7. Marcella

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- Saulo, eu... - fiquei sem fala, totalmente. - Eu... - ele segurou minhas mãos que estavam sobre a mesa.

- Eu vi o quanto o seu pai é importante pra você. - meus olhos marejaram ao mencionar papà. Ele dá um sorriso gentil. - Eu sei que não nos conhecemos há muito tempo, mas eu quero te ajudar.

- Saulo, isso é um favor muito grande. E eu não seria sua esposa de fato, entende? - ele dá um sorriso torto.

- Eu achava que isso estava subentendido, mas estava desejando estar fervorosamente equivocado. - ele faz graça me fazendo sorrir.

- É sério, Saulo. Eu só quero casar pra fazer felizes os últimos dias do meu pai. Não seria um casamento de verdade.

- Eu já entendi, bonitinha. - ele toca a ponta do meu nariz. - E eu já decidi te ajudar. A escolha agora é sua. Você aceita se casar comigo? - sorrio.

- Obrigada, Saulo. De verdade.

- Isso é um sim? - assinto sorrindo. - Então não me agradeça,  o prazer é meu.

-  Sério,  Saulo, muito obrigada mesmo. -Ele assente. - E, por favor, eu não quero que ninguém além de nós saiba desse nosso acordo.

- Tudo bem. Eu concordo.

Começamos a programar nosso casamento de mentirinha. 

- Posso perguntar uma coisa? - ele olhou pra mim fingindo estar desconfiado.

- Você pode me perguntar qualquer coisa, bonitinha.

Dou um suspiro esperando ter coragem.

- Aquela mulher que foi na embaixada naquele dia. - pigarreio. - Aquela loira.

- Malu? - assinto.

- O que ela é do seu irmão? - ele dá um sorriso.

-  Malu é uma ex-namorada dele, mas o Theo ainda é louco por ela. - assinto e sorrio mesmo com o aperto que sinto em meu peito. - Acho que depois daquele dia em que ela foi na embaixada, os dois reataram. - sorrio sem convicção nenhuma. Ele me encara profundamente, como se me analisando.

- Ela é muito bonita. - falo pegando meu capuccino pra fugir dos seus olhos.

- Não mais que você, Marcella. - sorrio.

Saulo me acompanha até em casa.

- Obrigada, Saulo. Por tudo. - ele sorri.

- Não precisa agradecer, minha linda noiva. - sorrio balançando a cabeça. - Um beijinho pra selar nosso acordo? - levanto uma sobrancelha fazendo-o rir e levantar os braços. - Tudo bem, tudo bem. Mas eu precisava tentar. Boa noite, bonitinha.

- Boa noite, Saulo.

No outro dia o embaixador estava mais sério do que nunca. Não houve sorriso e ele não me chamou pelo nome, apenas srta. Colluci. Liguei para Saulo e perguntei se ele tinha falado com o irmão sobre nosso suposto noivado, mas ele negara. Mas disse que precisava falar para o irmão agilizar os papeis, pois por ser brasileiro, a influência do irmão agilizaria as coisas. 

Casamento por amor? - FINALIZADOOnde histórias criam vida. Descubra agora