Direito de amar. SOOBIN (HIATUS)

Prólogo

O vento gélido batia contra minha pele albina, meus cabelos negros ja estavam cobertos por uma camada fina de neve, meu rosto ja estava banhado na cor vermelha por conta dos 10°C que fazia naquela manhã de inverno.

Seul nunca teve uma época tão fria como esta tendo agora, eu não queria sair de casa e encarar o gelo que uma manhã de quinta trazia, eu estava admirada da coragem que milhares de pessoas tinham de trazer seus filhos para brincarem na neve, talvez tivesse um significado importante para elas, não sei, e talvez um dia eu iria entender o por que de brincar na neve é tão divertido.

Eu me encontrava sentada no parque central de Seul, observando as crianças vestirem seus patins para poderem deslizar no lago que havia no meio do parque, que por causa dessa estação estava congelado.

Meus ouvidos estavam atentos aos barulhos que soavam, pais berrando seus filhos, risos de famílias, pássaros cantando  e cachorros latindo, tudo aos meus ouvidos parecia música, que me acalmava de um jeito espetacular.

Por um momento fecho os olhos, deixando que a minha fértil imaginação fluísse. E o que eu menos previa é que meus pensamentos voltassem justo ao acontecimento de ontem, o que fez com que meu coração doesse e um pingo de suor de preocupação descesse por minha testa.

Ouço uma certa vibração no bolso de meu casaco, me fazendo retirar meu aparelho de la e olhar a tela que piscava a cada notificação recebida.

"3 chamadas perdidas de Taehyung sem noção."

"1 chamada perdida de Jimin escroto."

"138 mensagens de 2 conversas."

Posso afirmar uma coisa pra vocês: o que eu menos queria naquele momento era dar satisfação alguma de onde estava ou um sinal de vida para meus irmãos.

"Idiotas"! Um sorriso brusco brotou no canto dos meus lábios avermelhados, mas um peso sobre as minhas costas me fez ficar entre o arrependimento e o botão de foda-se.

Mas o meu orgulho falou mais alto, desliguei o aparelho e o coloquei novamente no meu bolso. Foda-se eles.

Foda-se a minha família.