fugiria da tristeza ao ouvir estás palavras.

William balança sua cabeça afirmativamente. Quanto a isto nada pode fazer.

—Leve-o para a sala de música, pois lá terão mais privacidade —ele se direciona a Eliza.— Irei os deixar à sós.

  William parte sem se despedir do estilista, que não deixou de notar a forma íntima com que ele e Eliza trocaram palavras e olhares.

A Mansão de ChurchillOnde histórias criam vida. Descubra agora