Hold You Tight.

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A sensação da areia fofinha e fresca em seus pés era boa. O mar estava calmo, trazia uma brisa suave, junto com uma leve melodia acolhedora. Mas essa calmaria das águas não se comparava em nada com os batimentos cardíacos de Jongdae. O som era latente em seus ouvidos, ele não ouvia nada. Nem o mar, nem o vento. Nada.

Engoliu em seco, mordendo levemente a pontinha de seu lábio inferior.

Seus olhos estavam completamente presos aos de Minseok. Não conseguia desviar-se da imensidão castanha e brilhante, iluminada pela luz do luar. E nem queria. As pontas dos dedos formigavam ao contato direto na pele quente por baixo da blusa branca, onde apertou levemente.

Minseok sorria para si. Um sorriso bem aberto e feliz, que o fez borbulhar por dentro. Ele morreria por aquele sorriso. Seu sorriso favorito.

Não conseguiu impedir a lágrima traiçoeira que escorreu pelo seu olho direito.

— Dae... O que foi?

Ouviu a voz doce lhe chamar, com um tom de preocupação. Uma de suas mãos foi até a bochecha de Jongdae, limpando a lágrima, com carinho. Acariciou seu rosto com o dedão, um biquinho preocupado desenhava seus lábios. O outro fechou os olhos e respirou fundo, sentindo o toque macio da palma contra sua pele.

— Você sabe que eu sou emotivo... Eu só...

— Só...?

Jongdae abriu os olhos, encontrando de novo os de Minseok. Ele sorriu, sentindo sua garganta dar um pequeno nó.

— Eu te amo, my dear.

Disse, finalmente, com a voz embargada.

— Eu também te amo Dae!

Minseok lhe respondeu, alegre, começando a ficar um pouco emocionado também. Ele desceu a mão que estava na bochecha até a nuca, fazendo um leve carinho ali. Jongdae o puxou para si, acariciando a lateral de seu corpo, parando na cintura, apertando ali. Seus olhos foram até a boca cheinha e rosada de Minseok, que, ao perceber o olhar fixo, umideceu os lábios lentamente. A última coisa que ouviu foi um breve arfar de Jongdae, que em seguida, abaixou a cabeça e grudou seus corpos e bocas.

Enlaçou seus braços ao redor do pescoço de Jongdae, se prendendo a ele. Os lábios se devoravam com doçura e desespero. Jongdae chupou a sua língua com vontade, ocasionando um gemido baixinho do outro, que se entregava cada vez mais. Os estalos do beijo eram altos e afoitos. Minseok agarrou seus cabelos, os apertando, querendo ainda mais da boca do outro.

Jongdae se sentia extasiado, perdendo levemente os sentidos. Por um momento pensou ser efeito dos drinks que tomaram mais cedo, mas não. Eram aqueles lábios. Os lábios deliciosos e macios que o embreagavam. Se embebedava neles, com toda a paixão que tinha. Eram um vicio que Jongdae faria questão de ser refém até o último dia de sua vida.

Quando o ar se fez necessário, separaram as bocas avermelhadas e inchadas pelo beijo intenso que trocaram. Jongdae desceu os lábios pelo queixo, deslizando pelo maxilar até o pescoço de Minseok, dando beijinhos molhados. O outro suspirava. Jongdae abraçou sua cintura, os grudando ainda mais.

Minseok sorriu largo. E ainda de olhos fechados, se permitiu apreciar a voz calma e estonteante de Jongdae, que começou a cantar baixinho em seu ouvido.

Reconheceu de imediato a música que foi cantada no casamento deles á dias atrás. E foi a vez do mais velho de se render às lágrimas, as sentindo escorrer silenciosas pelo canto de seus olhos. Não precisava de muito para se lembrar da melodia, mas tudo parecia ainda mais bonito com o som do mar como trilha sonora.

Jongdae uniu suas mãos, as entrelaçando enquanto voltava a olhá-lo nos olhos, encostando suas testas. O aperto em sua cintura se tornou uma carícia doce.

Se sentiu ser balançado de leve, da direita para a esquerda, iniciando uma dança calma e amorosa sob a brilhante luz da lua.

Mergulhado nas orbes castanhas, Jongdae se deixou levar pelas lembranças, pelo longo caminho que percorreram juntos até aquele momento. As dificuldades foram enormes. Literalmente enfrentaram a Coréia e a empresa para ficarem um com o outro. E no fim, conseguiram. Depois de muita luta e briga contra tudo o que lhes era imposto. Mesmo sendo difícil, nunca pensou em desistir. Jamais desistiria de Minseok. Jamais.

Seu olhar foi até as mãos unidas, e se fixou nas alianças, ali, juntas. Não conseguiu evitar o suspiro felicidade. A sensação de sonho realizado preenchia seu peito, o fazendo esquentar. Os dois corações borbulhavam amor.

Sorriram um para o outro ao mesmo tempo. Sentiam cada parte do corpo formigar, a paixão transbordava loucamente deles, era óbvio à quem quisesse ver. E se quisessem ouvir, eles responderiam de imediato.

Naquele momento, nenhuma palavra foi necessária. O olhar já dizia tudo.

Eles se amavam, e isso nunca mudaria. Seria eterno.

Dear My MinseokOnde histórias criam vida. Descubra agora