Elíseos, Δεύτερον EM REVISÃO

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Dizem que, nas noites chuvosas de tempestades que lavam seu reino, Hades chora por cada uma de suas crianças. Cada criança cujo destino foi roubado, assim como o dele, sem piedade.

 Cada criança cujo destino foi roubado, assim como o dele, sem piedade

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— Você não é meu pai.

—Eu sou seu rei, seu pai

—Sou um bastardo do clã Uchiha, filho de  Fugaku.

Hades piscou por um momento, segurando a vontade de de gritar com sua criança ingrata. Sasuke é muito difícil, poderoso e difícil. O garoto o desafia, cabeça erguida e olhar fuzilante, como um príncipe do inferno. Hades não pode deixá-lo ali, não depois do que Sasuke fez com seu homem de braço direito, tudo por um simples insulto. Ikar, seu homem de confiança, não gostava daqueles olhos vermelhos que o maldito clã ostentava por aí, tinha repulsa só de pensar no que os Uchihas poderiam fazer se um dia se sentissem entediados. O problema começou quando ikar os desafiou, ainda na noite passada. Confrontou Itachi e Shisui, disse o pobre mensageiro que chegou chorando, ainda coberto de sangue, aos pés do Deus do submundo. Hades teve que recolher por si todas as partes do corpo de Ikar, jogadas pelo rio Lete. O rio do esquecimento. Sádico, perigoso e jovem. Sasuke não se importou com o olhar que Fugaku lhe deu quando chegou a mensagem,  avisando que sua presença era solicitada no palácio, o mais rápido possível. Hades não esperou uma desculpa, orgulho era algo que emanava de qualquer um que carregava aquele sobrenome, mas ao ouvir o desprezo na voz do Uchiha mais novo ao dizer "meu clã não lhe pertence, somos livres", o sangue do Deus formigou por debaixo da pele. Insolente, gritou o Deus, sua fúria fazendo o chão tremer.

—Insolente, sim, sou insolente em seu ponto de vista meu senhor. Mas, não falo mentiras, se quisesse o derrubar, já o teria avisado. Não gosto de rodeios.

— Me derrubar? — O Deus riu, uma risada amargurada e sombria. — Não tenho medo de você, filho, tudo que possuis é fruto da minha concessão, um presente meu.

—Meu senhor, não sou seu filho — Retorquiu Sasuke, exausto de repetir as mesmas palavras. — Pode ter me concedido meus poderes, mas ainda são meus e posso causar certo estragos. 

Queimar. Poseidon sempre rugia de raiva quando seu irmão brincava com aquelas palavras, e imagine como o rei dos mares se divertiria se estivesse ali vendo um desafio como aquele. Hades suspirou, fez um sinal para que Sasuke se aproximasse de sua pessoa e assim foi feito. A divindade o observou com mais afinco, lembrava da mãe dele vagamente, tinha os mesmos cabelos e olhos escuros que o menino, pele branca fechava o visual característico daquela família. Mas Sasuke possuía um olhar que era como o próprio tártaro, ninguém nunca poderia dizer o que eles pensavam ou analisavam. O mais novo suspirou, entediado, não gostava de ver aquele 'cara' logo pela manhã, não depois de levar uma bronca gigantesca de Itachi sobre sua última façanha, será que ele não podia entender que o ódio que queimava em Sasuke não pode se controlar ao ouvir as palavras daquele cão subordinado e sarnento?

– Um batalhão sairá em uma hora, Sasuke Uchiha, cria minha. Leve alguns homens com você e recolha as almas dos elísios, esfrie a cabeça e não me chateie nenhum Deus

Naquele noite, Sasuke roubou a faca que Shisui usava para arremessar em patos quanto iam ao mundo mortal. Lentamente, gota por gota, a lâmina cortou o tecido muscular de  suas costas. Fugaku não disse nada quando seu caçula apareceu com o pedido em seus lábios, terminou os cortes que Sasuke começara. Uchiha, o de íris negra repetida a cada pontada, era um uchiha e não um cão subordinado. Cães abaixam a cabeça, ele não.

Elíseos • Sasunaru / NarusasuOnde histórias criam vida. Descubra agora