PecaminoSoo - Religare I [Tradução PT-BR]

15o Pecado

Canto Gregoriano CREDO IN UNUM DEUM,

Schola Gregoriana Mediolanensis,

Dir. Giovanni Vianini

Kyungsoo tinha aprendido que as missas durante a semana não eram dadas por seu padre favorito; portanto, na semana seguinte, ele procurou os bancos do lado direito, onde sabia que quem ele ansiava, sentava-se ali; esses bancos ficavam longe da nave central e foram postos de lado, deixando como referência a posição do altar. Kyungsoo dirigiu-se para um dos bancos traseiros. Jongin chegou com os cabelos um pouco molhados e sua habitual vestimenta preta adornada pelo rosário que pendia de seu pescoço, ele tinha uma pequena bíblia preta nas mãos. Assim que Jongin reconheceu o jovem pecador, ele parou. Então, o padre respirou fundo e caminhou até ele.

O encontro ocorreu numa quarta-feira às sete da manhã, quase ninguém compareceu à missa. O templo era grande e tinha um total de vinte pessoas espalhadas por aqui e por ali, dava a sensação de que era uma comunidade quase inexistente. Não havia ninguém perto deles, os paroquianos preferiam ficar sempre sentados próximo ao oficial da cerimônia e não passaram tanto tempo olhando de soslaio como Kyungsoo fazia.

— Deus esteja com você, padre — cumprimentou o universitário.

— E com o seu Espírito — respondeu Jongin automaticamente, antes de desejar morder a língua porque entendeu que esse cumprimento era uma brincadeira. Kyungsoo nunca o chamaria de "padre" em meio uma conversa séria. — A sua mãe te obriga a assistir a missa até nas quartas-feiras de manhã?

— Eu não te vejo há dois dias... — sussurrou.

— Então você veio porque quis... — respondeu Jongin com sarcasmo.

— Mesmo se eu tiver que vir à meia-noite... Não me diga que você só percebeu isso hoje — Kyungsoo fingiu estar ofendido.

Jongin suspirou. Lutar com Kyungsoo era como ser um Kriso no coliseu diante de um leão: sempre com tudo a perder.

— Você sentiu a minha falta?

O sacerdote não queria mentir, muito menos no meio de uma missa; já havia pecado o suficiente. É claro que tinha sentindo saudade de Kyungsoo, para ser mais sincero, ele não tinha parado de pensar no outro nem um só instante, inclusive quando estava dormindo. Era difícil não lembrar do jovem, especialmente por causa da tensão que havia acumulado em seus genitais desde a última noite em que o viu vestido de coroinha. Seu pênis estava particularmente sensível. Um descuido e pronto, sua mente projetava uma lembrança de Kyungsoo e era o suficiente para deixá-lo duro. O toque acidental da batina causava o mesmo efeito. Kyungsoo parecia tê-lo treinado como um cachorro Pavlov, mas com ereções em vez de saliva e com sua imagem em vez de sinos. E apesar de sentir tesão, Jongin se negava a se masturbar. À essa altura, ele sentia seus testículos meio doloridos e estava começando a perder a paciência com qualquer coisa. O padre tinha vontade de sair correndo, vontade de... de fazer outras coisas que não queria sequer pensar. Com sua bíblia, bateu na cabeça de Kyungsoo duas vezes enquanto dizia: