Sonhos Esquecidos

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Que droga... É a única coisa que eu consigo pensar durante a grande brigas entre meus pais na sala. Estou no meu quarto, sentada em minha cama, com toda confusão de pensamentos em minha cabeça provocados pela ansiedade. Ansiedade? Um verdadeiro pânico. Sinto meu corpo inteiro formigar e tremer; aquela sensação de morte... É difícil sentir isso, a cada milésimo de segundo que sinto tal sensação, aumenta mais o vazio no meu peito e a agonia dentro dele parece ecoar. Eu sou mesmo uma cuzona!

Lembro de quando eu era mais nova e a noite caía, eu só pensava em duas coisas: quem será o primeiro cara com quem vou transar e que aquele vento batendo em meu rosto, aquela noite e tudo que ela trazia. Seus perigos e pecados, me chamavam e quando eu crescesse toda aquela noite seria minha! Quantos anos eu tinha nessa época? Sim! Me lembrei, tinha apenas 13... Nossa uma menina dessa idade, pensando coisas como essas... tinha tudo para se tornar uma baita vadia. Até que isso não me soava mal, se me tornaria feliz, eu estava disposta a ser.

Mas tudo ficou no passado e hoje tenho 23 anos, estou para me formar em moda e jornalismo, sem contar meu curso de design gráfico, no fim de semana; tudo para me ver longe de casa, (não que estar longe sejá algo confortável, mas estar presente era pior) para finalizar meu curso de inglês que faço online para quando estiver com minha familia ter uma desculpa para não precisar conversar com ninguém. Sobre meu espírito noturno aventureiro... Nunca saí nem na noite de São Paulo, quanto mais pelo resto do mundo. Me sinto tristemente conformada com a vida pacata que levo. Como fui fucar assim ?

Tenho muito medo de sair desta minha realidade atual, as pessoas ao me redor foram plantando seus medos e frustrações em mim e sem nem ao menos resistir e lutar, permitir que as sementes crescessem e enraizassem em minha alma. Eu deveria ter lutado, mas me sentia tão só, não tenho verdadeiros amigos... para falar a verdade não possuo nenhuma "amizade própria"; saio apenas com a roda de amigos do meu namorado.

Eu e Caio namoramos desde o ensino médio, me apaixonei no mesmo momento que eu coloquei meus olhos sobre ele na sala de aula, no primeiro dia do segundo grau. Sempre me atrai por esse tipo de garoto: bad boy, anarquista, rebelde e "largado". Sem contar que seus olhos cor de mel e seu cabelo longo e castanho também cooperaram muito. Porém ele não se sentiu da mesma forma, queria qualquer outra garota que não fosse eu (será que seja pelo fato de eu ser mais nova?) , me humilhei por dois longos anos até que ele finalmente aceitou meu amor e também apaixonou-se por mim e estamos juntos desde então.

Mas com o tempo o sentimento foi sumindo, apenas não havia nada para se sentir, era como se eu não tivesse emoções para dar e ele não parecia se importar. Mas que droga de vida...

S/n! -Meus pensamentos são interrompidos pela voz de minha mãe me chamando.

A mesma estava parada na porta. Acho que seus olhos estavam como quem tivesse acabado de chorar. Não tenho certeza, pois não olhei para o seu rosto. Nunca olho para o rosto das pessoas, isso me faz ser horrível em guardar fisionomias.

Olhando a Vida nos OlhosOnde histórias criam vida. Descubra agora