Volume 1 | Capítulo 3.1 - Doença sem face

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Uma lembrança de muito tempo atrás.

Foi aproximadamente na época que eu comecei o ensino fundamental.

"Pai, por que você não casou com só uma garota?"

Naquela época eu havia aprendido que monogamia era senso comum em quase todos os países. Assim como no nosso. Ou seja, isso significava que o meio em que eu cresci ser estranho foi confirmado a nível nacional.

"Filho. Você provavelmente não vai entender, mas existem mulheres boas pelo mundo afora, mesmo que raras. E ainda mais raros são os homens bons. Se uma mulher boa e um homem bom se encontrarem, é inevitável que eles farão sexo."

Declarou meu pai sem qualquer pudor.

Como ele sempre fazia.

"Oh? Então no seu caso pai, você conseguiu encontrar 5 dessas raras 'mulheres boas'?"

"Isso é porque eu fiz muitas coisas boas em minha vida passada."

"Talvez eu deva tentar acreditar em Alá dá próxima vez."

Naqueles tempos, eu costumava ir à igreja toda semana e rezava constantemente para que um raio caísse na cabeça do meu pai. Eu não tenho certeza do porquê, mas ele continuava bem. Talvez Deus tivesse saído numa viagem de negócios internacional. Ou talvez ele não achasse que as súplicas de uma criança de 8 anos fossem importantes. Portanto, eu decidi não me envolver na 'indústria de negócios de Deus'.

Você faz, você paga.

Eu realmente tinha motivos para ter me tornado um ateu.

"Meu filho sagaz. Não se esqueça de minhas palavras."

"Embora eu ache que 80% do motivo da minha personalidade ter acabado tão podre assim seja você pai. O que você quer me dizer mesmo?"

"Se você tiver sorte você vai encontrar mulheres boas. Você vai saber que elas são boas só de olhar para elas. Não importa o que você fizer. Nunca. Nunca deixe elas irem embora."

"Pai, você não poderia ao menos ter usado o termo no singular ao invés do plural? Graças a isso, tudo o que eu ouvi foi uma frase de merda."

"Merda, huh... bem. Filho. Esteja previamente preparado. Não importa o que você escolha, você vai viver uma vida mais difícil que a minha."

"Por que eu iria? Minha personalidade já é muito mais madura que a sua, pai."

"Porque você é mais competente do que eu."

Ele levantou os cantos da boca.

"Pessoas muito competentes não vão simplesmente casar com qualquer um. Invariavelmente, eles vão procurar por um companheiro que os entenda. A única pessoa capaz de entender um homem competente é uma mulher igualmente competente. E então o que vai acontecer?"

Meu pai levantou o dedo indicador.

"Já que duas pessoas competentes estão juntas, eles vão muito provavelmente conquistar grandes feitos. E como você é tão competente, assim que atingir uma alta posição, encontrará outra mulher como você. Vocês vão conseguir se entender, e logo serão 3 pessoas unidas."

Ele levantou o dedo do meio.

"Agora que são 3 você vai atingir um patamar ainda maior. Uma vez no topo você vai olhar em volta e achará outra mulher competente. Agora são 4. E antes que você perceba, já terá aumentado para 5."

E finalmente ele levantou o dedo anelar e o mínimo.

"...Em toda minha vida, eu nunca escutei uma idiotice tão imbecil quanto esta. Eu pensava que era impossível ocorrer gravidez entre um cachorro e um humano, mas quando eu olho para você pai, eu me preocupo que eu tenha superado a barreira do impossível e graças a um milagre eu tenha nascido."

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