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Março, 2016

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Março, 2016

Abri os olhos.

E sabe quando você tem a sensação de, por um momento, não saber onde está ou até mesmo quem é? Um instante parece muito estando com essa sensação perdida, mas quase sempre ela dura pouco e logo a mente volta ao lugar.

Quase sempre.

Fechei os olhos.

Ah... eu só queria dormir, tipo, até não aguentar mais — o que é muito difícil acontecer — e acreditava piamente não estar pedindo muito.

Como de costume, era sempre a mesma ladainha para levantar da cama. No entanto, naquele dia em questão, eu choraminguei mais do que o normal ao acordar. E olha que eu gostava da escola.

Imagina se eu não gostasse?

Acontece que eu odiava acordar cedo, como a maioria das pessoas. E na noite anterior eu tinha ido dormir bem tarde assistindo série, para justo naquela manhã ter que acordar um pouco mais cedo...

Não queria me atrasar para o primeiro dia.

Ainda de olhos fechados, suspirei uma, duas, três vezes antes de pular da cama rapidamente, numa tentativa de não perder a coragem. Como se estivesse tirando um band-aid. E então, bocejando audivelmente me guiei ao banheiro, pronto para começar o dia carregado de um falso bom humor.

Porque eu duvidava, e ainda duvido, que alguém seja feliz pela manhã.

— Bom dia — cumprimentei sonolento, quase rabugento. Não era intencional, eu apenas não estava desperto o suficiente para o tal bom humor.

Felizmente o homem muito bem vestido, já sentado à mesa, me conhecia bem o suficiente para não levar para o lado pessoal.

— Bom dia, meu bem — respondeu esboçando um curto sorriso por detrás da xícara quando selei sua têmpora esquerda. — Acordou cedo, uh?

— Ah, é que preciso chegar bem cedo no colégio hoje. — Ajeitei meu uniforme e a gravata mal colocada de modo enroscado no meu pescoço, pendurando a mochila pela alça na cadeira.

— E será que isso é possível?

O olhei ofendido e ele riu.

— Não sei o que quer dizer com isso— fiz-me de desentendido, servindo para mim um pouco de arroz, mas não antes de morder uma torrada. O café da manhã em casa era um tanto diversificado. E eu adorava. — E, por um acaso, sou de me atrasar?

Meu querido senhor Park fez menção de dizer algo, mas logo se calou com uma risada contida.

Esperto de sua parte.

Tomamos o café em silêncio e em perfeita sintonia, acabando um seguido do outro. Rapidamente, juntei minhas coisas e entrei no carro e me sentei no banco do passageiro ao seu lado, colocando o cinto ao que sentia o mesmo se mover.

Te Vejo do Outro Lado | jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora