The truth untold

Oneshot

Kim Seokjin era um nome conhecido por muitos.

Um rapaz alto e bonito, ombros largos e lábios fartos, além da pela pálida, sem manchas ou cicatrizes.

Ele poderia ser considerado a beleza nacional de seu país, sendo um grande cantor famoso como era.

Assim como havia grande beleza, tinha muita arrogância e superioridade, mas nada que outro coração não mudasse.

[...]

Saindo de uma das boates mais famosas de Gangnam, Seokjin seguiu seu trajeto em seu carro luxuoso, com o álcool preenchendo suas veias deixando sua mente nublada.

Ele sabia que era errado dirigir bêbado ao volante. Mas quem liga? Ele é Kim Seokjin, o homem que dita as regras, que faz o que quiser e sai ganhando. Por esse e vários outros motivos não soube dizer se foi azar ou apenas o óbvio quando seu carro bateu num acidente, ocasionado por si próprio em seu momento de embriaguez.

O rosto bonito com um filete de sangue escorrendo pela testa, além do lábio cortado superficialmente.
Tudo o que lembrava era de estar saindo da boate. Como havia chegado ali? Nem ele mesmo sabia, apenas via a escuridão que o desmaio o proporcionou.

Cinco horas depois Seokjin acordou, confuso enquanto estava deitado naquele leito de hospital. Um soro preso em seu braço sendo injetado direto na veia para limpar qualquer substância de álcool.

Ouvia as vozes de seus advogados do lado de fora e momentos da noite passada passando como flashs em sua mente aos montes. Ele havia feito merda, mas nunca iria admitir.

Voltou a dormir esperando a poeira baixar, despreocupado como era. Sabia que seus advogados e manager iriam resolver esse problema para si.

Sempre resolviam.

Quando acordou novamente o soro não estava mais em seu braço. O sol já havia mudado de posição, além de que os barulhos e vozes do lado de fora já tinham ido embora.
Se levantou da cama confortável com dificuldade, sentindo dor em muitas partes do corpo e a ardência em seu lábio cortado. Nem pensaria em olhar no espelho, aquilo seria demais para seu lado narcisista.
Saiu do quarto e começou a caminhar pelo andar. Talvez encontrasse alguém e pudesse ser liberado. Mal podia esperar para chegar em seu apartamento e tomar um bom banho.

Tinha um certo nojo de hospital. Era um lugar onde pessoas com diversas doenças se reuniam para tentar se curar, espalhando seus germes e preocupações que nada afetavam a Seokjin. Ele só se importava consigo mesmo.

ㅡ Ei você. ㅡ Ouviu uma voz rouca o chamar. Franziu o cenho. Ninguém se dirigia dessa forma com sua pessoa.

Olhou para de onde vinha a voz, vendo um quarto com a porta aberta. Uma cama ocupada por um rapaz jovem e de touca na cabeça. Alguns soros presos em seus braços, mas um sorriso de covinhas estampado em sua face.

ㅡ Falou comigo? ㅡ Seokjin perguntou, ainda sem entrar no quarto.

ㅡ Sim. ㅡ O outro rapaz respondeu. ㅡ Minha caneta caiu. ㅡ Contou à Seokjin, que o encarava com uma expressão de indiferença. ㅡ Pode pegar para mim?

ㅡ Porque não levanta e pega? - Respondeu de forma grosseira para o rapaz. A expressão enojada se fazendo presente na face bela e com poucos hematomas. ㅡ Sabe com quem está falando?!

ㅡ Eu até gostaria muito de me levantar. ㅡ O rapaz sorriu sarcástico, mas ainda sim com humor. ㅡ Mas não consigo, pode pegar?

Mesmo que contrariado, Seokjin marchou para dentro do quarto, se abaixando do lado da cama e pegando a bendita caneta.