Erick...
Na tarde de ontem.- Desculpe! Mas... Não vai dar. - Afasto meu corpo de Tais, parando antes mesmo de começar qualquer coisa e me sento na cama apoiando os meus pés no chão, enquanto ela continua deitada.
- Desculpe pelo quê? Se você ainda nem fez nada. - Tais me indaga.
- Não estou no clima. - Falo, me levantando e recolhendo as roupas do chão.
-É por causa que estou com outro perfume não é? Eu não deveria ter mudado.
-Não é nada disso, claro que não, eu disse que gostei do perfume, não te disse? Eu só não estou em um dia bom, sei- lá com toda essa bagunça que virou nossas vidas. -Eu tento fazer com que ela entenda.
-Espera... você broxou? -Ela me encara com a sombracelha arqueada.
-Não.... e você sabe muito bem disso Tais. -Digo irritado terminando de me vestir.
-Me Desculpe meu querido. -Ela se desculpa, ainda nua na cama.
Eu não sinto aquela paixão de antes por Tais, desde o dia que ela matou a própria mãe e escondeu o corpo dela, eu sei que não me tornei nem um anjo ou santo, mas sei-la, algo se apagou, e atualmente ela está tão chata, prepotente e tão possessiva que chega a me sufocar, que chega a me assustar, mas não quero abandona-la, gosto dela como alguém que eu tenho e quero cuidar e proteger, ela precisa de mim, ruim comigo, pior sem mim.
- Posso ao menos durmir aqui com você? Não quero dormir sozinha naquele quarto. -Tais me pede.
-É...eu acho que...
-Por favor, amanhã antes do dia clarear eu volto pro meu quarto e ninguem nem vai ficar sabendo que estive aqui. -Ela implora.
-Ok, fica então. -Eu permito que ela fique, retorno para cama e ela se cobre com o cobertor.
Eu me deito de frente para o teto e Tais chega mais próxima do meu corpo se acochegando em meu peito e acabamos pegando no sono.
No outro dia...
Eu desperto com os olhos ainda meio fechados, e sonolento olho para o lado e me deparo com...
- Milena...O que está fazendo aqui? -Me assusto ao vê-la nua em minha cama.
-Erick... Tais abre a porta e grita por meu nome batendo a porta tão forte que achei que as paredes que a segurava iria desabar com a batida me fazendo encara-la sem reação.
-Tais? Mas você... eu não entendo.
-Não se faça de louco Erick, você passou a noite com essa prostituta.
-Não, sim, quer dizer não, eu achei que fosse você, na verdade era você.
-Ah! Claro, acho que virei sonâbula e vim aqui me divertir um pouco... eu vou matar essa vagabunda. -Tais diz quase pulando em cima de Milena.
-Não, se acalma, não faz issso. -Digo segundo-a a tempo... -Milena... se veste agora e sai daqui vai, sai do meu quarto. -Digo ainda segurando Tais , enquanto a Milena se trocava rapido e se retirava do local.
-Olha pra mim, não rolou nada está me ouvindo?-Digo a virando para mim e olhando nos olhos delas.
-Mas você e aquela meretriz de uma figa estavam na cama.
-Olha eu não sei como eu posso explicar, mas ontem a tarde você venho no meu quarto e foi tirando a roupa e quase transamos, mas eu teoricamente te dispensei, não estava no clima.
-Por que? Broxou?
-Outra... Olha ouvir isso uma vez ja é ruim, agora ouvi duas vezes teoricamente achando que é a mesma pessoa já é demais.
-ok, ok, foi mal amor, mas depois que entrei no meu quarto eu dormi e acordei agora, não tem como ter sido eu.
-Acho que doparam a gente. - Falo suspeitando.
-O suco? Falamos ao mesmo tempo.
-Sim Milena me trouxe um suco ontem antes de "você que não era voce" entrar no meu quarto.
-Um cara ruivo me levou algo para eu comer e um copo de suco, depois disso eu realmente fiquei bem sonolenta... que desgraçados.
-Está explicado... batizaram nossos sucos para te fazer dormir e para mim: Enchegar Milena como se fosse você. -Digo.
-Então vocês não...
-Não Tais, quantas vezes vou ter que te dizer.
-Tem certeza que não broxou? É que se teoricamente você pensou que ela era eu, e não broxou, então significa que não sente mais atração por mim? Você nunca disse que me ama amor.
-Eu gosto muito de você, mas sabe que não acredito nessa baboseira de amor, isso é a mais pura hipocrisia, pessoas que dizem que tem amam hoje, amanhã te apunhalam pelas costas, se fosse assim pais não matavam os próprios filhos e nem filhos matavam seus próprios pais e... não haveria traições entre casais.
-Parece que não estamos mais falando da gente estamos, Erick? Você está se referindo ao que o seu pai fez com sua mãe nao é? Está se referindo, ao que ele fez ao seu coração. - Tais diz se aproximando com a sua mão sobre o meu coração.
-Eu vou tomar café, estou cheio de fome... você vem? -Digo me desviando do seu toque e indo em direção a porta.
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O edifício
Mystery / ThrillerLira Symons e seu irmão Lorenzo são filhos de pais extremamente ricos, mas como dinheiro não traz felicidade, nem tudo é mar de rosas nessa família, e quando eles crescem não fica muito diferente de quando eram crianças. Um acidente faz com que su...