Não preciso que me precisem o tempo todo. Não quero um altar nem adorações e vigílias. Nem que percas tempo dizendo coisas triviais que seu coração não sente. Não quero que me escrevas odes, poemas, canções. Nem que coloques no rádio várias vezes ao dia aquela canção que te faz lembrar de mim. A essa altura você me pergunta: "Garota, você ao menos sabe o que quer ?". Não sei se o que quero tem algum nome, mas não está ligado a demonstrações exageradas de afeto. A cumplicidade mora no silêncio, no não dito. Na sua procura por mim quando precisar de um abraço ao final do dia. Pra mim isso basta, significa. Não quero um troféu pra enfeitar a minha estante, eu quero alguém que queime e que entenda que não precisa de mim pra isso, mas que saiba que juntos podemos fazer uma chama muito maior e colocar fogo no mundo.