Capítulo 6

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Nell Dornan

Acordei e vi que estava deitada em algo.

Não, por favor, que não seja, outra vez no hospital!

- Nell? - alguém me chama.

Ainda com a visão ainda meia turva, consigo ver a pessoa parada ao meu lado.

- Onde estou? - pergunto preocupada.

- Está na enfermaria do colégio. Está tudo bem. Voce desmaiou e as ordens que temos é te trazer para aqui.

A diretora explica e eu fico mais tranqüila.

- Sua mãe não pôde vir, mas seu pai está aqui, não tarda.

- Eu me sinto melhor. Posso voltar para as aulas? - peço sentando.

- Não quer esperar pelo seu pai?

- Não. Posso voltar?

- Pode. Eu te levo até lá.

Ela me acompanha até à sala. Ao entrar, logo os burburinhos começam.

- O chão é mais confortável que andar?

- Você gosta é de chamar à atenção.

- Sim, concordo!

- Uma baleia como você, claro que prefere rebolar do que andar.

Sigo de cabeça baixa até ao lugar. Tiro os materiais necessários e coloco a cabeça entre as braços e fecho os olhos.

- Nell, querida. A aula já acabou. - acordo com a voz da minha professora.

Levanto a cabeça e olho para ela. Ela dá um sorriso.

- Você se sente melhor? - confirmo.

- Me desculpe. Acho que adormeci.

- Não tem mal. Depois eu explico a matéria, quando você estiver melhor.

Guardo as minhas coisas dentro da mochila e antes de sair, abraço a minha professora.

- Obrigada.

- De nada, querida. Se você precisar, pode contar comigo.

Agradeço mais uma vez e saio da sala, indo para o portão da escola afim de apanhar o ônibus e ir para casa.

A professora Maria é das melhor professoras que tenho. Ela ajuda as pessoas o máximo que pode. Preocupa-se mais com os outros do que com ela, mas ela é assim.

Quando chego a casa, ela está vazia como sempre. Pego no telefone de casa e disco um número que eu já sei de cor.

Ligação on

- Ei princesa! - a voz do meu avô, faz com que eu sorria.

- Ei vovô. Quando você volta?

- Que se passa, Nell?

Meu avô me conhece melhor que ninguém e sabe quando eu estou mal.

- Nada. eatou com saudades do senhor.

- Eu te conheço,as se não quiser dizer, eu vou respeitar.

- Obrigada...

- Eu estaria só no final da semana, amor.

- Não consegue vir mais cedo?

- Não. Eu tentei adiantar ao máximo as reuniões, mas este italianos são muito complicados e só querem duas reuniões por dia.

- Eu queria comer sorvete. - vovô ri.

- Você pode ir com os seus pais.

- Não! Eu quero ir SÓ com o senhor.

- Nell, vai ser bom você ir com papai e mamãe.

- Não. Eu quero ir com você.

- Tudo bem, eu não vou insistir em você ir com eles.

- Obrigada.

- Bem, eu tenho que ir. Se precisar de falar, eu estarei aqui, princesa.

- Ok, vovô. Tchau.

- Tchau. Se cuida. E Nell?

- Oi.

- Te amo!

Ligação off

- Também te amo. - digo, quando encerro a ligação.

Merda! Porque é que eu não sou capaz de dizer à pessoa mais importante para mim, que eu a amo?

Nunca disse a ninguém que a amava. Nem quando brinco com as bonecas, elas não falam essa palavra.

Eu sei o que e amar, mas não sei o que é ser amada. Não preciso de nenhum curso para saber amar, mas é preciso ser amada para se ter a certeza que se ama de verdade uma pessoa.

Coloco o telefone no gatilho e vou para o meu quarto desenhar.

Amo desenhar desde sempre. Nunca ninguém viu os meus desenhos, pois eu os guardo debaixo do colchão da cama.

Acho que puxei esse gosto de mamãe, já que ele é arquiteta.

No futuro também quero ser arquiteta. Quero abrir o meu próprio espaço. Fazer a planta de várias lojas, restaurantes, prédios e por aí fora...

Quando acabo de desenhar o desenho que comecei na sala, pego na minha roupa e vou tomar banho. Depois do banho, deito-me na cama e acabo por adormecer.

♡♡♡

Fiz o meu melhor.
Beijos. ❤

 ❤

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Do Ódio ao Amor (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora