Capítulo 1. Selly

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As crônicas de Yabrapery

Introdução

Houve uma outrora, que o mundo era um lugar de amor e harmonia, um lugar onde o respeito e a igualdade predominavam, um mundo onde os deuses bons e puros reinavam, e, vendo a bondade dos homens, passavam seus conhecimentos, os dando magia, porém, a bondade deles era facilmente corrompida, pelo poder e ambição, portanto, alguns homens começaram a seguir deuses malignos, e esses, os deram poderes obscuros, então, foi assim que o mundo começou adoecer e a se transformar em caos, e, portanto, a luta entre bem e o mal havia começado.

Nessa história, irá ser relatada a jornada de três amigos, Noa, Isa e Dhy:

Noa era um garoto de 16 anos, tinha 1,79 de altura e de corpo levemente torneado, seu cabelo era castanho claro e curto, seus olhos eram castanhos claros esverdeados e sua pele era clara. Ele tinha dois companheiros animais, que eram Héron (uma harpia) e Ravena (uma pantera negra), esses dois animais tinham um laço a mais com o ele, era um laço espiritual, eles o seguiam para todos os lados, estavam sempre os três juntos. Ele também era o filho da Grande Rainha Guardiã Ellária.

Isa era uma garota de 17 anos, tinha 1,84 de altura e corpo totalmente torneado, seus cabelos e olhos eram negros, e a sua pele era muito clara.

Dhy era uma garota de 16 anos, tinha 1,74 de altura e corpo magro, seus cabelos eram longos e ondulados da cor negra, seus olhos eram da cor verde com algumas coloraçoes azuis, sua pele era negra.

Essa história começou na floresta de Selly, a floresta foi nomeada "floresta de Selly", por causa de sua dinvidade Selly, a criadora das sementes sagradas, a vida! Nesse lugar, havia muita música e respeito com todos os tipos de vidas, quem lá vivia, era proibido o derramamento de sangue sem motivo, só poderia tirar uma vida se fosse para se alimentar. Esse lugar era governado pela Grande Rainha Guardiã Ellária, ela era a mais forte do seu povo, ela tinha como objetivo de guardar e proteger a floresta, porém, ela sabia que seu reinado, não iria reinar para sempre, nisso, ela decidiu em mandar Noa para sua jornada, e também seus leais companheiros, Héron, Ravena, Isa e Dhy, para que um dia ele pudesse se tornar o Grande Rei Guardião, Grande que seria forte e respeitado, Rei que seria justo e amado e Guardião que iria proteger seu povo e seu lar com a sua vida.

Capítulo 1. Selly

"Noa! Noa!" uma voz serena e calma ecoou, Noa acordou, percebendo que sua mãe o chamava, com um sorriso no rosto, e atrás dela estavam a Dhy e a Isa, com o semblante de felicidade e ansiedade.
- Meu menino, levante-se! Hoje é o grande dia! Dia que iremos celebrar a iniciação da sua grande jornada! - Ellária falava orgulhosamente. Ela era uma mulher alta e magra, de cabelos ruivos, com olhos verdes, um verde tão denso como o verde da floresta, tinha a pele clara, e rosto bem expressivo. Ela usava um vestido verde com alguns detalhes de fios dourados, e por cima dele, ela usava uma túnica da cor azul, era um azul lindo, ele chegava a cintilar com o reflexo da luz.
- Já estou atrasado mamãe? - ele respondeu se espreguiçando. Ele usava sua roupa leve de dormir.
- Claro que não seu preguiçoso! - respondeu Isa brincando, entrando em seu quarto. O quarto do Noa era dentro de uma grande árvore, o povo da floresta usava as árvores como moradia. Ela usava uma armadura de metal sellynys fosca da cor de uma folha seca, com detalhes de verde vivo. - Anda, vista seus trajes!
- Me solta Ravena! Anda Noa, a Ravena já esta ansiosa aqui fora! RAVENA, solta o meu cabelo. - disse a Dhy brincando com a Ravena. Ela usava uma armadura leve feita das fibras das arvores sellynys, era leve, porém, resistente, a cor de sua armadura era um azul com detalhes verdes e prata.
Ele levantou e botou seu traje, era uma armadura leve também, da cor esmeralda com detalhes vermelhos. Ele saiu do seu quarto com muito otimismo, sentindo a luz do Sol aquecendo seu sangue, via o seu povo todo em festa, sentia o balançar das árvores, e, o vento trazia o perfume da grande e sagrada floresta de Selly.
- O Ravena, solte o cabelo dela! - ele falou sorrindo para seus companheiros, nisso ele olha para o céu e vê o Héron que estava voando bem alto, nisso ele viu que o Noa estava ali, veio voando majestosamente e pousou em seu ombro, abrindo as asas. - Hoje será a nossa despedida, é o dia que deixaremos de ser crianças e nos tornaremos adultos, eu amo vocês, hoje será um ótimo dia! - Ele conseguia sentir a felicidade e a ansiedade de todos.
- Venham crianças, está na hora! - Ellária falava com tanto orgulho, porém Noa conseguia sentir seu aperto no coração, ele era seu único filho, e, seu pai já havia falecido, então, ela tinha muito medo que acontecesse algo e acabasse o perdendo também, mas, ela sabia que era preciso essa jornada. - Hoje vou presenteá-los, com as armas sagradas de Selly.
Então Ellária começou a levá-los para a grande árvore de Selly, onde todo seu povo se reunia, era uma enorme árvore, cheia de vida, com uma beleza encantadora. Noa e seus companheiros a seguiam, porém, Héron e Ravena passaram na frente, Ravena parecia ser um gato dócil, era toda brincalhona, e lá ninguém a temia, todo hora parava para brincar com alguém, principalmente se fossem crianças, já, o Héron não gostava de contato com ninguém, os únicos que podiam tocá-lo eram Noa e Ravena, então ele foi direto para grande árvore de Selly, e pousou no galho central, como sempre bem majestoso. Então, todos chegaram ao centro de Selly, Ellária virou-se e ficou de frente com os três jovens, os olhando com um olhar de mãe para cada um deles, ela estava orgulhosa e ao mesmo tempo preocupada, porque ela conhecia a maldade do mundo, pois ela foi à primeira do seu povo a andar no mundo, obtendo conhecimento entre o bem e o mal, por tanto, ela sabia bem os riscos que seus meninos iriam correr, entretanto, era necessário, pois um dia, a maldade iria chegar à floresta de Selly, e com isso, teria que ter pessoas fortes e bondosas para proteger um lugar tão sagrado.
- Hoje é o dia que proferiremos um "até logo!", pois botaremos cinco filhos de Selly em uma jornada de conhecimento, para que um dia, eles sejam fortes o suficiente para proteger o nosso lar, e também, que eles possam compreender a maldade do mundo, para quem sabe um dia, poder curá-lo dessa doença!- a voz da Ellária era tão forte e encorajadora, ela falava olhando para seu povo. Uma Guardiã que sempre iria protegê-los. Ela ficou em silencio, olhou para grande arvore, e olhou para Dhy e falou.
- Dhy, minha encantadora criança, que hoje se tornara uma grande mulher, eu lhe concedo as folhas de Selly. - Nisso algumas folhas caíram da árvore, se formando em um lindo chakram, ele era cheio de detalhes de folhas. - Esse chakram é mais afiado que qualquer aço, leve como uma folha, e leal a você, ele sempre voltara para suas mãos, não importa o tão longe que ele for! - Dhy ficou encantada com seu presente, seus olhos brilhavam. A cor do chakram era da cor semelhante a dos seus olhos, parecia que ele tinha saído deles.
- Isa, minha maior guerreira, eu lhe ofereço os espinhos e as cascas de Selly. - Nisso começou a sair espinhos e as cacas da árvore, se formando em um escudo bruto, cheio de espinhos, de cor marrom com detalhes brancos. - Esse escudo é tão resistente quanto você, porém, ao te atacarem, estarão atacando a se próprios. Minha valorosa escudeira, você sempre será o escudo do nosso povo. - Isa se sentiu honrada, ela sempre teve o instinto protetor.
- Meu Noa, meu menino, eu lhe concedo os cipós de Selly. - Nisso caíram três cipós, um se mesclando no outro, se formando em um belíssimo chicote, da cor verde todo mesclado. - Esse chicote irá queimar todos que lhe quererem mal - ele ficou maravilhado, parecia que o chicote era parte do seu corpo.
Ellária se vira olhando para grande árvore e fala.
- A agradecemos, grande Selly, obrigado pelos presentes recebidos, Peryum Tetale! - Peryum Tetale era palavra de magia que a divindade Selly os tinha ensinado, sempre que eles proferirem, o poder dela, iria fluir neles.
- Peryum Tetale! - gritou o povo, festejando o grande dia.
O povo todo se divertia, eram muitos cânticos, os músicos tocavam lindas melodias, as pessoas todas dançavam, os animais da floresta também estavam juntos, era uma perfeita harmonia. Os três dançavam juntos com as pessoas, se divertindo e também se despedindo, pois sabia que já chegaria à hora de partir.
- Meus irmãos! - Ellária chamou todos, e a musica parou, pois eles sabiam que à hora da despedida tinha chegado ao fim. - É chegada a hora, meus filhos, vocês já ganharam seus presentes de Selly, porém, tem os presentes do nosso povo, tomem essas bolsas, nelas têm alimentos, medicamentos contra venenos coletado da própria árvore de Selly, também têm canivetes, cordas e um mapa. - Ellária olhou para os três e respirou fundo. - Hoje será a ultima vez que os verei como crianças, desejo a vocês, muita determinação, força e coragem nessa jornada. Eu os darei, sua primeira missão. Na parte leste da floresta, homens gananciosos estão matando os animais por esporte e estão queimando o nosso lar, já perdemos uma grande parte de vida nesse lugar. - Ellária estende sua mão e um brilho verde começou surgir, se transformando em uma semente. - Essa é uma semente sagrada, plante-a em um lugar onde não à vida e ela brotara, porém, tomem cuidado, talvez esses homens não sejam pacíficos, e iram querer ferir vocês, lutem e sejam fortes.
- Até logo, não se preocupem, irei protegê-los! - Isa falou olhando para Ellária e depois para o povo. Ellária sorriu e a abraçou, ela sabia que a Isa era uma leal amiga, ela protegeria seus amigos com sua própria vida.
- Não se preocupem, voltaremos tão rápido, que nem sentirão a nossa falta! - Disse a Dhy falando com alegria e confiança, porém, com os olhos cheios de lagrimas. Ela era a mais inteligente, sabia que essa jornada poderia durar anos.
- Eu já estou sentindo falta de vocês! - disse Ellária abraçando-a.
- Eu me tornarei, forte e respeitado, justo e amoroso, e, irei proteger o nosso povo e o nosso lar, eu te amo mãe, até logo meus irmãos! - Noa falou com determinação. Ellária o abraçou, ele sentia o coração de sua mãe batendo tão forte, sentia todo seu amor.
- Que vocês encontrem o melhor em si! Amo vocês! Peryum Tetale! - Ellária ressoou, falava com orgulho e força.
- Peryum Tetale! - O povo gritou.
- Peryum Tetale! - Os três falaram, nisso o Héron bateu suas asas com tanta força, que parecia ser um barulho de um tambor, e Ravena deu o seu rugido.
Sendo assim, eles começaram a seguir para o leste da floresta, vendo cada parte de onde eles cresceram, o quanto eles iriam sentir falta. Floresta de Selly era um lugar lindo, tudo tinha vida, suas cachoeiras, a melodia dos pássaros, simplesmente tudo. Esse povo não conhecia a soberba, ganância e luxúria, essas coisas nunca tiveram poder nessa terra, lá era cultivado apenas o bem, mas, mesmo sendo um povo pacifico, eles sabiam se defender muito bem. Nem todos tinham habilidades especiais, porém, todos sabiam lutar ou se defender de alguma forma. Antes do reinado da Ellária, ninguém tinha interesse de conhecer os outros homens, porém, ela sabia que era necessário, por tanto, ela quis passar esse costume adiante, demonstrando que era preciso conhecer o bem, e também o mal, pois não tem como se defender de algo que não se conheça.
Noa não foi escolhido para a jornada, por ser apenas o herdeiro de Selly, e sim, porque ela era uns dos mais fortes, talvez tenha puxado isso de sua mãe, ele tinha uma enorme conexão com a natureza, principalmente os animais, já a sua mãe, tinha uma conexão maior com a terra. Ellária iniciou sua jornada sozinha, ela fugiu quando tinha 13 anos, pois era proibido sair da floresta de Selly, ela sempre teve curiosidade de conhecer o que tinha além de Selly, entretanto, ela descobriu, e viu um mundo doente, onde as pessoas só pensavam em poder, e elas faziam de tudo para conquistá-lo. Ela sabia que não conseguiria curar o mundo, porém, ela poderia proteger o seu lar dessa doença, que era o poder.
O Sol já estava chegando ao oeste, daqui algumas horas já iria anoitecer. Eles continuavam a andar, Ravena ficava correndo na frente, brincando com os animais, ela adorava correr atrás de coelhos, porém, só estava correndo mesmo, pois ela só caçava junto com o Noa e o Héron, eles tinham uma ligação espiritual, praticamente se comunicavam pelo pensamento ou sentimentalmente.
- Gente, o Sol já está se pondo, melhor pararmos e continuarmos amanhã. - Dhy sendo a mais astuta, sabia que era mais conveniente andar sob a luz do Sol, pois eles não estavam em casa mais.
- Você tem razão, vamos ascender uma fogueira perto do riacho, e ficaremos por lá está noite. - Isa era a mais velha, portanto, ela sentia que tinha a obrigação de proteger seus amigos.
- Sim, não estamos tão longe do riacho, Héron vai nos guiar. - ele olha para o Héron, nisso a grande harpia soltou sua vocalização, é um barulho de se arrepiar, seu vôo era super veloz, ele rapidamente encontrou o riacho, e com isso começou orientá-los ao caminho. - Está logo ali, vou procurar lenha.
- Cuidado, e não demore muito, não conhecemos tão bem essa região. - Isa como sempre protetora.
- O que vocês acham de comermos peixe? Estamos ao lado de um riacho, melhor guardarmos nossos alimentos. - Dhy sabia que os mantimentos eram valiosos.
- Por mim, tudo bem. Vocês irão querer algo a mais, sem ser lenha? - Ele perguntou.
- Se você achar alguns temperos pode pegar. - Dhy respondeu.
- Espero achar cebola. - Nisso ele saiu andando, com a Ravena ao seu lado, e o Héron estava voando sob eles, o Sol já estava se pondo, então, eles começaram a procurar rapidamente os temperos e as lenhas, Ravena pegava várias lenhas, e, ele começou a procurar temperos, conseguiu achar algumas cebolas, coentro e limões. Héron passou ao seu lado carregando um monte de lenha, e a Ravena saiu correndo atrás dele, parecia ser uma brincadeira entre os dois, e com isso, já tinha lenha e tempero o suficiente, por tanto, Noa começou a correr atrás deles também, parecia que nem estavam em missão, com essa correria, eles já estavam perto do riacho, Ravena e Héron eram muito velozes, porém, ele era muito mais, raras vezes ela conseguia acompanhá-lo, entretanto, ele estava carregando peso, e com isso, a ela conseguiu soltar, e acertar umas das garras nas lenhas, mas, já estavam no riacho, algumas caíram dentro da água.
- Ou, não estamos em passeio, essa missão é séria, não sabemos o que esta nos esperando. - Dhy falou com voz irritada, mas com razão. Ravena ronronou, ela entendeu o recado, e Héron pouso em uma árvore ao lado, onde eles iriam dormir. - Noa, se comporte Né? - Dhy agora chamou atenção dele, que vinha correndo logo atrás.
- Eu sei. Consegui cebolas, coentro e limões. - disse ele um pouco ofegante.
- Ótimo, vai ficar delicioso! - ela respondeu pegando os temperos.
- Me ajude ascender à fogueira. - Isa falou pegando as lenhas e arrumando a fogueira, e ele logo atrás fazendo o mesmo, então, ela começou a ascender, com isso feito, ela começou a fazer uns espetos para colocar os peixes. - Dhy, você está precisando de ajuda aí?- ela perguntou.
- Não, só preciso que vocês venham buscar. - Dhy já tinha temperado os peixes, então, eles foram buscar, tinham alguns sem tempero, eram da Ravena e do Héron.
- Ei, venham comer! - ele chamou os dois, Héron pegou uns três peixes e levou para árvore e a Ravena ficou comendo ali em volta da fogueira, porém, o Héron estava logo em cima. - É... Não vai demorar muito até chegarmos. - Ele falou um pouco tenso. - Será que teremos que lutar?
- Provavelmente sim. - Dhy respondeu com muita certeza.
- Por que você acha isso? - Isa falou de um jeito dócil, ela não gostava de lutar, ela não se sentia bem em ferir outra pessoa, mesmo que fosse para se defender.
- Eles acham que a terra é propriedade deles, e estamos indo lá para falar que não. Eles não respeitam a vida que lá vive, eles matam por esporte. - Dhy sabia que não poderia pensar com bondade, porque esses homens não pensariam com bondade quando os vissem chegando, ela sabia que no fim, eles teriam que lutar.
- Estaremos preparados. - Isa respondeu com firmeza.
- Esse peixe está maravilhoso! - Noa respondeu quebrando o clima de tensão.
- Sim! - Dhy respondeu sorrindo. Eles acabaram de comer e deitaram, ficaram vendo o céu estrelado, a lua estava cheia, era uma noite muito clara, então, eles começaram a pegar no sono, um a um, até que todos dormiram... Eles ficaram nessa rotina, durante alguns dias, até que a última noite chegou.
- Estamos ao leste já, provavelmente os encontraremos amanhã. - Dhy falou olhando o mapa.
- Sim! - Noa, falou acariciando a Ravena que estava deitada em seu colo, e Héron que estava em seu ombro.
- Melhor dormimos, amanhã precisaremos das nossas forças. - Isa falou calmamente.
- Você tem razão, boa noite! - Dhy respondeu com um sorriso, mesmo estando preocupada com o amanhã.
- Boa noite! - Isa falou sorrindo também.
- Boa noite! - Ele se deitou e com isso a Ravena e o Héron também.
O Sol começou a nascer, parecia que seria um lindo dia, o céu estava limpo, e o tempo fresco, então, eles começaram a acordar, a fogueira já tinha sido apagada, Isa estava lavando seu rosto no riacho, e a Ravena nadando, brincando com ela, Dhy e Héron estavam comendo frutas, e o Noa estava olhando o mapa.
- Acho que chegaremos rápido. - ele falou olhando para o mapa.
- Sim, talvez antes do por do Sol. - Dhy respondeu.
- Vocês estão com medo?- ele perguntou.
- Sim. - Isa respondeu séria, mas, logo depois, ela sorriu. - Porém... Já ouvi falar, que para se ter coragem, é preciso ter medo, pois como você vai saber se você é corajoso ou não!
- Estamos juntos, iremos proteger uns aos outros, somos fortes, iremos conseguir, e se cairmos, iremos nos levantar mais fortes! - Dhy falou com força, ela inspirava a força de seus companheiros. - Juntos?
- Juntos! - Ele respondeu com força.
- Juntos! - Isa falou vigorosamente.
- Juntos! - Dhy respondeu sorrindo, e orgulhosa de seus amigos.
Portanto, eles começaram a seguir para o seu destino, o dia passava rápido, o Sol já estava no meio do céu, estava fazendo um pouco de calor, mas nada fora do comum. Com passar do tempo, eles perceberam que o ar da floresta tinha mudado, não era o mesmo aroma, de acordo que eles iriam andando para o leste, mais o aroma da floresta ficava distante, o céu estava ficando um pouco acinzentado, e tinha algumas fuligens, Ravena não andava correndo mais na frente, Noa sentia que ela estava aflita, e Héron também. Eles começaram a ver fumaça, árvores queimadas e animais mortos. Dhy sabia que eles tinham chegado, ela ficava observando cada parte, o quanto impetuosos eles eram, matavam os animais e os deixavam jogados, ela não conseguia ver bondade neles.
- Dhy você esta bem? - Isa perguntou, vendo que ela estava inquieta.
- Temos que chegar logo! - ela respondeu um pouco séria. Isa apenas sacudiu a cabeça.
- Héron os achou! - Noa falou olhando para elas, com um olhar tenso, o momento tinha chegado. Héron os guiou até o lugar, era um lugar cheio de pedras, com algumas construções, parecia ser uma mineradora, tinha uma enorme casa no centro, tinha também alguns animais mortos, tinha duas panteras mortas, elas estavam jogadas no chão, Ravena ficou mais aflita ainda.
- Eu estou com você, não precisa ter medo! - Noa falou passando a mão em sua cabeça. Então, eles ficaram observando, viu que lá tinha, cerca de onze homens, não tinha crianças ou mulheres, eles olharam um para o outro, e sabiam que era o momento, portanto, eles começaram a ir em direção a casa. Os homens os avistaram, e pegaram armas, seis usavam espadas, três usavam lanças e dois usavam arcos, os dois que usavam arcos ficaram atrás, já estavam posicionados para atacar, os três que usavam lanças ficaram na frente, e os que usavam espadas, ficaram espalhados.
- Jovens da floresta, vocês não têm medo de ficarem andando por aí? - Um homem falou com um tom de sacarmos, ele era alto e careca da pele clara.
- Deveríamos? - Dhy respondeu o olhando nos olhos, o enfrentando.
- Claro, como uma jovenzinha como você, vai se defender sem sua floresta? Como vocês podem ver aqui não a vida mais! - O homem riu.
- Isso não será um problema, iremos trazer a floresta até você! - Dhy pegou sua arma se preparando.
- Agora! - O homem gritou. Nisso os lanceiros arremessaram as lanças em direção a Dhy, Isa rapidamente entrou na frente dela usando seu escudo, as três lanças pegaram com força no escudo, porém, não teve nenhum arranhão, realmente o escudo era muito resistente, Dhy vendo aquilo, lançou seu chakram na cabeça de um deles, era tão veloz e tão afiado, que o homem nem viu sua morte, e como mágica o chakram voltava sozinho para sua mão, como foi dito, ele era leal a ela, sempre voltaria para sua mão.
- Você vai sangrar! - O homem esbravejou. Nisso Noa pegou o chicote e deu-lhe uma chicota no rosto.
- Aaah! Isso queima! Ataquem homens! - O homem gritou de dor. Os arqueiros estavam atirando, entretanto, Isa conseguia defender seus amigos de todas as flechas, Dhy pegou seu chakram e o arremessou em um dos arqueiros, acertou em cheio no seu pescoço, e na volta acertou na cabeça em um dos guerreiros. Os guerreiros já estavam em cima deles, então, Isa começou a lutar corpo a corpo, ela e seu escudo eram uma união perfeita, ela conseguia segurar três homens na luta.
- Ravena! - Noa gritou, e os dois, foram para cima dos caras que estavam com as lanças, ela rapidamente pulou no pescoço de um deles, o matando ferozmente, enquanto o outro iria dar uma lançada nela, Noa percebeu e segurou o braço dele com o chicote e a Ravena o atacou, o matando também. Um dos guerreiros foi para cima da Dhy, ela lutou com ele, e quando ele menos esperava, ela passou seu chakram em seu pescoço, foi rápido. O arqueiro estava com a Dhy na mira, seria um tiro certeiro, já que ninguém estava vendo, pois estavam todos ocupados, porém, quando ele iria atirar, o Héron prendeu suas garras em seu rosto, e a Dhy percebeu, e arremessou seu chakram o matando. Isa fincou seu escudo no meio do peito de um deles, e Noa foi ajudá-la, pegou um pelo pescoço com o chicote, fazendo-o quebrar, ela novamente acertou outro com seu escudo. Agora só restava um, o cara alto e careca, que falava com tanto sacarmos, ele vendo isso começou a correr, entretanto, Dhy não iria deixá-lo escapar.
- Realmente, não a vida, pelo menos não mais para você! - Dhy gritou, arremessando seu chakram o matando. Estava feito, a luta acabou, eles olharam um para a cara do outro, e sentaram exaustos.
- Precisamos terminar a missão. - Isa falou os olhando.
- Vamos plantar aqui. - Noa pegou a semente e a plantou, porém, nada aconteceu, portanto, eles continuaram sentados, passou algumas horas e já estava anoitecendo, então, de repente, começou a chover, a água limpava o sangue que lá estava, e, sem mais nem menos, a terra começou a tremer, e começou a brotar plantas por todas as partes, eram as plantas da floresta de Selly, e com isso, nasceu uma imensa árvore, era idêntica a árvore de Selly, porém menor, ela era magnífica, eles puderam sentir o cheiro do perfume da floresta novamente, a vida tinha nascido novamente.
- Obrigado grande Selly! - Os três falaram juntos, olhando para grande árvore
- A missão foi concluída! - Isa falou exausta.
- Podemos ficar aqui esta noite. - Dhy falou pegando alimentos, eles também estavam famintos.
- Sim, vamos descansar, e, amanhã decidiremos, para onde iremos! - Noa respondeu. - Vamos ascender uma fogueira.
- Sim. - Isa só queria dormir. E com isso eles ascenderam à fogueira, se alimentaram e dormiram...










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⏰ Última atualização: Dec 27, 2019 ⏰

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