A Garota Que Eu Sempre Quis.

Neverland.

Um mês depois...
Por Michael:

Faz um mês que conheci Kim. Sempre que possível, nós saímos juntos, sempre nos divertimos, eu adoro isso. Meu sorriso é constante. Claro que sempre somos perseguidos pelos paparazzis e logo nos primeiros encontros, a mídia começou a dizer que Kim e eu estávamos ficando. Agora que se passou um mês de encontros, estão dizendo que estamos namorando.
Sinceramente? Isso não está me incomodando. Eu quero muito pedi-la em namoro, mas eu já sofri tanto nos meus outros relacionamentos que tenho medo de agir precipitadamente.
Enfim.
Convidei Kim para jantar aqui em casa e estou muito ansioso e nervoso. Sinto meu estômago revirar de nervosismo e meu coração acelerar.
Logo ela chegará, Jeffrey foi buscá-la. Esfrego minhas mãos uma a outra e ando de um lado para o outro.
- Menino? - ouvi dona Remy me chamar. "Menino" é um apelido carinhoso que ela me deu.
- Sim?
- Está nervoso?
- Muito!
- Por quê?
- Eu não sei. Nunca me senti assim antes. Meu estômago está revirando de tanto nervosismo e meu coração bate mais rápido do que deveria.
- Acho que já sei o que é isso.
- E o que é?
- Amor. - calei-me ao ouvir isso. - Você está apaixonado por Kim, não está?
- É, acho que sim.
- Por que não a pede em namoro?
- Por medo. Medo de sofrer de novo.
- Entendo, mas não acho que ela te fará sofrer. Acredito que ela te ama tanto quanto você a ama. O mesmo tipo de amor.
- Será?
- Uhum. - sorriu. - Entregue-se a esse sentimento, menino. Você merece ser feliz.
- Obrigado. - respondi sorrindo.
A campainha toca. As mesmas sensações tornam-se mais fortes. Respiro fundo e vou até porta. Abro-a e vejo Ki... Uau! Observo-a, completamente hipnotizado. Ela está vestindo uma blusa branca de renda e uma longa saia preta cintura alta e está calçando uma sandália bege. Ela fica divina tanto com roupas chiques quanto com as roupas mais simples.
- Michael? - ouvi ela dizer e estalou os dedos em frente aos meus olhos, tirando-me do transe.
- Ah, oi.
- Oi. - respondeu, rindo. - Posso entrar?
- Ah, claro, por favor. Desculpa. - falei, abrindo a porta e rindo.
- Você está bem?
- Estou, é que você está linda demais.
- Ah, obrigada. Você também.
- Obrigado. Enfim... Vamos jantar? Acho que já está pronto.
- Vamos, estou faminta.
Andamos rumo à sala de jantar. A mesa já estava arrumada. Velas e flores (gardênias e girassóis) enfeitam a mesma.
Puxo a cadeira para Kim se sentar e em seguida sento ao seu lado. Logo um funcionário aparece e nos serve o jantar.
- Então, como foi seu dia? - perguntei, para quebrar o silêncio.
- Foi bom, normal. Não teve nada demais. E o seu?
- Também. Hã... - dei uma pequena pausa para pensar numa pergunta. - O que você gosta de fazer no seu tempo livre?
- Além de ouvir suas músicas e assistir seus filmes e shows? - abaixo o olhar. - Desculpa, não aguentei ficar sem falar sobre você. É que eu realmente gosto de fazer isso no meu tempo livre.
- Entendo. Mas sim, além disso. O que você gosta de fazer?
- Hum... Cantar.
- Ah, é! Você canta bem, sabia?
- Ah, que isso. Minha voz é horrível.
- Discordo. Canta uma música pra mim?
- Você ouviu a parte que eu disse que minha voz é horrível?
- Ouvi, mas discordo. Canta? Por favor.
Ela se calou por uns minutinhos, até que aceitou cantar.
- Once I had a secret love, that lived within the heart of me. All too soon my secret love, became impatient to be free. - começou a cantar e eu logo reconheci a música.
Secret Love, de Frank Sinatra.
Em resposta, eu cantei You've Made Me So Very Happy, de Gloria Estefan.
Fixamos nossos olhares e aproximamos nossos rostos. Tocamos nossos lábios lentamente, dando início a um beijo lento e cheio de paixão. Após separar nossos lábios, sorrimos.
Decidimos então caminhar por Neverland e assim fizemos.
Agora já são 23h e voltamos para a mansão.
- Eu tenho que ir.
- Fica, por favor. Dorme aqui. - pedi.
- Mas eu não trouxe roupa. Esta que estou vestindo não é confortável para dormir. Além disso, não quero incomodar.
- Mas você não incomoda, muito pelo contrário. E as roupas não são um problema, você pode vestir uma camisa minha. Elas são grandes, vão parecer um vestido em você. Fica, por favor? - insisti.
- Está bem, eu fico. - eu sorrio e ela retribui.
Fomos ao meu quarto, abri meu closet e Kim escolheu uma camisa vermelha.
- Pode se trocar no meu banheiro.
- No seu banheiro?
- É.
- Hum...
Ela vai ao banheiro e sai de lá vestindo a camisa, que ficou acima de suas coxas.
- Acho que essa camisa está curta demais.
- Não está, não. Posso te pedir uma coisa?
- Depende.
- Dorme comigo? Não tenho segundas intenções, mas é que eu gostaria muito de dormir com uma mulher ao meu lado. Para mim, dormir sozinho é muito solitário.
- Tudo bem, eu durmo contigo. Vamos. - ela sorri.
Amo esse sorriso.
Deitamos na cama e Kim se deita sobre meu peito. Isso meu surpreendeu, mas eu gostei. Envolvi-a em um abraço e dei-lhe um beijo na testa. Ela retribuiu me dando um beijo na bochecha.
- Boa noite, Kim.
- Boa noite, Mike.
E adormecemos.