Depois de uma tortuosa subida, indo para além das nuvens, Lay e Sofia viram pela primeira vez o Palácio das Nuvens.
O palácio era feito de mármore e um vitral por cima da porta de pedra trabalhada representava uma elegante deusa que Lay e Sofia não conheciam, e aos seus pés estavam duas crianças. Uma dava para se ver a cara mas na outra, a parte do vitral onde a cara de uma criança com um vestido amarelo estava partida, como o vitral tivesse sido arrancado.
O aspeto do palácio em si parecia um palácio abandonado e que autrora tinha sido rico e glorioso. Continuava imponente mas o aspeto era de facto estranho e aterrorizante.
Os três avançaram até á porta de pedra. Na porta, haviam quatro fechaduras. Uma era branca, outra era azul, a seguinte era verde e a última era vermelha.
- E não acredito que chegamos mesmo... - disse Lay, ainda espantada com o aspeto do palácio.
Max sorriu e disse:
- De facto, parece que a nossa missão está a acabar. - disse Max - Mas ainda não acabou, por isso...
Sofia acenou com a cabeça e foi para a frente.
Colocou a Chave do Vento na fechadura branca e rodou-a. Os três traços brancos que representavam o vento, brilharam e fez o mesmo com as outras chaves.
Assim que Sofia rodou as chaves todas, cada símbolo de cada chave brilhou intensamente e depois ouviu-se um clique e a porta abriu-se.
O silêncio fazia lembrar um tumulo que não era aberto em milhares de anos. O aspeto tenebroso do pouco que havia na entrada do palácio era muito pesado.
Haviam espelhos, mas estavam cheios de pó. Haviam tapetes com cores e formas exóticas, mas estavam gastos e rasgados. O teto estava pintado. Parecia que estava a haver uma batalha, mas aquilo estava tão gasto e apagado que não se podia ter a certeza.
Também haviam quadros, mas maior parte das caras não se podiam ver.
- Só passaram catorze anos... - sussurrou Max - Mas parece que passaram milénios aqui dentro...
- Lá na escola onde eu andava dizia-se que a Deusa Vanessa tinha fantasmas como criados. - disse Lay - Não sei se é verdade. E se é, esta gente não têm bom gosto em decoração.
Sofia concordou.
- É mesmo. - disse Sofia - Isto parece que foi abandonado...
Havia uma porta em frente deles. Lay tentou abri-la mas a porta estava trancada. Todos tentaram abrir a porta, mas sem sucesso.
- Vou tentar arrombar a porta. - disse Lay.
Ela atirou-se contra a porta, mas nada se passou.
Até que se ouviu uma voz.
- Quem está ai?! - perguntou uma voz, do outro lado da porta - Seja qual dos criados sejas, sai dai! A Deusa mandou barricar a porta deste lado por alguma coisa foi!
Lay e Sofia congelaram.
- Então?! Não respondes?! - perguntou a voz, frustrada - Eu vou entrar, estou a avisar-te! Fala!
Todos deixaram sair uma exclamação inaudível. Max levantou voo e olhou freneticamente para todos os lados.
Os olhos de Max pareceram brilhar quando viu uma das cadeiras na entrada.
- Venham! - sussurrou Max - Mexam aquela cadeira!
As raparigas correram para a cadeira luxuosa e Lay ia perguntar o que estavam a fazer quando Sofia, que não estava com perguntas, mexe a cadeira um pouco para a esquerda.
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A Deusa da Noite
FantasíaUma vez que havia duas irmãs. A irmã mais velha fez o dia e a irmã mais nova fez a noite. Por muito tempo a sua função foi trazer a sua respetiva fase do dia e assim foi por muitos milénios. Mas a inveja começar a crescer na irmã mais nova que sente...