Leo lentamente abriu seus olhos, estava tudo confuso ao seu redor, demorou um pouco para que ele pudesse ouvir claramente uma voz o chamando, susurrando em seu ouvido.
– Aqui
Confuso, sentou-se.
– Quem está falando comigo?Uma sombra sem particularidade alguma revela-se diante do garoto, suspirando.
– Estava se dando muito bem, vossa majestade, foi bom enquanto durou, mas o prazo de validade está se esgotando.
Disse a sombra num tom sarcástico.
Leo coloca as duas mãos no seu rosto
– Majestade?
A sombra ficou em silêncio por um momento, fitando os seus olhos para os de Leo.
–Examinei a sua memória, e pelo visto, parece que não se recorda de seu trama, bem, de qualquer forma, o importante é cumprir com sua tarefa pendente antes de voltar pra casa.
Sem palavras, Leo não conseguiu orientar-se e muito menos encontrou algum fragmento de memória.
A mente dele foi subitamente preenchida com uma tonelada de questionamentos.
– O que está acontecendo aqui?
Seu corpo ficou criticamente pesado.– Não é necessário lembrar-se de tudo, na verdade, é interessante que as coisas tenham tomado esse rumo.
–Co-como assim?
Disse o garoto, ofegante por causa do ar rarefeito do ambiente escuro.A sombra respirou fundo, poupando-se de longas explicações, se aproxima e toca em sua cabeça.
– Acho que não tem jeito...
Ele Pensou.– Seja paciente, senhor.
Bem desconfortável com a situação, o garoto foi surpreendido com uma lembrança.
[...]
Vai ficar tudo bem, vamos fugir daqui.
Bani abraçou gentilmente o garoto da memória, numa noite de primavera.Mas irmão...
Já se esqueceu da nossa promessa? não quero que seja castigado severamente pelo meu pai outra vez.
Impossível não me lembrar, mas...
Bani, puxou delicadamente as mãos de Zeni, o segurando firme.
Vai ser simples, mas temos que sair daqui o mais rápido possível.
Zeni desviou seu rosto com uma expressão de preocupação.
Zeni era muito gentil, ele estava com medo de que as intenções de Bani fora do comum pudessem, ainda que minimamente, machucar o seu irmão.
Bani, que estava observando aos arredores, escutou alguns passos, seu coração bateu aceleradamente, era como se uma onda de choque corresse de sua cabeça até para as solas dos pés.
Zeni, sem tempo para responder, foi puxado pelo seu irmão, correndo descontroladamente.
Bani, está me machucando.
Aguente firme, por favor.
Disse Bani, gritando e apertando firme o pulso de Zeni, sem qualquer hesitação, temendo de que fossem os oficiais da corte.
Desviando dos obstáculos da floresta, Bani direcionou Zeni à uma cavena.
Os dois irmãos se escondem.