Dante e sua equipe já estavam do lado de fora, aguardando Denver e o outro soldado chegarem. Se moveu para dentro do carro para pegar o rádio e tentar de comunicar com algum outro soldado, mas o barulho de interferência afetava muito o aparelho, deixando o contato sem sucesso.
Dante: Vocês demoraram, o que houve ? Temos que ir logo para dentro da área principal, os médicos da área hospitalar sumiram, temos que saber o porquê.
Dizia enquanto observou os soldados se aproximarem, a equipe agora reunida, se moveram para o portão que dava acesso ao quartel principal. Aquele quartel era muito antigo, sendo separado por alas, sendo assim. Haviam dois prédios grandes, um sendo apenas hospitalar no caso de ferimento dos soldados e o outro o principal, o qual os soldados faziam suas atividades.
Caminharam até a porta que dava acesso ao quartel principal e entraram na frente, se dividindo um para cada cômodo, apenas sendo parado ao ouvir seu major falar.
Dante: Vamos todos nos separar agora, o lugar é grande e precisamos de informações rápido. Dara, você e eu vamos vasculhar o terceiro andar, alex e Julian o segundo e Denver o primeiro. Caso precisem de ajuda, é só nos chamar via rádio.
Todos concordaram e foram de movendo em passos lentos e cuidadosos, o ocorrido relatado por Dara e o soldado deixou a equipe em extremo alerta. Os quatro foram subindo as escadas, enquanto Denver continuava no primeiro andar e entrou em um dos corredores que dava acesso a todas as salas principais do quartel. Alex e Julian ficaram no segundo andar, prosseguindo juntos para não correrem riscos de serem atacados e uma visão mais ampla do perímetro. Dante junto a Dara continuaram até o terceiro, onde havia poucas salas, mas seria onde o maior número de membros ficavam, por conta do andar inteiro ser focado em pesquisas e variáveis.
Dante colocou a mão a frente de Dara para forçar o andar dela, apontando para a primeira porta que avistaram, sendo está uma que estava manchada com sangue e também havia mais no chão, se direcionando a um corredor a direita.
Dante: Eu vou na frente, me dê cobertura. Fique atenta.
Disse ele baixo, para não mostrar suas localizações e continuaram a andar lentos, focados em qualquer movimentação estranha que pudesse ocorrer. As botas entraram em contato com o sangue no chão por estar completamente manchado em todas as partes e a aflição de ambos só aumentava, por não saber o que estava ocorrendo. O silêncio foi quebrado com um barulho em uma das salas a frente, sendo está uma que a porta estava fechada, mas o barulho persistia, como se algo estivesse tentando se comunicar.
Dara: Cuidado, por favor.
Dizia ela baixo, com aparência de medo em seu rosto, a bochecha mostrando o relevo da mandíbula sendo pressionada pelo maxilar, mostrando sua preocupação e aflição diante de tudo aquilo. O que passou no galpão deixou todos seus sentidos extremamente aguçados.
Dante prosseguiu devagar no corredor até ficar na parte lateral da porta, onde as batidas fracas continuaram como se algo estivesse esbarrando, sem forças para conseguir sair. O fuzil foi colocado na altura do peito e caminhou até a frente da porta, dando a ordem para Dara abrir a porta e se fosse preciso, iria disparar contra o que estivesse dentro.
Dara abriu a porta e a movimentação da pessoa que saiu desgovernada de dentro da sala fez Dante se atrapalhar um pouco, acabando por cair no chão com o homem todo ensanguentado tentando morder seu rosto, sendo parado com uma das mãos de Dante em seu pescoço, mesmo assim a força do homem o fazia ser forçado a pegar a pistola que estava na lateral de sua cintura e disparar três tiros contra o peito do homem, mas parecendo que não fazia efeito algum, deixando sua reação mais espantosa ainda.
Dara: O que houve ? O que está acontecendo ?
Perguntava ela apontando o fuzil na direção dos dois, não conseguindo atirar por falta de mira, onde consequentemente mataria os dois se atirasse. Logo não pensou mais e pegou a faca que estava em sua bota, cravando na cabeça do homem enfurecido e louco, que acabou caindo por cima de Dante, o sujando todo de sangue.
Dante: Droga! Dei três tiros no peito dele e foi como se não tivesse acontecido nada.
Dara: Não faço ideia do que esteja acontecendo, mas precisamos saber logo.
Dante retirou o homem de cima e foi levantado com a ajuda de Dara, limpando o excesso de sangue em suas roupas e colocando sua pistola no lugar. Reparou que a facada na cabeça do homem o fez parar, então na próxima não erraria, afinal as balas não poderiam ser desperdiçadas. Decidiram parar as buscas no andar e voltar, mas se assustaram assim que foram ouvidos gritos e tiros no segundo andar, onde foram correndo para saber o que teria acontecido.
Enquanto os outros iriam observando os andares acima e embaixo, Alex e Julian prosseguiam com a busca de informações no segundo andar, mas foram surpreendidos com diversos barulhos em salas diferentes, mas como o segundo andar era possível ver através das divisórias de vidro, ambos nunca tinham visto nada parecido e não sabiam o que fazer, tentou chamar os outros via rádio, mas mesmo aquela pequena distância, a frequência só deixava um chiado infinito. Um olhou para o outro e decidiram prosseguir para ver se havia algum sobrevivente no andar.
Julian: Vou na frente, me cubra.
Alex concordou com a cabeça e ambos foram andando em passos lentos, evitando o contato com os vidros, mesmo os homens se esforçando ao máximo para tentar alcança-los sem sucesso. Até que atrás de ambos uma porta foi aberta sem que estivessem em seus planos, o que surgiu da mesma foi assustador e não conseguiram evitar de correr na direção oposta da escada, seguindo até o final do corredor. O cão corria com extrema velocidade, ensanguentado e babando sem parar estava quase os alcancando, até que Julian mirou com sua pistola e acertou o peito do animal, que com o recuo da arma, fez ele cair e tropeçar em si mesmo.
Alex: Mas que porra é essa ?
Perguntava ainda correndo, onde conseguiram observar o final do corredor, que dava uma volta completa no andar e voltava para as escadas, mas seriam surpreendidos novamente com o cão vindo ainda mais enfurecido, pulando nas costas de Julian, que caiu gritando pedindo ajuda para Alex, que observou tudo aquilo em choque, não sabendo o que fazer e deixou o medo falar mais alto, saindo correndo e deixando seu parceiro ser devorado brutalmente pelo animal, que mastigava seu rosto sem piedade.
Denver aguardou o grupo inteiro descer, no primeiro andar não havia encontrado nada e ficou esperando para obter noticias de um deles. O que ocorreu de fato foi diferente, ouviu Alex descer correndo as escadas até chegar no primeiro andar todo apressado, dizendo rapidamente.
Alex: Lá encima, não sei o que é aquilo, pegou o Julian e não deve demorar até vir nos pegar, vamos correr!
Dante e Dara chegaram em seguida após descer os lances de escadas e todos foram saindo do quartel, fechando a porta por conta do que Alex havia dito e não queriam arriscar perder mais ninguém. Correram até o carro e Dante foi no banco do motorista, seguido de Dara no passageiro e os outros dois soldados nos bancos de trás.
Dante: Vamos dar o fora daqui, o outro posto de exercito que existe a 10km daqui deve ter informações que nos ajudem a entender o que houve.
Ligou o carro e saiu do quartel as pressas, observando o retrovisor o barulho de uma das janelas quebrando, sendo a do segundo andar e dava para ver perfeitamente um homem caindo da mesma, será o soldado após ser transformado ? O médico que viu nas imagens se transformou naquela coisa rápido também. Sua visão foi focada na estrada que estranhamente não havia carros, mesmo não sendo uma das mais movimentadas.
Denver: Tente ligar o rádio normal, nas que passam noticias, certamente de que devem estar comentando sobre o ocorrido e se a cidade está a mesma coisa.
Dara: Ele está certo, aguarde um momento.
Disse isso e levou a mão direita até o rádio, apertando com o indicador o botão de ligar, aguardando transmissão do aparelho, que demorou alguns segundos até conseguir contato com as rádios. As primeiras coisas a ser ditas pelo locutor era que as pessoas fossem mantendo a calma e evacuassem suas casas o mais rápido possível e encontrassem os postos do exercito para se retirarem da cidade o quanto antes. Não especificaram o porque, deixando um vazio ainda maior na dúvida de Dante.
Dante: Mas que droga, em nenhum lugar vai explicar para nós que porra é essa ?
Dara: Mantenha a calma, vamos conseguir as informações em breve.
Bateu com uma das mãos no volante nervoso, mas se acalmou assim que a troca de rádio foi feita e localizada justamente na que sempre mostravam coisas interessantes como conspirações entre outras coisas. Os homens discutiam sobre um possível ataque químico na cidade, outros diziam ser algo mais intenso, mais assustador e com poder de destruição em massa. Estavam classificando eles como "Zumbis." Pessoas que mostravam um comportamento fora do normal, sendo essas alterações violentas, canibais e sem racionalidade alguma.
Dante: Zumbis então, é ? Outra coisa, reparei que tiros ou qualquer coisa que seja direcionado para ferir eles, tem que ser na cabeça. Parece que outros lugares não afetam essas criaturas.
Alex: Certo, por isso o cão que nos atacou não foi morto e pegou Julian em seguida.
Dante: Exatamente. Mas explique, o que houve realmente lá ? Porque não o ajudou ?
Alex: Eu tentei o ajudar, mas já era tarde demais...
Sua expressão de culpa foi exposta em sua face, onde os olhos não conseguiram se fixar nos de Dante através do retrovisor.
Dante: Espero que o tenha ajudado mesmo, porque não podemos tolerar perdas como essas novamente, já estamos em pequeno número, qualquer baixa pode nos afetar muito, ainda mais quando não sabemos o que nos aguarda daqui para frente.
Alex: Certo.
Dante prosseguiu dirigindo o veiculo pelas estradas, finalmente encontrando mais pessoas, porém o que encontrou não foi o que esperava. Para ter acesso a cidade, precisavam passar por uma ponte e a mesma estava completamente travada de carros, diversas pessoas caminhavam a pé para sair, enquanto eles estavam tentando entrar. Dante parou o carro, observando que não havia outra forma de passar na ponte se não fosse a pé, decidiu descer do mesmo, colocaram mais pentes de balas nas laterais das roupas e as armas empunhadas. Uma mulher de idade segurou forte o colete de Dante pedindo ajuda, dizendo que o fim dos tempos estava acontecendo e demônios vieram para atacar os humanos.
Dante: Se acalme senhora, está tudo bem. Continue seguindo em direção ao posto avançado, estará segura lá.
A mulher prosseguiu sua caminhada pela ponte em busca de proteção, e sua equipe continuou a caminhar pela ponte, evitando se esbarrar nas pessoas. Muitas correndo desesperadamente, enquanto outras ajudavam suas familias a continuarem andando.
Dante: Olhem aquilo...
Direcionou o indicador para a cidade, que estava em chamas, um helicóptero passou logo em seguida e rapidamente se aproximou da cidade, ficando encima de um prédio, mas para a surpresa de todos, o pouso apesar de não ocorrer corretamente, o piloto tentou subir novamente para não ser morto pelos zumbis que estavam no terraço do prédio. A tentativa foi falha, alguns entraram dentro e a aeronave caiu girando e atingiu o chão com extremo impacto, explodindo.
Denver: Major... Acho melhor darmos a volta... Não parece que tenha algo importante na cidade neste momento a não ser mortes.
Dante ficou refletindo e elevou seu braço direito, moveu seus dedos em direção ao carro. Concordou com o soldado e foram andando. Aquela altura, o que não esperavam era o impacto extremo que seria sentido momentos antes de entrarem novamente no carro. Caças do exercito sobrevoaram a ponte em direção a cidade e despejaram mísseis por todas as partes, explodindo em grande escada, enquanto outro fez o mesmo na via que dava acesso a ponta que serviria de rota de fuga para as pessoas, deixando as que ainda estavam na cidade, presas lá.
Dante: Eles estão deixando as pessoas presas lá dentro, o que o governo acha que está fazendo ? Mesmo que seja uma maneira de conter os zumbis, é desumano deixar pessoas para morrerem...
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The Zombies Arkham
Science FictionApós alguns dias de investigação sobre uma nova droga utilizada em humanos, dois militares receberam a ordem de identificar o que se passava no local e o que encontraram poderia ser a causa da destruição do mundo.