Canibais?!

811 112 125
                                    

O loiro se aproxima ao ponto de sua mão encostar em minha face, fecho meus olhos sentindo um arrepio subir minhas espinhas, sua presença é dominadora, até o ar obedece... Era como se eu estivesse sufocado.

-- Ora ora~ não seja tão maldoso com meu brinquedinho!

O garoto dos cabelos negros de antes me tira das garras do loiro, segurando o pulso do mesmo longe de mim.

O azulado que antes estava ajoelhado, comendo o braço do morto, agora encontrava-se ao lado do loiro... não consigo descrever as trocas de olhares dos três, a atmosfera estava ficando pesada e o azulado mesmo com o semblante sereno ainda transmitia pressão no olhar. O loiro puxa seu braço bruscamente para quê se solte do moreno.

-- Desgraçado... Você sabe que merda 'tá fazendo?

-- Sim, e não irei permitir encostar nele, Foz.

O moreno segura meu pulso passando entre o tal Foz e o azulado, me tirando daquele local. O caminho é silencioso, e o estranho é que esse cara sabe a direção onde moro...

-- Você costuma se entregar para a morte sempre?

T-- Do que adiantaria eu correr? Só iria dar mais prazer à vocês.

Falo sem emoção enquanto coloco minhas mãos dentro do bolso da calça. Aquela noite fazia frio, logo logo a chuva iria dominar a cidade.. Ele solta uma gargalhada me olhando.

-- Você tem razão. Tatsu, você é realmente interessante. Ah, verdade! Não sabe meu nome, certo? Me chamo Maison. Aliás, você não ficou com medo? Eles estavam devorando sua raça, sabe?

T-- Na verdade, achei nojento. Vocês não sabe que tipo de doença aquele homem tinha ou por onde passou e se sequer tomou banho.

Ele berra em risadas ao ponto de se agachar e limpar algumas lágrimas do canto de seus olhos. Realmente ele é do meu tamanho e um pouco menos definido, dá para perceber pela suas vestes finas... O mesmo se levanta ainda com efeito das risadas

Mai- Você é incrível!

Maison me olha fixamente antes de apontar para trás de mim. Me viro ficando "chocando" ao ver que estávamos em frente minha casa. Perguntaria como diabos sabia onde eu morava, porém, em fração de segundos que desviei meu olhar ele já não se encontrava mais alí.

Sem me importar entro em casa, pego uma maçã já a comendo, subo para meu quarto adentrando o banheiro. Tomo um banho demorado enquanto penso sobre tudo o que acontece ultimamente...
Terceira vez que falam do meu cheiro... Mika-sensei, professora de matemática, também havia falado sobre o aroma que exalo.
Canibais, hm?
Saio do banho me jogando na cama, ainda molhado e nú, até adormecer

A Insanidade no Amor [Pausada]Onde histórias criam vida. Descubra agora