Eu pensei em segurar, continuar apertando
Vendo minha mão sangrar e o coração chorando
O forte sempre tenta lutar, mesmo estando errando
Pensa sempre em alcançar, mesmo nunca alcançando.Eu pensei em desistir, quando chorei
Mas enxerguei o lado bom, do mau eu me livrei
Fechei a minha viseira, eu me ceguei
Eu tentei muito nadar, mas no fim me afoguei.Até tentei te prender, quando lhe dominei
Até tentei me esquivar, mas no fundo apanhei
Lágrimas sempre à jorrar, de onde saíram eu não sei
No fim restou eu me livrar de algo que eu conquistei.A desistência faz parte da melodia
Mesmo não estando no movimento
Então pra quê tanta correria
Pra quê aceitar tanto sofrimento.Eu lutei como um leão, usei o meu rugido
Me prendi na tua prisão, teu amor acabou comigo
Caminhei pra ilusão, rumo ao precipício
Me enganei com aquela canção que no fim foi um castigo.Eu pensei em me matar, sem ter você por perto
Nas minhas lágrimas me afogar, morar no meu deserto
Eu continuei à sonhar, esperar o progresso
Sei que ainda vou chorar por esse romance incompleto.Até quis te sequestrar, lhe guardar no meu coração
Até tentei me rastejar, me levantar desse chão
Mas a fulga do deserto é como andar na contra mão
Somos perfeitos incompletos, um caso sem solução.A desistência faz parte da melodia
Mesmo não estando no movimento
Então pra quê tanta correria
Pra quê aceitar tanto sofrimento.Eu pensei que me livrei, quando lhe deixei ir
Mas no fundo me enganei, meu coração chorou por ti
Comigo mesmo me magoei sem lhe fazer sorrir
Por dois anos eu errei, mas só agora percebi.Eu sou muito antiquado, redundante no clichê
Comparado ao seu namorado garanto amar mais você
Não sou de anonimato, você sabe meu procedê
Eu sou apenas um favelado e você é só você.Até queria você de volta, mas sei que é impossível
De você o ódio transborda, me tornei teu inimigo
Mas sou o chiclete na tua sola, sigo sempre no teu caminho
Ainda vou bater na tua porta pedindo pra voltar contigo.A desistência faz parte da melodia
Mesmo não estando no movimento
Então pra quê tanta correria
Pra quê aceitar tanto sofrimento.
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Poesia Preta.
PoetryFalar de racismo é muito fácil, o difícil mesmo é sentir tudo isto na alma. Trago a poesia preta, porque estamos no século vinte e um, e eu ainda vejo pessoas com medo do preto, eu ainda vejo pessoas descriminando o preto, eu ainda vejo pessoas rind...