Happened and Over

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Podia ser uma quarta-feira qualquer. Podia ser um dia qualquer. Podia não estar chovendo. Podia estar fazendo sol. Eu podia estar sozinha. Mas não estava. Ao contrário. Não estava. A cada dia que passava eu me sentia cada vez menos sozinha. Algum dia poderia voltar a me sentir só de novo? A contemplar o sol sem pensar em mais nada? A simplesmente pegar um carro e sair dirigindo a esmo, sem destino. Nem hora. Apenas pela incrível possibilidade de ir. De não pertencer a ninguém?

Eu queria e podia sentir tantas coisas. Algumas novas e outras... nem tanto assim. Só tinham se passado alguns meses desde a melhor noite da minha vida. Meu corpo tinha gravado todas as sensações. Cada célula lembrava do cheiro, do toque, da imensidão. Do sabor. Do gosto de ser saboreada. Tudo tinha sido tão único.

A sensação de ser preenchida. De não ter nada entre nós. Só o calor. A pele fervente em contato. O suor transbordando em todos os meus poros. Sexo com sexo. A perda da extensão de um corpo no outro. E então a libertação prometida. O corpo quente e pesado sobre mim. Minhas pernas trêmulas e agitadas, querendo mais. Meus seios desnudos em contato com seus lábios salgados e quentes. Por vezes, sentia o barulho áspero e profundo dos seus dentes no meu mamilo.

E então o preenchimento de novo. Duro. Rápido. Como se mais nada importasse. A parede não era tão dura naquele momento. O chão não era tão frio. E aquele homem poderia não ser um estranho. Não era realmente como deveria e poderia ser. Mas isso bastava. Naquele momento, mais nada importava. Só o preenchimento.

Era mais um que passava. Apenas mais um. Eu não sabia seu nome, nem me importava sabê-lo. Meu corpo se movia. Agia por vontade própria. Eu era apenas uma reles figurante em tudo aquilo. Ele queria ser satisfeito. Então olhei pra cima e vi seus olhos fechados, a boca entreaberta. Suas mãos alcançaram meus seios, me fazendo gemer involuntariamente enquanto ele me apertava.

E estava dentro de mim. Percebi quando seu corpo tremulou jorrando a sua semente em meu interior, que logo seria nossa. Ah, mais isso ficava para depois. Agora o que importava era eu e o estranho. Somente.

Ele se retirou dentro de mim quando eu nem ao menos tinha gozado. Minha vagina estava quente, em brasa, palpitante, úmida, apenas esperando por ele. Suas mãos desgrudaram dos meus seios e pousaram em meus minúsculos ombros com um pouco de força. Com certeza, amanheceria toda roxa.

tirou um pouco suas mãos do meu colo, abrindo meus grandes lábios, tocando delicada e rapidamente meu clitóris enquanto com a outra mão pegou no meu braço e enfiou os meus dois dedos em mim. Eu parei, estática, enquanto ele movimentava meus dedos com força, provocando um atrito absurdo no contato com a minha vagina molhada. Eu podia sentir minhas pernas novamente trêmulas, anunciando a vinda do meu orgasmo. E quando eu pensei que ele não mais me surpreenderia, meus dedos foram tirados de mim e mal pude me dar conta do vazio, porque logo sua boca abocanhou com força meu sexo molhado.

Eu gelei. Um grito surdo saiu dos meus lábios enquanto duas lágrimas solitárias rolaram pela minha bochecha e sumiram na curvatura do pescoço. O completo estranho continuava me comendo. Insistentemente.

Mordendo.

Sugando.

Tentei fechar minhas pernas mas ele apenas as segurou com mais força, impedindo meu movimentos. Então, cedi e relaxei mais. Ele parecia ainda mais deliciado e me lambia com mais força e profundamente. Cheguei a gritar quando a sua língua penetrou em mim. Em algum momento, eu pareci gostar muito, pois acabei explodindo dentro da sua boca

Virei meu rosto e encarei seus olhos que vagaram insolentes até a minha intimidade desnuda.

Mal pude perceber o que estava acontecendo quando me senti sendo preenchida de novo. Com mais força. Fechei os olhos de novo, só abrindo-os novamente quando ele saiu de mim, me colocando de pé, segurando a minha mão e me guiando até uma cama. Fui empurrada e acabei me deitando no colchão. Ele se deitou por cima e começou a me chupar de novo. Colocando a mão na minha cintura ele me levantou e fui parar no seu colo, afundando totalmente nele. No instante seguinte, eu cavalgava a esmo no seu mastro. Não era mais eu. Era apenas meu corpo buscando prazer. Quando estava prestes a gozar, sinto um par de mãos mais estranhas ainda tocando meus seios e algo bem duro encostando no meu traseiro.

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