Volume 1 | Capítulo 5.4 - O circo mais extravagante

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Eu falei calmamente.

"Vossa Alteza Paimon. Há algo que eu desejo te dizer antes que continuemos."

"Diga."

"Eu não tenho nenhum tipo de emoção para contigo, Vossa Alteza Paimon."

Paimon franziu as sobrancelhas

"O que isso quer dizer?"

"Mesmo que Vossa Alteza critique o incidente com Andromalius, eu lhe entendo. No fim, eu não guardarei rancor."

Apesar de tudo, ela ainda era uma pessoa culta e sensata.

Além disso, ela estava equipada com um esplêndido par de peitos. Eu adoro o universo, reverencio as leis da natureza e admiro belos seios. Paimon, ainda não é tarde demais para recuar.

Eu dei um sorriso gentil.

"Agora mesmo nós poderíamos brindar e nos reconciliarmos."

Desça agora deste palanque.

Se você não quiser ser dilacerada e esfolada pelas minhas presas, esta é a sua última chance.

Entretanto.

"Esta dama requereu uma assembleia para poder distinguir o que é certo do que é errado. Eu não vim aqui para beber vinho contigo."

Em resposta a meu conselho, Paimon mostrou claramente uma expressão de desgosto. Como se ela estivesse incomodada com o fato de que um mero rank 71 sequer tivesse mencionado tal possibilidade.

Eu assenti várias vezes para demonstrar que tinha entendido.

Às vezes, eu tinha suspeitas de que eu estava falando em uma língua alienígena. Ou seja, que eu tinha um sistema linguístico completamente diferente de todas as outras pessoas. Eu não sabia o porquê, mas nós conseguíamos entender um ao outro, mas isso era só um golpe de sorte de proporções astronômicas e na verdade nós estávamos falando duas línguas completamente diferentes. Por exemplo, se eu dissesse a eles uma frase significando, 'se você não quiser ver sangue, recue agora mesmo', na língua deles, eles entenderiam algo como ' por favor, soque a minha cara. '

Eu pensava que esta teoria era bem plausível.

Durante toda a minha vida eu dei avisos como estes, centenas de vezes, mas como é possível explicar que nem uma única pessoa respeitou o meu aviso? Havia uma razão justificável para eu ter me tornado um recluso social.

Eu era a forma de vida inteligente nascida de um milagre harmonioso preestabelecido e de chances astronomicamente baixas.

'Não fale besteiras, irmãozão. '

'O mano não passa de um covarde de quinta categoria. '

É claro, havia pessoas que traziam à tona suas próprias hipóteses.

Como um velho professor de uma universidade que havia feito uso de sua autoridade para suprimir uma teoria original, eu também tinha que escutar sem falar nada o que quer Paimon estava discursando sobre.

"......Esta dama tem sob contrato um executivo da Firma Keuncuska como meu consultor exclusivo por um longo período. Este executivo há pouco tempo, contou-me algumas notícias bem alarmantes."

Aha.

Então tinha um mensageiro indo e voltando entre Ivar Lodbrok e Paimon. Que espertos. Desde a antiguidade, era apropriado que grandes conspiradores não fossem a lugar algum pessoalmente, mas sim que fizessem uso de um subordinado. É por isso que recentemente eu contratei uma súcubo competente e charmosa. Isso era óbvio. Afinal, eu era o maior conspirador de todos.

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