Os olhos já vermelhos olhando para o nada, o nada do escuro, a respiração já cansada, de tanto tempo sem saber o que é descanso, ah, noites em claro, sem ter nada para solucionar, já havia ido ao médico, tomado os remédios, feito feitiços, e nada, nada e nada mais.
As vozes em sua mente, doces vozes trazendo dor e sofrimento, que maravilha, ainda estavam a mil, deixando sua mente louca, linda loucura, da qual, todos os humanos dizem não possuir, mas, ao final, são tão loucos quanto eu, ou eu fui tão louco como eles.
Vozes e mais vozes, dizendo "acabe com isso", "os mate, eles merecem", "ah, se fosse eu no seu lugar....". Bela vida amargurada, sem sucesso, alegria ou disposição, só a noite, a luz da lua e das estrelas, e a solidão.
Porque muitos acordavam, mas poucos interessavam, não sabia o que falar, o que fazer, o que dizer, mas dizer pra quem? É claro, solidão, delírio, não falava nada com nada, na verdade ainda não falo, me coço, me dói, ouvir a ti ter razão, o sentimento louco, oh, eu não sou louco, só apenas mais um que não quer vestir a máscara, doce vida, doce doce doce, e o sorriso, sorriso no rosto, refletido pela lâmina da faca, que estava em sua mão, e o pensamento "és louco, acabe com isso, vamos, acabe, ponha um fim" e assim, dormi novamente, o sangue escorria e no fundo eu sorria, lindo não, poder dormir de novo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Contos da Madrugada
KurzgeschichtenContos curtos criados de noites em claro, deixados por minha mente perturbada, cada conto um capítulo, cada capítulo uma história