Você não vê?

Oie... é um surto... acho que a capa deixou claro kkkjota....

Enjoy <333

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– MAS HYUNG! – tentou dizer entre lágrimas e soluços.

3:55 da manhã de uma quarta-feira. Os demais membros estavam dormindo após uma ida despretensiosa ao bar. Apenas dois se mantiveram na sala, um completamente alcoolizado e o outro completamente perplexo.

– Mas o quê?! – Minho, sentado no sofá, não conseguia acompanhar o descontrole do rapaz bêbado e desmoronado diante de si.

– Como você não vê?! – Passou a manga da blusa sobre o nariz para recolher a coriza ali esparramada. Céus, Lee já havia perdido a conta de quantas vezes o menor repetira a ação.

– Jisung, não vejo o quê?! Eu juro que não tô entendendo. – tentou se comunicar, acompanhando com o olhar o caminho da manga imunda de volta para o lado do corpo trêmulo e em pé diante de si.

Definitivamente colocaria tal peça na próxima pilha de roupas para lavar.

– COMO NÃO?! – Se exasperou, batendo um pé contra o chão no processo.

– Você só ficou bravo comigo do nada e começou a chorar no bar! – explicou até aonde sabia da história. – Eu não sei o que aconteceu e eu não leio mentes, poxa! – Nervoso, passou uma mão pelos cabelos.

– Eu não acredito que você não vê, hyung!

A forma na qual o caçula levou ambas as palmas ao rosto e os ombrinhos começaram a tremer indicavam que seu choro havia aumentando em ao menos dois degraus na escala do drama mexicano.

– O que eu não vejo, Sung? – perguntou delicadamente não querendo piorar a reação do pequeno tornado em sua frente. – Ei, me diz. O que eu não vejo? – insistiu quando o outro o ignorou, ocupado demais com o próprio sofrimento desenfreado.

– NÓS! – grunhiu, repentinamente usando o indicador para apontar de um ao outro diversas vezes.

– Nós? – Arqueou ambas as sobrancelhas não compreendendo a explicação monossilábica.

– N-nós! – repetiu. O bico em seus lábios triplicou de tamanho antes de completar o raciocínio entre mais e mais soluços. – Nós somos perfeitos um para o outro. – Quase cochichou. – Mas você não quer ver! – E então voltou a chorar audivelmente, tampando a face novamente no processo.

– Quê?! – Minho o encarou atônito. A conversa tomava um rumo definitivamente inesperado.

– Nós dois... – continuou a explicação ainda que abafada pelas palmas. – ...somos bonitos e legais. – murmurou. – E nós dois gostamos de gatos! – Abaixou as mãos para olhá-lo seriamente, como se sua lógica fosse imbatível.

– Jisung... o que?! – repetiu a pergunta ainda incapaz de acompanhar a tão peculiar raciocínio.

– E eu não como azeitona, mas você come! Eu vi numa série que isso quer dizer tudo! – Se explicou ainda deixando as lágrimas escorrerem livremente pelas bochechas gordinhas.

– Ok... – murmurou apenas para incentivá-lo a continuar sua tão emotiva... declaração?

– MAS! – Mais uma vez o menor se exaltava levantando o indicador em direção a um Lee com olhos arregalados pelo quase grito repentino. – Mas hoje você tava com o Changbin-hyung! – O disse acusativo, como se houvesse cometido um crime.