j u n m y e o n
Eu sabia que havia algo de estranho. Eu sentia isso, mas por outro lado, sentia também que não deveria estragar nossas férias com pensamentos infundados.
Férias. Se é que aquilo pode ser chamado de férias.05:28;
— MÃE, JÁ ESTAMOS SAINDO! — Sehun gritou, perto demais de mim, fazendo com que eu tampasse meus ouvidos.
— Por Deus, Sehun! — Resmunguei, empurrando seu ombro e saindo de perto do mais novo.
— Meus anjinhos! — Mamãe desceu as escadas com os braços abertos e toda sua teatralidade típica. — Vou morrer de saudade dos meu meninos! — Exclamou, soando quase como um cantarolar.
— Também vamos morrer de saudade, mamãe. — Falei, a reconfortando com um sorriso.
— Certo! É melhor vocês irem de uma vez, antes que eu mude de ideia e os mantenha em cárcere para sempre. — Falou com um sorriso tristonho.
— Nós vamos ficar bem. Não se preocupe! — Toquei seu ombro em um carinho gentil.
— É, mama, está tudo sob controle! Quando voltarmos você pode nos manter em cárcere até quando quiser. — Sehun falou, com aquela sua maneira estranha de confortar os outros.
— Obrigada, filho! — Mamãe falou, agora sorrindo de verdade. — Agora é sério, vazem daqui! — Falou apontando para a porta. — E se algo acontecer eu mato vocês.
— E se morrermos? — Sehun perguntou risonho.
— Eu dou um jeito, filho. Você sabe que eu dou! — Sorriu com divertimento, fazendo Sehun rir.
— Okay, então. Te amo, mãe! — Falei enquanto passava pela porta.
— Eu te amo mais, mama! — Sehun falou, me mostrando a língua e indo dar um beijo na mais velha.
— Eu sei, querido! — Falou risonha e eu revirei os olhos. — Mamãe ama vocês mais que tudo, se cuidem! Por favor. — Avisou, beijando a testa de Sehun e vindo até mim para fazer o mesmo.
Quando, finalmente, saímos de casa, entramos no trailer, arrumamos nossas mochilas e fomos no acomodar. Sehun sentou no banco passageiro, enquanto eu me preparava para uma longa e cansativa viagem como o motorista.
— Certo! Qual a primeira parada, copiloto Sehun? — Perguntei ao que botava meu sinto e sinalizava para que ele fizesse o mesmo.
— Para o covil dos Wu! — Falou sombriamente, porém, rindo em seguida.
Segui o curto caminho até a casa do Wu, me atentando aos sinais vermelhos e fazendo questão de avança-los.
— Jesus-meu-Deus! — Sehun exclamou ao meu lado, com uma mão segurando com força o sinto de segurança e a outra no porta luvas.
Estacionei o carro em um lugar vago, logo em frente à casa branca com detalhes azul claro e um lindo jardim.
— Kris! — Sehun chamou pelo maior, que nem ao menos havia saído de casa. — Ele é que vai dirigir! Eu não entro mais neste carro se você for o motorista. — Ditou, abrindo a porta e descendo do trailer.
— Para de drama, Hun! — Revirei os olhos.
Ouvi um som estrondoso vindo de dentro da casa e logo após a porta sendo aberta por um Yifan raivoso. As roupas pretas e exageradamente rasgadas contrastavam com o ar delicado da casa.
— WU YIFAN! — Ouvi Baekhyun gritar, provavelmente do segundo andar.
— SE VIRA, BAEKHYUN! SE VIRA! — Yifan gritou, bufando e vindo em nossa direção.
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a colheita
Mystery / ThrillerO desaparecimento de doze jovens, de idades entre 18 e 24 anos, chocou toda Seoul nos últimos dias. ::entenda o caso::