Casados por contrato

Capítulo 1

5 anos depois....

Depois de 5 longos anos, estou voltando pra casa. O tempo que passei em New York foi bom pra mim. Aprendi muitas coisas. Mas na época que meu pai praticamente me obrigou a ir pra lá, eu fiquei com muita raiva. Eu não entendi porque eu tinha que ir pra tão longe pra fazer a droga de uma faculdade.

Eu fiz a faculdade de administração e criação.

Hoje estou formada e meu currículo é bem qualificado. Hoje posso voltar ao Brasil e assumir junto com meu pai a empresa da família. Meu pai, minha mãe, e meu irmão em todas as datas comemorativas foram me visitar. A minha sorte foi que a minha melhor amiga viajou comigo. O sonho da Micaela sempre foi fazer faculdade de moda no exterior. E quando meu pai deu a ideia dela viajar comigo ela ficou eufórica. Na época ela tinha 17 e eu 18. Imagina o que duas jovens malucas aprontaram na cidade de New York?

No nosso tempo livre a gente saia pra curtir as melhores baladas da cidade, é claro que meu pai nem pode  sonhar com isso. Mas quando não estávamos enfiada com as caras nos livros, íamos curtir a noite na cidade.

Até namorei um americano gato durante um tempo. Mas não  deu certo.

Enfim, hoje estou com 23 anos e pronta pra ajudar meu pai.

Depois que fui morar em New York minha vida mudou completamente, praticamente sou outra. Não mais aquela menina mimada, filhinha de papai. Hoje sou uma mulher dona do meu próprio nariz.

Com três anos na faculdade arrumei um emprego e parei de depender do meu pai.

Até meu visual eu mudei...

Eu queria apagar tudo que lembrava aquela menina ingenua que fui.

Morando longe de casa eu aprendi e vive muitas coisas. Sofri bastante também.

Procuro por cima das cabeças algum rosto conhecido. Meu pai disse que viria me buscar no aeroporto.

— Ta vendo eles?— pergunto pra Micaela.

— Não — ela responde olhando em volta.

Andamos no meio da multidão procurando por rostos familiares.

— Maninha!!— braços fortes me envolvem por trás.

— Que merda Daniel! Você me assustou! — falo enquanto abraço de volta meu irmão mais novo. Meu irmão é aquele tipo de homem galinha, e que sabe que é bonito. O pior que o idiota faz sucesso com as mulheres, com seus olhos verdes, e com a covinha que herdou do nosso pai.

— Ainda bem que voltou! Sem você aqui, todas as broncas dos nossos pais ficaram pra mim — ele exclama fazendo biquinho.

— Você deve ter merecido cada bronca maninho — falo rindo. — Cadê meu Pai? Ele falou que viria — pergunto.

— Ele pediu pra eu vir, ele esta muito ocupado com o trabalho ultimamente. — meu irmão fala e dá de ombros.

—  Podemos ir? Estou cansada pra cacete, e essas sandálias estão me matando.— Micaela exclama e solta um suspiro.

Daniel e eu rimos pelo vocabulário sempre impróprio da minha amiga.

— Vamos senhoritas! — Daniel fala e pega na mão de nós duas e nos leva para o carro.

Quando chego em casa meu pai e minha mãe me esperavam  com um enorme sorriso no rosto.

Depois que conversamos sobre minha viagem, meu pai disse pra eu descansar porque amanhã iriamos cedo pra empresa.

Fui para o meu quarto, tomei um banho e caí na cama. A viagem foi cansativa e tudo que preciso é dormir.

***

Acordo as sete e começo a me arrumar para o primeiro dia na corporação Albuquerque.

Coloco um vestido azul turquesa colado no corpo, um pouco acima dos joelhos.

Faço um rabo de cavalo, uma maquiagem leve, pego minha bolsa e saio.

Meu pai foi na frente e combinamos de nos encontrar lá. Pego a chave do meu fusion e dirijo pra empresa.

Chego no prédio onde a corporação Albuquerque ocupa todo seu espaço.  O prédio é de 25 andares e tem design sofisticado.

Vou em direção aos elevadores.

— Segura pra mim por favor...— Grito antes que o elevador feche. Vejo duas mãos segurando a porta, e eu me apresso e entro no elevador.

— Obrigada! — agradeço e solto um longo suspiro. Olho para o lado pra ver quem é.

Puta merda! Acho que fui parar no Olimpo... Que deus grego é esse?

Alto, impecavelmente vestido em um terno grafite, feito por medida. Cabelo castanho claro curto. barba por fazer e lindos olhos azuis.

— Por nada Amanda— ele fala e sorri. Uau! Que sorriso lindo...

Meu corpo reage à voz, e a proximidade desse homem que exala sexo...sim, tudo nele faz seu corpo ter ideias nada amigáveis.

— Qual andar?— ele pergunta.

— Cobertura por favor— respondo. Ele aperta o botão da cobertura e o elevador começa a subir. Tenho a sensação que conheço ele de algum lugar, só não lembro de onde exatamente.

E como ele sabe meu nome?

Olho pra ele tentando ser o mais discreta possível.
Da onde eu conheço ele?

Busco na minha memoria, mas não me vem nada.

O elevador para no vigésimo quarto andar e ele sai. Continuo até a cobertura.

Talvez seja paranóia da minha cabeça, porque com certeza se eu visse um homem lindo desse eu nunca iria esquecer.

Deixo esses pensamentos de lado e vou até a sala do meu pai, hoje eu assumo a parte de criação, e com certeza tenho muito trabalho, e não vou sair daqui antes das oito.

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Primeiro cap.  pra vcs!!
Vamos aguardar pq muitas emoções virão.. Não esqueça os comentários. A opinião de vcs é muito importante.
Beijos *-*