No dia seguinte James estava um caco.
Não dormira a noite, se mantendo acordado o tempo todo. Mesmo com o apoio de seu amigos, o mesmo continuava a pensar no que iria fazer agora - quer dizer, era Snape! Era praticamente impossível pensar em qualquer perspectiva de vida sabendo que iria se casar com ele. Provavelmente James seria obrigado a viver atrás dele como um cachorrinho, a cabeça abaixada, aceitando tudo o que ele dissesse sem questionar, sendo um Ômega sem vontade própria, só servindo como um brinquedinho qualquer para ele.
Oh, céus! E se Snape quisesse se vingar de tudo o que James já fizera com ele?!? Com certeza ele estava perdido, não conseguiria sobreviver se tivesse que se submeter a ele. Não, com certeza, não iria aguentar.
Na manhã seguinte tentara evitar Simon o máximo possível. Como iria contar a seu companheiro amoroso que teria de se casar com Snape? Ele com certeza não iria aceitar. Simon era paciente, carinhoso e tudo, mas ninguém iria reagir bem se soubesse que seu companheiro tem de se casar com outro.
— Snape também parece estar mal. — comentou Remus no café da manhã, observando a mesa da Sonserina. James o olhou por um segundo, vendo como Régulos Black estava grudado com Snape, os dois com olheiras, mal comendo, fazendo exatamente nada a não ser sentados juntos.
Um gosto amargo se instalou na boca do Potter. Quer dizer, ele teria de criar um filho do Sonserino, mas Snape sequer estaria ali para poder acompanhar a infância do filho, visto que morreria quando James não precisasse mais dele.
Era uma perspectiva de vida miserável.
As aulas passaram como um borrão. Por sorte tinha seus amigos, que o ajudavam a se esconder quando Simon vinha perguntar por ele. Como os bons amigos que eram, eles diziam que James estava passando mal, o que não era mentira. O Potter suava, seu coração estava disparado, sua boca seca e ele tremia. Depois do almoço ele teve que ser levado por Sirius para o dormitório na Torre da Grifinória por simplesmente não conseguir mais se manter em pé.
O tão temido horário de ir para a sala do diretor chegou. Os quatro amigos saíram pelo retrato da Mulher Gorda, inesperadamente dando de cara com Snape, Malfoy, Riddle e Zabini do lado de fora, esperando (Snape sem a marca nem as tatuagens em sua pele). Nenhum deles disse nada, apenas seguiram juntos pelos corredores escuros, iluminados pela luz da lua nova.
Ao chegarem na estátua de gárgula que guardava a entrada para a sala de Dumbledore, esperaram pacientemente que ela fosse aberta, nenhum deles se olhando.
— Com certeza você também deve estar fugindo. — Zabini olhou para James, que arqueou a sobrancelha. — Simon. Ele e Aisha são igualzinhos, acredito. Sempre se metendo quando apenas queremos ficar sozinhos.
James deu um mínimo sorrisinho. Simon realmente era um intrometido, mas o Potter também o era e isso somente os unia mais. Snape pigarreou.
— Ele pode até ser intrometido, mas nunca vai superar Régulus. — Snape deu um sorrisinho. Sirius deu um risinho e concordou.
— Realmente, Régulus é um intrometido de primeira. E grudento. — adicionou Black.
— Ele só gosta de carinho. — Lucius replicou. — Eu imagino que você saiba que ele gosta muito de atenção.
— Ah, eu sei... — Sirius sorriu com saudade por um momento, provavelmente perdido em suas memórias.
A gárgula se moveu, então o grupo de oito pessoas pode subir as escadas espiraladas e entrar pela porta de madeira escura daquela sala.
James - que tivera seu nervosismo momentaneamente esquecido - começou a tremer de novo. Remus segurou uma de suas mãos enquanto Peter segurava a outra, com Sirius fazendo massagem nos seus ombros. James olhou para Snape, ficando muito surpreso ao ver o quão relaxado ele estava.
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A Rosa Dourada - Snames
FantasyTodos olharam para James. Era certo que seu pai fazia parte dos Sete Sagrados (os sete reis que governavam o mundo bruxo) e que seu pai era o rei dos Le Fay, logo, James seria seu Herdeiro... Mas, o que tudo isso significava? - Isso significa, Potte...