🍀Cap. 01 🍀

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Dias se passaram, e Tyler continuava a se encontrar com Natalie. Evitava falar no nome do sogro enquanto estivesse com ela, e ela também não o levou mais a sua casa depois do que aconteceu entre os dois.

Naquele exato dia, ele recebeu um inusitado convite do Sr. Klaus, para ir até sua casa, pois queria ter uma conversa séria com ele. Foi o que um dos seguranças do velho lhe informou quando ele já estava saindo do trabalho. Não sabia como ele havia descoberto onde ele trabalhava. E umas das coisas que ele exigiu, foi que Tyler fosse sozinho e que Natalie não ficasse sabendo daquele encontro. Tyler apenas concordou, pensando em uma possível aprovação da parte de Klaus, ele foi bastante esperançoso para lá. Pensava assim, que talvez ele tivesse pensado melhor sobre seu namoro com Natalie e enfim, pudesse ter aceitado o relacionamento dos dois.
Mas a realidade era não poderia ser pior.
Quando ele percebeu o que ele queria na verdade, mal pôde acreditar. 

― Sente-se, por favor! ― o velho mandou. Tyler já se encontrava em seu escritório. 

O Sr. Klaus que já o aguardava, apenas indicou uma poltrona para ele sentar-se à sua frente. Preferia falar com as pessoas olhando nos olhos. 
Estava sentado em sua cadeira acolchoada, em frente a uma mesinha de centro, com alguns papéis sobre ela e alguns objetos que se vêem normalmente em um escritório. Como notebook, livros, uma impressora, além de uma caixa de charuto aberta, que ele tinha certeza que não eram nada baratos. 

O escritório assim como o resto da casa, era bem decorado. Era uma enorme sala com uma grande estante grande e extensa quantidade de livros que se perdia de vista, além de alguns quadros distribuídos de forma estratégica pelas paredes. 

― Como vai, Sr. Klaus? Obrigado pelo convite. ― Ele estendeu a mão, simpático para o velho apertar, mas ele nem se mexeu.

― Quanto você quer para se afastar da minha filha? ― O velho perguntou sem rodeios. Um dos seguranças que estava em pé no canto da sala assim que viu o aceno do velho, trouxe uma enorme malera pratada. A abrindo sobre a mesa onde se podia ver uma quantidade considerável de dinheiro, que foi deslizando sobre a mesa até chegar a tyler.  

Ele estava tranquilamente sentado, fumando seu charuto, distribuindo fumaça para todos os lados. Esperava alguma reação da parte de Tyler, que ainda não conseguia acreditar no que seus olhos viam. 
Não se importava com o dinheiro, mas com o quê aquilo significava. Ele queria lhe comprar. 

― O quê? ― Tyler perguntou, pensando ter ouvido mal. Precisava ouvir novamente, para ter certeza que seus ouvidos não estavam lhe pregando uma peça. 

― Foi isso mesmo que você ouviu ― ele repetiu da mesma forma fria de antes. ― Quanto você quer para se afastar dela? Suponho que um homem que pensa no futuro e almeja ser um mero "escritorzinho", ― falou com desprezo ― deva querer realizar seu sonho o quanto antes. É só me dizer quanto, e apenas dizer a ela que você não quer mais ficar com ela. Que mudou de idéia e que não a ama mais. 

― Eu não estou à venda, Sr. Klaus ― levantou-se abruptamente, fechando as mãos em punho em um ato involuntário.  
― muito menos, vou aceitar uma proposta indecente como esta. O que pensa que eu sou? Um alpinista social, que só está atrás do seu dinheiro? Eu tenho honra e tenho dois braços para trabalhar. E lhe garanto, que mesmo não tendo o tanto de dinheiro que você tem, sua filha nunca passará por nada nessa vida. Eu a amo, e eu nunca faria qualquer coisa que pudesse magoá-la. Isso o senhor pode ter certeza. E eu espero que o senhor tenha entendido.

Ele estava com muita raiva naquele momento. Precisava sair os mais rápido dali antes que pudesse piorar ainda mais as coisas, o que achava não ser possível, pois pior que estava não poderia ficar. Estava pronto para ir embora, quando o velho retrucou:

My Angel - acaso do destino [EM HIATO]Onde histórias criam vida. Descubra agora