THE CURSED AKAI ITO ↻ taeten

DEATH LOVE ↻taeten

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                   As ruas estavam gélidas. Um frio incomodo para humanos, porém para o dono do medo que arrepiava a coluna mais que uma rajada de vento frio no inverno, o clima estava para se dizer francamente, agradável. Os passos do rapaz com sua capa preta e capuz pouco arrumado sobre os fios tingidos de vermelho, a cor que ele conhecia tão bem quando retirava todo o sangue que dava a vida para sua vítima. O rapaz, conhecido por muitos como morte, vagava sem rumo e com os pés descalços sobre as calçadas frias daquela bela noite de Halloween. Tinha entrado em uma forma onde alguns podiam o ver, geralmente crianças tinham esse privilégio por estarem muito animadas com aquela data, e ser seu maior sonho ver adultos tão caracterizados em suas supostas fantasias quanto elas. Era um show para elas, e para ele também, já que era inevitável não sorrir com pequenos humanos tão vulneráveis que desconheciam por quem elas estavam atravessando. Também, nem ligavam, só queriam saber de arranjar doces para terem uma boa de uma dor de barriga mais tarde.

                  O ceifador caminhou até olhar para uma janela aberta, naquela altura do campeonato era muito estranho alguém deixar uma entrada de ar tão exposta naquela hora da noite. O ruivo decidiu expecionar, afinal não havia nada a perder, e não havia mesmo pois logo que subiu na janela pode notar uma cena desagradável para mortais, algo tão natural para ele quanto a respiração de seres vivos. No quarto, um garoto baixinho de fios pretos tentava em cima de uma cadeira, pendurar a corda que já estava amarrada em seu pescoço. É, quando não é o momento para se partir, você simplesmente não consegue de jeito nenhum ir deste mundo, pensou o ceifador. O tailandês tinha as bochechas rosadas completamente molhadas, brilhando sobre as lágrimas que banhavam seu rosto, algo de partir o coração mas para a morte aquilo não fazia sentido, era acostumado com tal imagem.

               一 Você pode fazer o favor de parar? 一 A voz fria, fora do normal assustou o garoto que caiu da cadeira e murmurou baixinho de dor. Seus olhos se arregalaram ao parar sobre o corpo pálido, sentado sobre sua janela e acariciando sua foice que reluzia sobre o luar. 一 Chega a ser uma falta de respeito, essas coisas.

               一 Só posso estar alucinando agora... 一 O tailandês fez questão de esfregar as costas das mãos sobre as pálpebras, tentando recordar metade dos sentidos que julgava ter perdido.

                一 Não está alucinando, apenas está me tratando com tremenda falta de respeito. 一 O mais velho que observou o nascimento do primeiro ser humano, que deu origem a seu propósito existencial, levantou-se e caminhou lentamente na direção do garoto. Este, que apenas se esgueirava incrédulo para trás, até bater as costas em sua cama. 一 Quem disse que já chegou sua hora de partir?

                 一 Eu! Já cansei dessa porcaria de vida, acabei de perder tudo e todos, não há motivos para continuar nesse plano existencial de lixo. 一 O garoto tomou coragem, ditando aquela sentença com ódio e amargura, logo se entregando ao choro novamente. 一 Você é a morte, certo? Se for, me leve por favor.

                一 Não, não quero. Todos têm sua hora, e a sua não é agora. 一 O ruivo se agachou na frente do mais novo, o ouvindo soluçar, aquela situação era estranhar pois nunca tinha falado com alguém que tirava sua própria vida. Aquilo o incomodava pois não gostava que se metessem no seu trabalho, e de alguma forma, sofria ao ver como as pessoas vinham abaladas para o submundo, porque no fundo elas não estavam preparadas para aquilo. 一 Você deveria estar curtindo essa data, se fantasiando e indo para festa como jovens da sua idade fazem. Como humanos fazem.