Era noite de primavera, sete de dezembro, a temperatura quente acompanhava uma brisa fresca, parecia o clima perfeito. Voltávamos de um evento da faculdade, definitivamente foi algo muito divertido. Todas as pessoas que amo estavam lá, inclusive Henrique, um dos meus melhores amigos com quem tive um affair, que retornou de surpresa do exterior e me oferecera uma carona para casa. Benjamin, minha outra paixão, não contente com o convite, pediu para ir junto conosco. O que poderia sair de positivo desse encontro? Inimigos declarados dividindo o mesmo espaço.
O clima parecia uma nuvem negra prestes a chover dentro do carro. Tentei amenizar as coisas puxando algum assunto. Enquanto Rick falava, no banco de trás Ben fazia caras e bocas, parecia enciumado e quando percebeu que estava o observando pelo retrovisor, disfarçou, sem graça. Dou uma piscada e sorrio, ele então abre aquele lindo sorriso largo e alinhado.
Chegávamos ao destino, minha casa. Era hora de despedir-se dos garotos. Vou com a boca em direção a bochecha rosada de Henrique e como ele não perde tempo, me surpreendeu virando o rosto, fazendo meus lábios irem de encontro aos dele. Aquele maldito sorriso sínico. Benjamin estava bem atrás de nós e eu já imaginava a guerra que aconteceria. Avisto a cara que ele fazia e era a pior possível, bufava querendo voar no pescoço de Henrique. E o descarado ainda parecia debochar da situação, garoto indecente...
Então ele gargalha e diz "Sem neurose, Benzinho. Que tal um a 3?". Corei sem acreditar no que me propunha, Ben também estava sem reação, todavia parecia aprovar mais a ideia do que eu. Ambos me fitavam com malícia e eu ainda tentava entender como eles tinham entrado em consenso tão rápido...
Quando dou por mim, eles começam a se beijar na minha frente. Era pra valer, avistava as línguas dançando de um lado para o outro, estavam curtindo o momento. Meu cacete também parecia estar adorando a cena que em poucos segundos fazia-se ereto.
Não tinha nada a perder. Os únicos homens da minha vida, dispostos a me degustarem juntos. Com toda certeza isso não se repetiria nunca mais, o arrependimento seria eterno. Juntei-me a festa, porém antes os chamei para entrar em minha casa, meus pais estavam viajando(que conveniente) e não seria nada bom que alguém nos pegasse ali.
Assim fizemos. Pela primeira vez um... Não um, dois homens estavam no meu quarto e para fazer do pecado nosso direito. Benjamin não perde mais tempo e arranca minha camiseta, beija minha boca, parecia sedento pelo sexo. Enquanto isso, Henrique aproveitava para tirar a roupa e retirar as peças que sobravam no meu corpo. Eu estava nu diante de dois anjos corrompidos que me desejavam, Benjamin continuava a devorar-me os lábios e Henrique aplicava o que chamamos de "beijo grego" e que intensidade em cada sensação, gemia entre cada respiração, que delírio.
Mudávamos as posições, Rick já estava totalmente duro estirando-se na cama de casal, ali me colocava entre suas pernas e me lambuzava engolindo cada centímetro que tinha direito, de cima a baixo, indo e voltando, alternando a velocidade para dar ênfase em cada sensação, o fazendo gemer, até Ben também ficar pelado e calar sua boca, o fazendo chupar aquele pau farto. Confesso que a minha gula fazia querer os dois ao mesmo tempo, mas adorava o tesão em assistir dois machos se comendo. Perdoa-me pela expressão chula, todavia o momento aguçava meus instintos mais primitivos.
Estávamos prontos para descer o nível. "Fica de quatro", me ordenava Henrique que levantava-se e ficava de pé na minha frente, colocando-me para mamar uma vez mais. Benjamin ajeitava a camisinha e vinha com vontade, lubrificava o caminho e brincava com seus dedinhos para amenizar a dor. Eu pedia por aquilo, queria sentir adentrando meu corpo, assim foi feito, já sentia as primeiras pulsadas sob o caminho estreito. Meu pau latejava, enquanto eu tirava o sabor de Henrique da minha boca para gemer com mais vontade.
O ritmo aumentava, a sinfonia do prazer tocava durante a noite. O suor nos corpos, a pegação e quem dividia o momento comigo, era o conjunto perfeito. Era a vez de Henrique abater sua presa, como não era bobo, escolheu primeiro a novidade, insistiu em degustar a bunda suculenta do Ben. Hum, fiquei curioso, a figura masculina dele não parecia compatível com um lado passivo, talvez fosse preconceito da minha parte, mas seria inspirador tal episódio.
Benjamin parecia relutar a primeiro momento, porém o convenci com sussurros no ouvido. Ele então deita na cama e eleva as pernas apoiando sobre os ombros de Henrique, que por sua vez não teve compaixão, estava se vingando de seu maior inimigo, o fodendo, literalmente, e da forma mais instigante possível. Ben fecha os olhos, sente o rasgando e solta gritos de dor e tesão que foram abafados pela mão de Henrique, mistura masoquista, mas que naquela hora não se discernia. Apenas queríamos chegar no ápice do prazer.
Enquanto observava, mantinha-me ocupado acariciando e masturbando meu corpo. Era lindo, analisava as cenas e a verdade em cada gemido emitido por aqueles homens.
Chegando no seu limite, Benjamin não aguentou a pressão da sua primeira vez sendo penetrado e acabou gozando sobre sua barriga, sujando-se por completo de leite. Henrique observa o acontecimento e sorri satisfeito, retira-se de cima do Ben e me puxa, beijando-me intensamente. Após isso, lança-me sobre a cama, deixando-me na mesma posição que eles estavam anteriormente. Ali meteu sem dó, dominador e decidido, ele queria nos ver contentes com o momento para finalizar nos banhando com o liquido quente. Enquanto fazia o movimento de vai e vem, Benjamin segura firme meu cacete, punhetando, fazendo-me delirar entre os gemidos.
Era a minha vez de lambuzar a cama, revirava os olhos e deixava escorrer a minha felicidade e satisfação. Henrique coroava o momento, retirando o preservativo e acariciando-se até fazer chover em meu corpo.
Depois de tudo, eu apenas conseguia sorrir. Estávamos no banho, os três, pelo menos ali não existiam ressentimentos. Parecia o paraíso, poderia morrer naquele instante que estaria em euforia. Eu fiz questão de gravar cada detalhe na memória, provavelmente esse seria um capítulo único.
Terminando tudo aquilo já era quase de manhã, quase implorei para que ficassem e dormissem comigo, pelo menos aquela noite. Mas Henrique achou melhor ir embora. Benjamin até queria ficar, entretanto foi impedido pelo outro rapaz. E assim eles se foram na melhor noite da minha vida.
Na manhã seguinte tive a prova de todo o orgulho que sinto de mim e das pessoas que amo. Fiz escolhas, estou certo de que foram as melhores e sou grato por tudo até aqui. FIM
