Capitulo 23 - Tu és Cecília?

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Depois de uma tortuosa subida, indo para além das nuvens, Lay e Sofia viram pela primeira vez o Palácio das Nuvens.

O palácio era feito de mármore e um vitral por cima da porta de pedra trabalhada representava uma elegante deusa que Lay e Sofia não conheciam, e aos seus pés estavam duas crianças. Uma dava para se ver a cara mas na outra, a parte do vitral onde a cara de uma criança com um vestido amarelo estava partida, como o vitral tivesse sido arrancado.

O aspeto do palácio em si parecia um palácio abandonado e que autrora tinha sido rico e glorioso. Continuava imponente mas o aspeto era de facto estranho e aterrorizante.

Os três avançaram até á porta de pedra. Na porta, haviam quatro fechaduras. Uma era branca, outra era azul, a seguinte era verde e a última era vermelha.

- E não acredito que chegamos mesmo... - disse Lay, ainda espantada com o aspeto do palácio.

Max sorriu e disse:

- De facto, parece que a nossa missão está a acabar. - disse Max - Mas ainda não acabou, por isso...

Sofia acenou com a cabeça e foi para a frente.

Colocou a Chave do Vento na fechadura branca e rodou-a. Os três traços brancos que representavam o vento, brilharam e fez o mesmo com as outras chaves.

Assim que Sofia rodou as chaves todas, cada símbolo de cada chave brilhou intensamente e depois ouviu-se um clique e a porta abriu-se.

O silêncio fazia lembrar um tumulo que não era aberto em milhares de anos. O aspeto tenebroso do pouco que havia na entrada do palácio era muito pesado.

Haviam espelhos,  mas estavam cheios de pó. Haviam tapetes com cores e formas exóticas, mas estavam gastos e rasgados. O teto estava pintado. Parecia que estava a haver uma batalha, mas aquilo estava tão gasto e apagado que não se podia ter a certeza.

Também haviam quadros, mas maior parte das caras não se podiam ver.

- Só passaram catorze anos... - sussurrou Max - Mas parece que passaram milénios aqui dentro...

- Lá na escola onde eu andava dizia-se que a Deusa Vanessa tinha fantasmas como criados. - disse Lay - Não sei se é verdade. E se é, esta gente não têm bom gosto em decoração.

Sofia concordou.

- É mesmo. - disse Sofia - Isto parece que foi abandonado...

Havia uma porta em frente deles. Lay tentou abri-la mas a porta estava trancada. Todos tentaram abrir a porta, mas sem sucesso.

- Vou tentar arrombar a porta. - disse Lay.

Ela atirou-se contra a porta, mas nada se passou.

Até que se ouviu uma voz.

- Quem está ai?! - perguntou uma voz, do outro lado da porta - Seja qual dos criados sejas, sai dai! A Deusa mandou barricar a porta deste lado por alguma coisa foi!

Lay e Sofia congelaram.

- Então?! Não respondes?! - perguntou a voz, frustrada - Eu vou entrar, estou a avisar-te! Fala!

Todos deixaram sair uma exclamação inaudível. Max levantou voo e olhou freneticamente para todos os lados.

Os olhos de Max pareceram brilhar quando viu uma das cadeiras na entrada.

- Venham! - sussurrou Max - Mexam aquela cadeira!

As raparigas correram para a cadeira luxuosa e Lay ia perguntar o que estavam a fazer quando Sofia, que não estava com perguntas, mexe a cadeira um pouco para a esquerda.

A Deusa da NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora