Guilherme Bauer
Ainda não superei a morte do meu pai, mas preciso voltar pra casa e dar continuação à tudo que ele batalhou tanto pra construir.
Aos 20 anos deixei meu velho no rancho onde morávamos, no interior,para estudar administração na cidade grande.Estou voltando mas infelizmente não o verei mais para dizer que me formei.Não verei mais aquele homem batalhador que trabalhou embaixo de sol e chuva para sustentar seus dois filhos, sozinho,sem a ajuda de minha “mãe” que nos abandonou.
Ela foi embora para cidade grande,pois se envergonhava de ter uma vida simples,de morar em um rancho.
Meu pai sofreu muito depois que ela partiu.Por isso eu evito qualquer intimidade emocional, prefiro me envolver com mulheres apenas como parceiras sexuais,pois pra mim todas eram iguais minha mãe,um dia me abandonariam também.Hoje antes de que façam sofrer como meu pai sofreu,eu as descarto.Fico com elas apenas para uma noite de prazer e nada mais. Não me permito ser vulnerável ao amor e me apaixonar,jamais serei fraco igual meu pai foi,e assim nunca sofrerei por nenhuma mulher.Lana Almeida
Estou indo morar com minha tia Charlotte,no interior,um lugar bem longe da cidade grande.Onde eu poderei recomeçar,esquecer tudo que já passei por aqui e finalmente seguir em frente, depois de anos de lutas internas para superar traumas que mexeram tanto com meu psicológico,que eu fiquei parada no tempo acreditando no que aquelas pessoas covardemente diziam sobre meu aspecto fisico.Eu não me permiti “viver”.Eu me escondi do mundo para que ninguém pudesse me achar, pois me fizeram sentir vergonha de mim,da minha cor,do meu cabelo e de outras características físicas minhas.
Os anos foram passando e eu me afundava numa depressão.Não havia ninguém pra me ajudar, minha “família” nem sequer me enxergava.Um psicólogo tava fora de cogitação,eu não tinha dinheiro pra isso.Eu estava sozinha (como sempre),somente eu podia me levantar desse buraco onde deixei me afundarem.
Foi uma batalha árdua,mas eu dei a volta por cima.O processo foi lento,mas eu sabia como foi triste estar naquele buraco e eu não queria mais voltar pra lá.Trabalhei minha autoestima, minha autoconfiança,passei a me amar, aceitar minhas características. Hoje não sofro mais com aquela timidez excessiva (consequência do bullying sofrido), estudei,me formei,tenho uma vida social.Coisas que antes, meu medo de virar alvo de covardes novamente,me impedia de fazer.
A Lana de hoje,é muito grata pela Lana de antes não ter desistido.
Tomara que eu seja muito feliz nesse lugar.
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Foi um prazer te conhecer Livro 1
RomanceDesde de mais novo ví meu pai sofrer de amor, por uma mulher que o deixou,minha "mãe".Que deixou não somente ele,mas à mim e minha irmã também,quando eu ainda era apenas uma criança e Estela era uma bebê.Cresci descrente do amor verdadeiro,por isso...