Capítulo 22 - Sóbria de Nada

574 57 33
                                    

Lexa

- Para Lexa! - Clarke cochichou pela milésima vez quando tentei dar um chupão em seu pescoço.

- Porque?

- Porque sim! Esse negócio roxo fica horrível!

- Mas é bom ...

- Eu sei que é ... - Ela sorriu. - Mas se contente apenas com os meus lábios. - Ela me beijou.

Ainda estávamos na mesa daquele bar, e eu já tinha bebido, sei lá, muito. Minha noite ali se resumiu a beijar aquela loira que estava bem ao meu lado, a qual chupava os lábios com desejo.

- Ei! Clarke! - Droga! Aquele Bellamy tinha que chamá-la logo agora? - Vamos?

- Onde você vai? - Perguntei para ela.

- Vamos levar alguns amigos do Bellamy para casa.

- E porque você precisa ir junto?

- Porque são dois carros, precisamos de alguém para trazer o outro e, pelo visto, sou a única capacitada para fazer isso no momento. - Ela falou já se levantando e minha mão segurou a dela. - Você vem Lexa? Ou prefere ir depois?

- Não se preocupa loirinha, nós a levamos para casa depois. - Disse um dos garotos que estava na mesa conosco.

- Então ta, nos vemos na casa. - Ela disse.

- Tudo bem ... - Falei antes dos lábios dela colarem nos meus em um beijo rápido e, ao mesmo tempo, lento. - Eu te amo. - Sussurrei durante o beijo.

- Até mais tarde. - Clarke deu uma piscadinha para mim e não pude deixar de dar um tapa na bunda dela assim que ela se virou, então ela riu, olhou para mim e saiu com o Bellamy e mais um pessoal.

Eles continuaram conversando e eu entrei na deles por algum tempo, falavam de garotas, de pessoas que já ficaram, de pessoas que queriam pegar, mas para mim já não tinha a mesma graça, topei vir à praia para ficar com a Clarke sem ninguém para nos atrapalhar.

Bem...no começo a ausência dela me incomodou um pouco, foi ai que comecei a beber algumas coisas que os garotos colocavam na mesa, eu sentia minha cabeça girar, mas continuava tomando um atrás do outro.

Foi aí que tudo começou a dar errado, o pessoal que estava ali, simplesmente cansou do bar e resolveram ir até uma boate que tinha ali perto, estava sozinha, então fui com eles.

Eu não sabia ao certo que lugar era aquele, minha mente estava confusa, mas aquilo não parecia errado, estava acompanhada somente por amigos, até que aquela garota ruiva apareceu na minha frente, ela segurou minha mão e me puxou para a pista, longe do pessoal que estava me acompanhando. Costia colocou um copo com uma bebida forte em minha mão e eu bebi de uma só vez.

Aquela música alta não me deixava ouvir meus próprios pensamentos, era cada batida que fazia meu cérebro tremer, eu só sentia, mas não sentia com o coração, era algo diferente, tipo um fogo subindo pelo meu corpo e tomando conta de tudo.

Eu não conhecia aquele lado da Costia, ela dançava encostando o corpo dela no meu de um jeito que jamais fez, segurava na minha cintura e me puxava, pressionando meu membro contra a intimidade dela, me beijava e mordia meus lábios como louca.

Costia me puxou por aquele lugar escuro e me levou até um canto qualquer, minha mente balançava e explodia de tamanha confusão, mas ainda sim, não estava lúcida o suficiente para perceber o que estava acontecendo.

Naquele canto ela me beijou assim como fazia naquela época, e eu não senti nada, talvez porque estivesse completamente bêbada, ou talvez porque ela realmente não mexia mais com meus sentimentos, mas deixei que continuasse, meu corpo estava gostando daquele assédio, das mãos dela subindo e pegando meu seio, ou descendo e as colocando sobre o meu membro que, a esta altura, quase explodia.

- Eu sei que você quer Lexa, e você sabe que é só pedir.. - Ela sussurrou em meu ouvido e mordeu minha orelha. - Pede Lexa, como nos velhos tempos, pede...

Eu pedi? Não me lembro ao certo, mas Costia me levou para um quarto, não consegui identificar ao certo qual era, ou onde era, minha visão estava embaçada mas parte de mim sabia o que estava acontecendo ali.

Costia tirou minha blusa assim que entramos no quarto, eu mesma tirei o meu shorts e todas as roupas que cobriam seu corpo, ela se jogou na cama e me puxou para que meu corpo ficasse sobre o dela.

Não tinha romance, nem enrolação, eu não sentia nada, só queria ficar com ela e pronto! Sem ter que dar satisfação a ninguém! Assim como fazíamos há alguns anos atrás, claro que aqui não teríamos os acessórios que ela costumava ter, mas já estava valendo.

Eu a penetrei imediatamente e ela gemeu, mas Costia não nos deixou naquela posição por muito tempo, ela jogou seu corpo sobre o meu, invertendo as posições e sentou sobre meu membro onde ele a penetrou mais uma vez.

Minhas mãos apertavam suas coxas e, quando ela se inclinava para me beijar, minhas mãos partiam para seus seios, os apertando, então seu corpo encostava no meu ao mesmo tempo em que seus lábios colavam nos meus, minhas mãos agora estavam em suas costas e desciam até sua bunda, onde eu as descia e puxava suas pernas a medida que as apertava.

Enquanto isso nossas salivas eram trocadas, Costia quase engolia meus lábios com tal brutalidade.

Mais uma vez ela tirava seus lábios dos meus e sentava sobre mim, a cada movimento eu me lembrava de antigamente, do quanto eu sentia prazer em estar com ela e do quanto esse prazer não fazia o menor sentido agora, a única coisa que aquela ruiva tinha de bom era o corpo, cheio de curvas bem definidas e, aparentemente, a única coisa que sabia fazer era isso.

Sem levar em consideração a onda que tirava com a minha cara e com a da ... Clarke?! Espera! Aquele quarto ... aquela cama, eu finalmente estava reconhecendo tudo ali.

Tirei Costia de cima de mim imediatamente, mas isso só serviu para que a minha visão ficasse limpa para a imagem que se encontrava bem na porta do quarto, de braços cruzados e olhos marejados.

Há quanto tempo ela estava ali? O que ela viu?

Clarke... - Eu falei com o coração apertado.

Into The Snow - Clexa G!pOnde histórias criam vida. Descubra agora