Capítulo 4

1.5K 164 19
                                    

Jamie Dornan

Eu podia ter uma vida normal se não tivesse uma filha para cuidar.

Muitas vezes eu noa me importo com ela, mas não é por mal. Eu simplesmente não consigo olhar para e não me lembrar da minha mãe. A pessoa que me devia de apoiar, virou-me as costas logo que conseguiu. Sou filho único, então isso faz com que eu me sinta sozinho.

Apesar de ter uma mulher gostosa pra caralho em casa e uma filha, pessoas que eu amo muito, não há um dia que eu não chegue a casa bêbedo.

Não sou feliz com a vida que levo. Sou ainda mais infeliz, quando vejo minha Coqui me tratar mal e quando vejo que minha filha, em vez de brincar comigo, prefere se isolar.

Trabalho dias e noites, mas isso não é o suficiente para eu conseguir dar uma vida melhor à minha pequena.

Eu tenho consciência que devia de ser mais presente na vida dela, mas Dakota não facilita. Se eu chego a casa sóbrio é porque estou sóbrio, se chego bêbedo é porque estou bêbedo. Às vezes eu não a entendo, mas como eu sou teimoso, acabamos por discutir. Eu sempre me faço de esquecido, mas sei que discutimos.

Já alguns dias que venho a observar Nell e vejo que ela não anda bem. Tem dias que ela ainda vem para a sala e fica a brincar com algumas bonecas, mas nestes últimos dias, ela só sai do quarto para jantar.

Como todos os pais, fiquei preocupado, quando Dakota me ligou dizendo que nossa filha tinha ido para o hospital, por causa de ter desmaiado. Fui a correr para o hospital, mas não adiantou de muito, pois minha filha me tratou como se eu fosse um lixo.

Mas é isso que eu sou. Um lixo de pai, que não consegue dar amor à sua própria filha.

Saio do hospital e paro no primeiro bar que vejo aberto. Entro e peço uma cerveja.

- O que um homem tão bonito como você, faz sozinho num bar, a estas horas? - uma moça, de vestido preto justo ao corpo, seus seios quase saltando para fora, loira e olhos escuro, para ao meu lado, tirando o copo da minha mão.

Se eu fosse o adolescente, que antes pegava todas, certamente eu levaria esta para um quarto e a fudia, mas agora sou um cara comprometido!

E por mais, que Dakota pense o contrario, eu nunca a trai. Já tive varias oportunidades, e uma delas está sentada ao meu lado, mas eu sou fiel e nunca irei ser capaz de fazer tal coisa!

- Problemas em casa, gatinho? - ela pousa a sua mão no meu braço e eu trato logo de tirar.

- Desculpa, sou comprometido. - falo sem olhar para ela e volto a atenção para a minha bebida.

- Está tudo bem? - ela pergunta com uma voz totalmente diferente. Antes era uma voz sexy, que era capaz de fazer um pau ficar duro, agora mudou para um tom de preocupação. - Você pode falar comigo. Melhor, vem comigo.

Ela volta a tirar meu copo da mão e vai me puxando por um corredor escuro, apenas com uma luz azul ligada, que nao dava quase iluminação nenhuma.

Ela entra numa porta e quando eu passo por ela, posso notar que é um escritório.

- Aqui estamos mais seguros e podemos falar com mais calma.

Ela me indica um sofá. Fico a olhar ele uns minutos a pensar se me vou embora ou se me sento.

Não sou de confiar em pessoas que nao conheço, mas esta moça passou-me confiança, só pelo facto de nos ter trazido para um lugar mais reservado.

- Meu nome é Rita Reis, sou casada e amo a minha esposa. Eu nao irei fazer nada com você. Como deve ter ouvido, sou casada com uma mulher, ou seja, sou lésbica.

Do Ódio ao Amor (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora