O mundo não parava de girar e o suor percorria por todo o seu corpo. Os sentimentos da menina desprezada estavam afloridos, e havia uma forte ventania em toda a cidade.
O céu estava nublado, a chuva caindo e o temor de que algo estava errado pairava em seus pensamentos. Era algo que não conseguia entender.
O tempo era muito cruel com meninas que eram discriminadas feito ela. Sua voz era reprimida, seus propósitos de vida não iam de encontro com as demais pessoas que a cercavam, era quase difícil ter que expor suas atitudes.
Já havia anoitecido, e no caminho de volta para a casa ouviu mais uma vez uma voz estranha, que dizia -Ouça-me perdedora!-exclamou a voz impaciente.
Ela continuou andando, apressou -se e derrepente o seu corpo parou sem que ela pudesse ter controle. Um fogo enorme surgiu em sua frente, e de lá surgiam gritos em diversas línguas que ela não entendia.
Pediam socorro, e imagens de vários rostos sofridos, que choravam e também deformados, com uma espécie de marcas que eram assustadoras. Era como se fosse algo sobrenatural.
Em um dado momento ela fora transportada para um outro lugar. Era uma estrada de ferro onde passava o trem. Estava escuro, e ela perdida, completamente assustada.
Caminhou pela linha do trem, quando derrepente viu um local abandonado, com janelas velhas e quebradas. Era escuro e não havia iluminação. Escutava em forma de eco um choro incessante de um bebê recém nascido.
Ela foi até o local e o bebê estava abandonado. Era horripilante estar sozinha e perdida, sem ideia alguma de como voltar para a sua casa.
Entrando numa sala velha e abandonada, viu o bebê flutuar em sua direção. Os ossos de sua cabeça começaram a a instalar, causando calafrios na menina.
O crânio se abria aos poucos, o sangue começava a escorrer. A criança se debatia como se tivesse entrando em uma convulsão.
Aquilo era estranho. A menina gritava com muito medo. Era como se ela tivesse causando tudo aquilo. De alguma forma ela fora parar ali, mas não era para estar naquele local.
Essas coisas não eram para acontecer. Suas forças estavam se perdendo. O bebê começava a inflar, e tornava-se ameaçador feito uma criatura vinda de outra dimensão.
Aquilo estava ficando insuportável. Ela saiu do local e fugiu correndo pela linha do trem. Tratava -se de um ambiente escuro. Na estrada de ferro haviam esqueletos humanos espalhados e vozes de sofrimento pedindo por ajuda.
Essa era una experiência muito ruim. A insegurança, a claustrofobia e a falta de ar lhe causavam pânico, sem saber como agir.
Existem pesadelos que não fazem sentido, mas não havia consciência ali de que tratava -se de um sonho. De certo modo havia consciência e isso confundia a menina.
Ao menos sabia que era uma experiência ruim. Havia sido teleteansportada para uma outra dimensão? Mas qual seria o motivo de todo esse processo?
Esses conceitos eram confusos. Sua alma estava viajando como dizem os espíritas. Sua mãe era protestante, e talvez pensasse que sua filha tivesse possuída.
Essas coisas eram erradas, o medo era constante. Era uma jovem com vontade de desvendar os mistérios de sua vida. Não era coincidência tudo aquilo.
De súbito ela viu -se novamente na cidade, e agora tranquila, mas já era dia. Havia ficado a madrugada inteira ali, em trans, e de forma misteriosa.
Foi caminhando de volta para a casa, confusa e fatigada. Suas energias haviam-se consumidas e precisava descansar. Estava ali mais um mistério a ser explicado.
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A MENINA ALÉM DO HORIZONTE
Novela JuvenilEssa é uma história de reflexão que fará você pensar nos seus ideais de vida, na forma como vê o mundo, sua capacidade de interagir com o psicológico através de um mundo de fantasias.