Capitulo 2

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Estava perto do horário do almoço quando meu celular começa a tocar, olho para o número desconhecido e franzo o cenho, mas decido por atender.

- Lia Carter – atendo me pronunciando como sempre desde que me formei.
-Buongiorno, Lia, sou Pietro, o homem que você bateu no carro. – eu e meu corpo já tínhamos reconhecido a voz, e papai ele pronunciava meu nome tão eroticamente. Senti o meio das minhas pernas pulsar.
- Ah sim, o cara que comprou a carteira...
- Eu compro muitas coisas querida, pode ter certeza que minha carteira não foi uma delas. – ele me interrompe.
- Bom senhor Pietro, o que deseja da minha pessoa? – involuntariamente minha pergunta sai com duplo sentido, juro que não tive intenção. Ele pigarreia e se pronuncia:
- Tratar do concerto do seu carro, me comprometi com isso.  Gostaria que passasse o endereço que o reboque vai busca-lo agora.
- Não precisa...
-Sim, precisa. – só eu que percebi que ele gosta de cortar as minhas falas?
-Você deveria aprender a não cortar as pessoas, é falta de educação. – quando percebo as palavras escaparam da minha boca e escuto uma risada do outro lado da linha.
-Não quis parecer mal-educado, é força do habito, querida. – eu podia meter logo um "Não sou sua querida" igual a América, em a seleção, mas achei melhor esquecer as frases de impacto que só dão certo em livros.
-Certo, anote o endereço, Avenida Oscar Freire número 314, peça para me avisar.
-Ok, o reboque está indo aí buscar. Até a próxima Senhorita Carter.
- Até.
Desligo o celular e fico olhando para ele, tinha esperança de talvez ele me convidar para almoçar ou algo do tipo, o que você está pensando Lia?

Continuo meu trabalho até a Carol me interromper avisando que o reboque chegou, pego minha bolsa e desço, já aproveito para sair e ir almoçar, fazer uma visita a Lari, tenho que aproveitar enquanto o Senhor Miller não volta, as coisas com ele na empresa ficam bem complicada, além de desde que me viu anos atrás, faz propostas indecentes para termos um caso (ele consegue ser tão nojento, eu tenho a idade de sua filha e além de ele ser casado) é claro que eu não teria um caso com ele, nem que fosse o último homem da face da terra.

Pego um Uber para ir até o restaurante, quando chega desço depois de pagar a corrida e me direciono para dentro, na recepção estava uma garota loira que olhava fixamente para uma das mesas, ela era nova, ou eu que não vinha a muito tempo aqui.

-Boa tarde! - chamo sua atenção e ela me olha com desprezo, já quero dar na cara dessa vadia, ao fundo observo Robert, nosso Metri atendendo uma das meses enquanto garçons andam para lá e para cá.
-O que desejas? - ela pergunta com indiferença. O que eu desejo? Talvez uma mesa? Não sei, acho que andar numa montanha russa, porque aqui não é um restaurante e sim um parque de diversão. Respiro fundo. A fome me deixa com um mau humor do cão.
-Uma mesa por favor. - ela me mede de cima a baixo, eu não estou mal vestida ou nada assim, claro, é uma roupa simples, calça jeans preta, botas coturno de salto baixo, blusa de botão branca e uma blusa jeans por cima, além do cabelo  num coque, digna para visitar obras. Vejo um sorriso irônico se formar nos lábios dela, quem ri por último ri melhor, vadia.

 Vejo um sorriso irônico se formar nos lábios dela, quem ri por último ri melhor, vadia

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