Capítulo 13

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Quando a noite caiu, ficaram com Dany, no apartamento, apenas Alice e Enzo.
Ela esparramou alguns brinquedos na sala, afastando a mesa de centro para oferecer espaço para brincarem e ergueu alguns objetos para que não houvesse perigo.
Da cozinha, ela podia enxergá-los e sorriu ao ver como dividiam as coisas, em sua maioria de Enzo. Não trouxera muitos brinquedos, apenas os preferidos de Alice.
Pôs os potinhos de sopa que Diana havia deixado preparados, no microondas para aquecer. Diana pediu que ela oferecesse a janta cedo a Enzo para que não saísse da rotina e cuidasse para não trocar as marcas do leite devido a alergia do menino.
Vítor tinha saído logo após o episódio na cozinha e ela não sabia nada de sua rotina, apenas disse a babá que talvez chegasse mais tarde.
Algum tempo depois, exausta, por ter que dar conta de duas espoletas, que não paravam quietos um segundo, ela finalmente, conseguiu parar e procurar algo para comer mais tarde. Alice ainda não tinha uma cama, então levou os dois bebês para o seu quarto e deixando o ambiente a meia luz, os aconchegou junto dela, cantando baixinho a canção de ninar preferida de Alice, enquanto eles aproveitavam suas mamadeiras. Em pouco tempo, os dois pegaram no sono e ela levantou cuidadosa e silenciosamente, saiu do recinto, deixando a porta encostada.
Preparou um copo de leite com achocolatado e algumas bolachas num pratinho e saiu à procura de um livro para ler. Empurrou a porta do escritório, entrando, se deparando com uma estante cheia deles.
Largou o pratinho em cima da mesa e passou os olhos pelo local. No nervosismo de sua chegada, nem tinha percebido como era aconchegante aquele escritório.
Além da mesa clara com tampo de vidro por cima da madeira e duas cadeiras estofadas, tinha um divã confortável perto da janela.
Passou os dedos pelos livros enfileirados, procurando títulos que lhe interessassem, mas a maioria falavam sobre direito ou política. Andou ao redor da mesa, pegando um porta retrato. Nele a figura da mãe de Vítor, que ela nunca conhecera, mas que já tinha visto em outras fotografias no escritório do padrinho, com seus 30 anos, olhos expressivos, cabelo claro e um sorriso que lembrava muito o do filho, se destacava no recinto. Sentou na cadeira giratória, correndo o olhar pelas paredes.
Nelas as fotos da sua posse política, algumas acompanhadas de Priscila, seu pai e Celeste. Outras com o Presidente e o vice... Pegou o copo e bebericou um pouco do líquido morno.
Em cima da mesa, computador e vários papéis com números indicando leis e emendas parlamentares, algumas anotações, talvez um rascunho de um discurso, que enfim não soube distinguir.
Abriu a gaveta e sua imagem saltou aos olhos. Segurou, notando que ela estava bem amassada, com se fosse muito manuseada. Lembrava bem o dia em que ele a fotografou na fazenda.
Ela montada em Vento Negro, os cabelos esvoaçando com o vento norte, típico da região no verão... Ela sorrindo, os traços exibindo uma felicidade que depois que perdera Vítor, só sentiu no dia em que conheceu sua filha na incubadora da CTI. Ela com a mão tentando fazê-lo desistir da fotografia.
Sorriu com tristeza. Morria de saudades do seu cavalo, de Rute e do padrinho, que soube por Vítor, ter tido um infarto há dois meses.
__ Lembra desse dia?  - a voz vinha da porta e fez Dany pular da cadeira assustada.
Vítor entrou, trazendo consigo uma aura máscula que a perturbou intensamente. Vestia uma camisa branca social, calça preta de um corte que lhe realçava o corpo bem formado e gravata azul escura. Nas mãos um porta notebook em couro marrom.
Dany sentiu o sangue subir à face, sendo pega num recinto exclusivo dele. Silenciou, enquanto os momentos daquela tarde, lhe atravessavam a mente em flashs.
__ Não lembro de quando estarmos juntos, as minhas perguntas terem alguma vez ficado no vácuo. Se recorda ou não desta tarde? - ele insistiu enquanto seus olhos continuava cravados em seu rosto buscando respostas em sua expressão.
Dany tentava recobrar a calma, sentindo-se acuada.
__ Lembro, embora não faça questão. - confirmou com a voz baixa.
Guardou a fotografia de volta na gaveta.
__ Mas eu faço! Não acredito que tenha esquecido tudo. A noite do camarim não mentiu! - falou com autoridade, largou a maleta e cruzou os braços.__ Eu não sabia que era Danyelle, porém você tinha consciência de quem eu era!
Ela levantou rápido, não falaria das lembranças com ele nem daquele dia e nem de dia nenhum!
O sangue correu mais rápido nas veias. As palavras de Flávio, seu psicólogo, como sinal de alerta, ecoaram.
"Ninguém vive de lembranças, Danyelle! Deixe o passado quieto.
Não jogaria aquele jogo sujo dele.
Ela sorriu irônica.
__ É apenas uma foto. As lembranças, não posso negar, povoaram meus dias  algum tempo. São boas, mas não superaram as últimas, que tive com você, entregando um anel de noivado  na frente de todos os convidados numa festa! Esta é a que mais lembro, embora pretenda apagar de uma vez por todas da minha cabeça!
As palavras dela o fizeram recuar no tom autoritário. Ele caminhou lento, para perto dela, puxando a fotografia de volta da gaveta, colocando na mesa, sob seu olhar.
__ Pois eu me lembro. Então, se já esqueceu, vou recordar o que aconteceu naquela tarde, momentos depois desta fotografia... Ainda posso sentir o cheiro do seu corpo nu, suado junto ao meu... A urgência com que me pedia para que te amasse... Seus gemidos de prazer quando se abandonou com seu corpo grudado no meu... Danyelle...! - ele chamou gravemente a puxando pelos ombros, a levantando e colando seu corpo no dela.
Dany podia ouvir seu coração pulando no peito sob a camisa.
__ Me solta por favor! - ela pediu aparentando firmeza, mas no fundo, tudo se revirava dentro dela, sentindo a protuberância de seu sexo duro em sua barriga.
O silêncio caiu como uma pesada cortina entre eles, enquanto Dany prendia a respiração.
De súbito ele a soltou, se afastando, passando a mão pelos cabelos , suspirando profundamente, num quase lamento e afrouxando a gravata, tomou o rumo da porta.
__ Devo estar ficando louco! Boa noite.
__ Boa noite. - ela respondeu num sussurro, em pé atrás da mesa.
A visão deles dois fazendo amor, naquela tarde de domingo, no celeiro, em meio as palhas, as declarações, os gemidos dele em seus ouvidos acenderam a fogueira que tentava apagar desde o nascimento de Alice. O pouco de amor próprio que havia conseguido reunir se diluía em meio à tempestade de emoções que ele causava nela cada vez que se aproximava com aqueles olhos azuis, ora irônicos, ora zangados ou expressando outros sentimentos  que a desestabilizavam por completo. Sacudiu a cabeça com certa violência para espantar as lembranças que queria esquecer, embora, convivendo com Vítor na mesma casa, se tornasse impossível.
Voltou ao quarto, não teve coragem de retirar Enzo de sua cama, que dormia encolhidinho perto da irmã. Ela diminuiu o ar condicionado e passou uma coberta fina por cima dos dois. O espaço que sobrou para ela era apertado. Trocou a roupa que usava , depois de tomar um banho, por um conjunto de dormir de short e regata verde claro e sentou numa poltrona perto da sacada.
Não sabe quanto tempo ficou assim, velando o sono das duas cabecinhas que dormiam serenas. Dany puxou os pés para cima e se encolheu, o sono não chegava.
A claridade do seu telefone chamou sua atenção e ela o pegou na cabeceira da cama para visualizar a mensagem que acabava de chegar. Era de Laura.
"Oi!"
Dany digitou o cumprimento de volta.
"Como foi seu primeiro dia, convivendo com o pai de sua filha?"
" Difícil. A novidade é que seu filho com Priscila mora aqui. Ele tirou o garotinho dela também!"
"Fala sério! Só pode ser louco!
"Acho que aconteceu algum fato grave para ele pegar a guarda. Vou descobrir, assim que tiver intimidade com a babá."
" Dany, será? "
"Olha isso!" - ela bateu uma foto dos dois dormindo na sua cama.
" Own ...ele é lindinho, a cara da Alice!"
Danyelle sorriu e corrigiu o comentário.
" Alice é a cara dele. Ela é um pouco mais velha, porém de menor porte, porque nasceu prematura! Concordo, ele é muito fofo e também carente de afeto."
"Só uma coisa, amiga, cuidado para não se apegar ao garotinho. Você já tem problemas suficientes. Sabe que desapegar é complicado. Depois, se lasca inteira, sentindo falta dele.
Falou com seu advogado?"
"Ainda não. Vou ligar amanhã e também preciso falar com Flávio, acabei esquecendo de desmarcar as terapias."
"Tá bem, nos falamos amanhã, ok? Se cuida! Beijos!"
Ela desligou o telefone, cruzando os braços e nem percebeu a presença de Vítor entrando no quarto silenciosamente.
Os cabelos molhados e o perfume do shampoo denunciavam o banho recente. Dany virou a cabeça para olhá-lo.
__Quer que o tire daqui? - ele indagou baixando a voz, se acocorando perto do braço da poltrona onde ela estava.
___ Não há necessidade! Acabei ficando sem sono, porque dormi à tarde. Daqui a pouco, me ajeito. Não se preocupe!
___ Quero que me desculpe, no fim, acabei esquecendo de comprar um berço para Alice. Poderemos corrigir isso amanhã. E também, porque cheguei tarde. Precisava resolver coisas para não ficarem pendentes. Na sexta, não trabalho. Sei que é complicado cuidar de duas crianças ao mesmo tempo.
__ Você quem sabe, mas ela sempre dormiu na minha cama. Não quis levar Enzo, não posso tirar isso dela, o carinho e a amizade de um irmão.
Ele se levantou, estendendo a mão a Dany, no rosto uma expressão de desculpa.
__ Também estou sem sono e com fome. Vou fazer algo para comer...  se quiser me acompanhar?
Dany olhou para a mão estendida e levantou, porém a mão dele ficou a espera da sua. Ela passou na frente, seguindo em direção à porta e antes de sair pegou o robe curto, pendurado num cabide ao lado do guarda roupas.
Em silêncio, entraram na cozinha, acendendo a luz.
Talvez, fosse imprudente de sua parte, ter aceitado de pronto o seu convite, mas o fato era que quanto mais o queria longe, mais perto ele ficava. Torceu a boca, num leve sorriso irônico, pensando com seus botões, que aquilo não tinha lógica nenhuma.
___ Sobrou torta fria do lanche. Fiz para Diana experimentar. Disse que ficou boa! Quer? - ela ofereceu.
___ Claro que quero. Não pude almoçar, estou brocado!
___ Muito trabalho hoje?- indagou pegando a torta na geladeira que estava coberta num prato com tampa de acrílico.
Não obteve resposta para a pergunta, sinal de que não queria falar de trabalho
Ele calado observava  seus movimentos dentro da cozinha. Ela cortou a fatia generosa e pôs a sua frente em cima da mesa.
___ Obrigada! - levou o garfo a boca.__ Nossa, muito bom!! Igualzinha as de Rute!
__  O padrinho gostava e sempre pedia que fizéssemos quando estava em casa nos finais de semana e como Rute sempre estava atarefada, me ensinou. Tenho saudades dela e das conversas que tínhamos sempre depois do jantar quando limpavámos a cozinha. Como ela está?
Vítor a encarou.
___ A vi uns dias antes de trazer Enzo comigo para cá. Está bem de saúde, mas me confessou também que sente sua falta e que reza por você toda a noite.
Coitada, se soubesse o que faz naquele palco, cairia dura em saber o quanto a sua garotinha mudou. - ele não perdeu a chance de espezinhar.___Porque não liga para ela? Agora, que te achei acho que o motivo que tinha para não falar com meu pai e Rute, acabou.
Dany esperava o café passar na cafeteira, escorada no balcão de braços cruzados e cabeça baixa, tendo consciência, infelizmente, que não tinha como rebatê-lo.
___ Talvez faça isso. O problema é Celeste... Não gostaria que ela soubesse onde estou e que tenho uma filha com você! Temo represálias da sua parte. - confessou enchendo a xícara e alcançado a ele.
Vítor ficou olhando a mobília ao seu redor, pensando.
___ Nunca entendi, por qual motivo ela nunca foi com sua cara.
___ Imagina eu, que caí de paraquedas ainda uma criança na sua casa. Pra mim foi muito difícil chegar a conclusão que era um fardo na vida dos outros. Faço terapia para poder superar meus traumas.
__ Conversei com meu pai quando você fugiu. Relatei suas confissões em relação à Celeste.
___ Não precisava. Celeste é esposa dele e com certeza seu pai a ama. Nunca contei porque não queria atrapalhar a relação dos dois. Quando fiquei órfã, o padrinho tomou como obrigação cuidar de mim.
___ Saí em sua defesa. Não poderia deixar que achassem que você roubou o dinheiro da gaveta do escritório e fugiu.
Dany levantou os olhos assustada com a revelação.
___ Quem disse que eu tinha pego essa grana? Celeste?
___ Sim, no início não acreditei, mas depois quando te encontrei dançando naquela casa de programas, percebi que tinha bancado o palhaço te defendendo.
Dany sentou à mesa em sua frente.
___ Acha que peguei esse dinheiro?
Vítor levou a xícara aos lábios a encarando por entre o vapor do café.
___ Está enganado! Celeste me ofereceu o dinheiro! Eu não quis! O que peguei não chegou nem a 40 reais da gaveta na cozinha. Precisei para poder chegar à cidade. Meus motivos para dançar naquela boate foram outros...e para fugir de lá, você sabe bem, não preciso te dizer.
___ Quer me contar ou não confia em mim?
___ Não acho que temos mais intimidades para revelações. Você tem seus segredos e eu tenho os meus. Estou aqui só por Alice, não ficarei muito tempo.
Dançar numa boate não me torna prostituta e mesmo que fosse, minha filha é muito bem cuidada e você sabe disso!
___ Quer insinuar o quê?
___ Que está agindo por vingança! Não sei o que pretendia quando assumiu Priscila. Só o que fiquei sabendo é que ela estava grávida e você não fugiria de sua obrigação. Não ousaria ir contra a sua família.
Quando fugi, acho que seus planos de ter uma esposa e eu ser sua aventura quando voltasse, de vez em quando à fazenda, foram frustrados e então, achou um jeito de me castigar!
Ele a escutava calado, mas seus olhos a escrutinavam e Dany não conseguia conter o desabafo.
__ Esse termo vai cair em recurso. Não tem lei que tire uma criança de sua mãe, a não ser por maus tratos, o que não é o caso de Alice, que é amada por mim, mais que minha própria vida!
___ E assim que me vê? Como um homem vingativo, que usaria a própria filha para alcançar meus objetivos? Achei que tivesse me conhecido melhor.
Dany respirou fundo, caíam de novo na conversa de seus sentimentos, era inevitável.
___Também achei, só que como Celeste me avisou, o tombo foi grande! Infelizmente, ela tinha razão! Não posso confiar num homem que me fez de idiota e depois chega na minha casa, arrancando minha filha, levando para outra cidade! O que quer que eu pense? Quanto a ser imoral, você é bem mais do que eu.
Ofereceu muito dinheiro a Alexandra para ter uma noite com ela! Se me julga devassa e safada, o que pensar de você, Senador?- ela desabafou, há dias vinha com aquilo trancado na garganta. __Vou retomar Alice, nem que tenha que jogar tudo para o alto e voltar a trabalhar numa lanchonete suja e cheia de baratas novamente. O amor da minha filha, não tem dinheiro que compre!
Levantou, saindo da cozinha. Ele a seguiu, a pegando pelo braço.
__ Espera! Estamos agindo feito duas crianças! Claro que me encantei com Alexandra, não faz ideia como a personagem mascarada mexeu comigo! Tinha algo nela que não sabia explicar... até que ...
Ela virou a cabeça fitando seus olhos nos dele. Franziu a testa.
___ Até que...
___ Até que Yandara revelou sua identidade! Paguei uma fortuna a ela para que me dissesse seu nome e endereço! Há apenas uma semana, ela me ligou para confirmar o acordo que fiz com ela.
___ Não sou Alexandra, ela não existe! Ficou tão decepcionado, quando descobriu de quem se tratava que então resolveu me ferir, tirando o que mais amo no mundo! Acabou de confirmar nossa conversa na cozinha! Não posso confiar em você! Rute me alertou várias vezes sobre isso!
Puxou o braço com força e saiu, batendo os chinelos nas tábuas enceradas do corredor.
Fervia de raiva. Amanhã mesmo falaria para Miguel, o que Yandara havia feito!
Passou a chave na porta do quarto, tirou o robe e ajeitou os dois para liberar um canto para ela se deitar.
                                                                Vítor
Ele cerrou a porta atrás de si e por um momento, aquele quarto, lhe pareceu imenso e frio. Estava sendo afoito demais, queria Dany de volta, mas cada vez que tentava, suas reações eram de desprezo por ele.
Sentou na cama se escorando nos travesseiros. Ligou a televisão, porém seus pensamentos voavam para o quarto ao lado do seu. Saber que ela estava ali, a poucos metros de distância, fazia seu estômago apertar e seu pau endurecer.
Estava a cada dia mais linda e sensual. As coxas bronzeadas, demonstrava que havia, quem sabe tirado alguns dias numa praia. Queria poder entrar novamente em sua intimidade, saber seus segredos, os motivos que a levaram a virar uma dançarina naquele lugar...
Queria conviver mais um pouco com ela para saber se ainda poderia ter uma chance, apesar de que, cada vez que a tocava, a imagem dela dançando para aquele monte de barbados, insistia em povoar seus pensamentos, o deixando louco de ciúmes!
O único trunfo que tinha nas mãos era Alice. Ele precisava trazer de volta Danyelle por quem se apaixonou, mas ela se mostrava arredia, desconfiada... E não era para menos, tinha lhe magoado muito no passado e as feridas ainda sangravam.
Quando ficou sabendo da identidade da Alexandra seu coração saltou. Seu corpo e seu coração sabiam. Depois de Dany, ninguém tinha lhe deixado naquele estado. O que sentiu pela mascarada não tinha comparação!
O que precisava agora, era manter Dany junto dele, apesar de Yandara  ter contado sua identidade, não afirmou que ela nunca tenha feito programas ali dentro. Até preferia o benefício da dúvida.
Ficou tão alvoroçado com a descoberta, que a única coisa que passava na sua cabeça era poder reencontrá-la e quando soube da bebê, seu mundo caiu, achando que ela estava falando sério, quando, naquela noite, mencionou o cara que a esperava depois dos shows. Descobriu fácil a idade da menina, foi só aumentar a quantia de dinheiro na proposta de Yandara, que logo a verdade estava na sua mão. Cada informação custava caro e só comprou o que era de útil para ele.
Soube que Alice nasceu prematura e as contas fechavam perfeitamente.
Dany tinha uma menininha dele e o fato de dançar naquele lugar, o irritou profundamente.
Quando viu sua filha se apaixonou na hora! Tinha uma mistura perfeita deles dois, uma mistura da intensidade do amor que viveram. Não que não amasse Enzo da mesma forma, o amava demais, por isso pegou a guarda do garoto.
Diana abriu o jogo com ele não aguentando mais ver o sofrimento do seu filho nas mãos de Priscila.
Ela era uma mãe negligente. A gota d'água foram as manchas roxas nos bracinhos dele, fruto dos maus tratos que Priscila lhe infligia.
Diana nem sempre estava por perto e a mau caráter, quis acusar a babá de bater no garoto, por isso quando Diana lhe contou que o menino ficava a maior parte da semana sozinho com ela e que quando achou os roxos , tinha registrado um BO, a acusação de Priscila caiu por terra!
Não pensou duas vezes, em ficar com o Enzo.
A ida a Porto Alegre para cuidar do pai lhe reservou grandes surpresas e uma delas foi descobrir o quanto Priscila era sórdida e fingida!
Agora, no quarto ao lado, tinha a família perfeita: a mulher que amava e os filhos. No entanto para trazer Dany de volta, precisava usar a cabeça de cima e não a de baixo, a acuando com seu desejo insano de levá-la para cama. Ela não se entregaria fácil a ele novamente, não depois de tudo o que passou!

Para Sempre No Meu Coração🔞‼️Onde histórias criam vida. Descubra agora